Projeto FACE e TAL

Colégio Estadual Jutahy Magalhães

Rua Barão do Rio Branco, s/nº Centro    Cotegipe/Bahia.

Professora articuladora: Joseli Pereira da Cruz Maciel

Professora colaboradora; Jucinéia

Professores envolvidos: Joseli P. C Maciel, Jucinéia...., Artenísia Magalhães, Syrlei ...., Marcia..., outros

Projeto - Entre a música e a poesia - Fazendo leitores

Apresentação / Justificativa

Este projeto, de caráter interdisciplinar, será desenvolvido no Colégio Estadual Jutahy Magalhães, no município de Cotegipe/BA e destina-se a um público formado pelos alunos do ensino médio dos turnos matutino e vespertino. Trata-se de uma escola de Ensino Médio da Rede Estadual da Bahia. O colégio se localiza na Zona urbana e recebe estudantes de todo o município, incluindo 06 anexos, visto ser a única escola de Ensino Médio existente.

Os alunos, na sua maioria, são oriundos de comunidades carentes, da zona rural, periferia e, uma parte, do centro da cidade. Estes são os que apresentam uma melhor condição financeira e também, na maioria, conhecimento.

Com isso temos na escola um grupo heterogêneo de alunos – os que apresentam um nível de conhecimento mais elaborado e os que leem e/ou escrevem com muita dificuldade palavras simples e muitas vezes são inelegíveis. Some-se isso a indisciplina, a falta de perspectiva de vida, de visão de futuro e a carência de certos valores que necessitam ser construídos. Mas, percebe-se também outro grupo que, apesar das carências e das adversidades existentes  consegue ver na escola a oportunidade de mudanças. Nesse grupo há evidências de construção de valores e atitudes cidadãs. Nota-se ainda um número significante de alunos repetentes ou que abandonaram os estudos no ano anterior; outros fora da faixa etária, que se matriculam no turno diurno por causa da distância de suas residências até a escola. Muitos deles não conseguem acompanhar o programa ou se adaptarem socialmente aos alunos menores.

É comum também ver no período das aulas alunos fora da sala de aula ou se envolvendo com outras atividades.

Diante de tais desafios, para motivar os alunos e conduzi-los a uma aprendizagem mais satisfatória, diminuir a distorção de aprendizagem existente, principalmente em leitura e escrita, os problemas indisciplinares entre outros,  os projetos estruturantes da SEC/Bahia, o FACE (Festival Anual da Canção Estudantil) e o TAL (Tempos de Artes Literárias) vêm contribuir nesse processo. Assim, as oficinas de leitura, produção, dramatização, momentos de cantorias de textos musicais e poesias farão parte de toda a programação do ano letivo, mais especificamente nos meses de maio, junho e julho de 2013.

Os projetos FACE e TAL, ambos de natureza educativa, artística, literária, cultural, entre outros, objetiva promover o desenvolvimento das diversas expressões das artes (literária e musical) no currículo escolar, como orienta a Lei de Diretrizes e Bases (Lei 9394 de 20 de dezembro de 1996).

O projeto articulará disciplinas como Língua Portuguesa, Língua Inglesa, Artes, História, Geografia, Filosofia, Sociologia, Educação Física.

Fundamentação teórica

A música e a poesia sempre fizeram parte da vida dos seres humanos em todas as etapas da vida. Desde o nascimento e até mesmo antes a criança está em contato com a música, desde as de acalanto (“dorme neném do meu coração”) às que causam medo (“Boi da cara preta”); as quadrinhas que tão agradavelmente incitaram a memória infantil, como “Batatinha quando nasce”, “Bate Palminhas” às quadrinhas do folclore das cantigas de roda.

FARIA (2001), define que a música é um importante fator na aprendizagem, pois a criança desde pequena já ouve música, a qual muitas vezes é cantada pela mãe ao dormir, conhecida como ‘cantiga de ninar.

A escola, desde a Educação Infantil sempre explorou esses gêneros textuais, para ensinar valores, a leitura, a escrita e a produção.

A criança cresce, torna-se adolescente, adulta, chega à velhice apaixonada por música, lê, decora e canta o texto musical, quase sempre repleto de poesia.

Constantemente no pátio da escola, na sala de aula, no transporte escolar, na rua, no ponto de ônibus, indo e voltando para casa, os alunos estão sempre ouvindo música – seja no celular, nas caixinhas de música na TV Pen-Drive ou em outros similares – a música é um fator constante na vida do aluno.

Se na infância a música e as quadrinhas são  passaportes para o aprendizado da leitura e da escrita, na adolescência deveria sê-lo muito mais. Na adolescência a música passa a

ocupar um lugar muito importante na vida dos jovens. Segundo PINTO (2011), ouvir música é muito forte para o jovem, pois ele vive um momento de ficção e imaginação. A música é a ligação entre eles, a senha, a aceitação no grupo.

Assim, não deveria a escola aproveitar-se desse gosto dos adolescentes pela música e explorar ao máximo o texto musical?

A mesma autora acrescenta que na adolescência os alunos leem menos porque seus interesses estão voltados para outras artes, namoro, descoberta da sexualidade. Desta forma o texto musical e o poético surgem como um complemento para a imaginação, os sonhos e os idílios. É então que entra o trabalho do professor que vai aguçando o seu gosto poético e musical nas diversas áreas.

Objetivos Gerais

Pensar a escola como lugar agradável, de mudança e transformação, de  atitudes que se traduzam na mudança de hábitos capazes de transformar o histórico social do ambiente hora existente para um outro, saudável e de aprendizagem.

Promover um ambiente educacional prazeroso, no qual a cultura, a arte e a educação se expressem em sintonia com a juventude estudantil, promovendo valores essenciais para a motivação do viver e para o rompimento com o modelo rígido de ensino e de aprendizagem ainda presentes na educação.

Objetivos específicos

Explorar o potencial educativo através da música, estimulando a musicalidade no ambiente escolar;

Valorizar as manifestações culturais locais, regionais e nacionais;

Estimular a produção literária nos alunos;