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Os Fundamentos da Gestão em Educação

Por:   •  11/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.287 Palavras (10 Páginas)  •  236 Visualizações

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Fazer um estudo sobre as relações estabelecidas entre espaço escolar, sistema de ensino e sistema social mais amplo, pontuando a possibilidade do exercício da autonomia pelos profissionais da educação no espaço escolar

O trabalho docente não se restringe mais à sala de aula abrangendo outras atividades como participação na gestão, na elaboração de projetos, planejamento e discussões coletivas da avaliação entre outras. E ao diretor cabe promover esses instrumentos de participação dos docentes e da comunidade escolar.

        Sabemos que o espaço escolar já não é mais o mesmo, muitas mudanças ocorrem em beneficio do ensino. Ele é visto como uma fonte de experiências e de aprendizagem que em sua materialidade, está impregnado de signos, símbolos e marcas que comunicam e educam, deixando de ser visto apenas como dimensão geométrica para assumir também a dimensão social.

        Os espaços de vivências (casas, a escola, o bairro) representam uma experiência decisiva na aprendizagem e na formação das primeiras estruturas cognitivas e em sua materialidade, propiciam experiências espaciais que são fatores determinantes do desenvolvimento sensorial, motor e cognitivo ( Piaget, 1970). Além disso, esses espaços têm um sistema de valores implícitos que poderão contribuir ou não para que o espaço transforme-se em lugar, propiciando laços afetivos, sentimento de identidade e de pertencimento. O espaço escolar deve compor um todo coerente, pois é nele e a partir dele que se desenvolve a prática pedagógica, sendo assim ele constitui um espaço de possibilidades, ou de limites, tanto o ato de ensinar como o de aprender exigem condições propicias ao bem – estar docente e discente, isso incluí mobiliaria, equipamentos (recursos), iluminação, acústica e acessibilidade.

        Quanto a relação estabelecida entre espaço escolar, sistema de ensino e sistema social cabe citar Bourdiere que diz “para que sejam desfavorecidos os mais favorecidos é necessário que a escola ignore no âmbito dos conteúdos do ensino que transmite dos métodos e técnicas de transmissão e dos critérios de avaliação, as desigualdades culturais entre as crianças das diferentes classes sociais”, tratando todos os educando, por mais desiguais que sejam eles de fato, como iguais em direitos e deveres. Quanto as possibilidades do exercício da autonomia pelos profissionais da educação no espaço, vamos estabelecendo uma autonomia aprendendo a fazer, a pensar sobre nossas ações em relações de hierarquia, de igualdade, de diferenças e de poderes. Em todo este processo, os demais sujeitos enquanto mediadores são fundamentais e servem como mediadores para essa produção. Por isso é possível concluir que autonomia aprende-se, portanto, não do individual para o social (como indicavam Kant e Piaget), mas do social para o individual em um processo de internalização (como apresentou Vigotski).

        Para isso precisamos pensar num coletivo maior que abrange professores, gestores e comunidade. A autonomia dos profissionais da educação que tende a partir de um âmbito maior até chegar a cada unidade escolar. Enquanto não for superada na organização escolar a “setorização”, visto que tanto em termos internos como externos a escola passa por um processo de divisão em que se fragmentam as funções e se distancia o pessoal nela envolvido nos processos decisórios. De um lado os técnicos e do outro os professores o que corresponde a dizer que, neste quadro se incluem pessoas para o “pensar” e pessoas para o “fazer”, gerando uma pratica esvaziada de sua base teórica. Precisamos inverter esse quadro e buscar objetivos comuns, abandonar o tradicional modelo de concentração de autoridade nas mãos de poucas ou de uma pessoa, evoluindo para formas coletivas de distribuição da autoridade, implicando em mudanças nas relações de poder. O coletivo é um fator decisório, o que implica em colocar a escola como centro do processo pedagógico em busca da qualidade desejada, para o que é preciso descentralizar a gestão e descentralizar o currículo, isto é, é necessário dar oportunidade à comunidade escolar – pais, professores e alunos de participarem da elaboração do projeto da escola sendo necessário definir e fortalecer modalidades que permeiam a participação da comunidade na gestão e no desenvolvimento ou implementação de projetos institucionais das escolas.

        Gestão nada mais é do que um constante aprendizado e novos desafios e lutas políticas, pois nem sempre temos um bom espaço escolar e o sistema de ensino deixa muito a desejar, pois não depende apenas de sua força de vontade, mas também dos governantes. Por sua vez temos que contar com o trabalho coletivo das decisões tomadas pelos pais, professores, funcionários, alunos e toda a comunidade escolar, pois a função social da escola é melhorar através de parcerias e tendo compromisso com a comunidade deixando-a participar, tomar suas decisões, lutar pelo seu ideal é o que forma a gestão democrática. A escola é um espaço com autonomia administrativa e pedagógica para desempenhar suas tarefas, seja no aspecto educacional e organizacional onde essa escola inserida, agindo a partir da realidade condições dessa comunidade escolar em equipe fazendo com que a comunidade escolar em torno tenha compromisso com a qualidade do ensino público.

        A autonomia da escola é a capacidade de elaboração e realização de projetos educativos próprio para benefícios dos alunos, essa autonomia é uma forma de democratização de um espaço público, a autonomia escolar deve ser de qualidade, com responsabilidade e capaz de ter uma participação ativa da comunidade. Pois se a escola tiver autonomia ela pode tomar suas próprias decisões administrativas que possibilita as tomadas decisões através de planos, programas e projetos elaborados por pessoas que conheçam a realidade escolar, podendo também a comunidade participar de forma democrática das decisões finais. A escola pode utilizar seus recursos financeiros para por em prática seus planos e ações. Quanto a parte jurídica a instituição de ensino pode elaborar suas normas escolares baseada na legislação como transferências de alunos e admissão de professores as formas de funcionamento fazem parte de um regime elaborado pelos segmentos envolvidos na escola e não de um segmento que pertence a todas as instituições. A parte pedagógica define sobre o desenvolvimento e a avaliação do PPP (Projeto Político Pedagógico), onde encontramos a identidade e função social da escola onde se define as atividades pedagógicas curriculares. Já a autonomia é vista como uma forma de inserir a comunidade no processo de decisão da escola, a gestão democrática passa a ser uma pratica presente na escola que deixa de lado o autoritarismo que está inserido na sociedade, mantendo uma postura de participação e emancipação, a autonomia da escola tem que ter uma forma eficaz de melhorar a qualidade e promover um ensino excelente.

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