Perscrutações e o Futuro Imaginado

Fato inconteste largamente difundido é que, ao longo das antropomórficas épocas, o povo cearense e – por arremate decisivo – o caririense tem redigido uma história simbólica e vívidas memórias intranquilas. Menos verdadeiro não mostrou ser como isso recebe inflexões (e disposições) desde fontes outrora inexequíveis.

A obra do Prof. André Leite em parceria com alguns ícones de genioso intelecto configura graciosa prova da (in)trospecção axiológica mesclada com ‘criativismo’ insurgente. Recentes (des)nivelamentos estruturais (governamentais ou laicizantes) receberam merecida tônica aberta no protótipo funcionalista. Justificações foram buscadas, porém sem o habitual cinismo “economiquês” neologista como jargão hermético. Falamos aqui, portanto, da decisão livre impressa em Economia e gestão do cariri, publicação magistral capaz dos avanços dignos à corte BUNDERVERFASSUNGSGERICHT. Uma sentença ditada pelos amistosos votos proporciona validez ao constructo não enquanto noção pragmática, antes, por imparcialidade relativa obtida efetivamente.

Não obstante inumeráveis resoluções ou ponderações – versos e anteversos – quem viver verá experimentação final ideológica. Mas, uma palavra de cautela no insight autoriza vislumbre prognosticador. Peço licença para referir expressão ilustrativa paradoxal: ‘história profética dos desígnios humanos’. Há faca de dois gumes pelo caminho – de primeira parte o Homo libertatis insere (introjeta) no próprio ente provocações quase modais e, em via oposta, poucos níveis separam o vir-a-ser do já-é. Querer exprimir voluntariedade além do eptio rei speratae foi escopo corajoso a insculpir o Mestre cratense.

Talvez seja o pequi, planta enigmática, inspiração das afloradas ramas naturais inquebrantáveis, o símbalo que retine pela frutificação originária dos mais nobres portentos.

REFERÊNCIA

FERNANDES, André Leite (org). Economia e gestão no cariri, vol. 1. Olinda: Livro Rápido, 2014.

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