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RESENHA CRÍTICA: A Desconstrução do Preconceito Linguístico

Por:   •  23/8/2018  •  Trabalho acadêmico  •  548 Palavras (3 Páginas)  •  926 Visualizações

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UNESP – UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “Júlio de Mesquita Filho”

Elislislaine Aparecida de Oliveira

Curso: Letras

Matéria: Sociolinguística

Professora: Lívia Monteiro

RESENHA CRÍTICA

A Desconstrução do Preconceito Linguístico

BAGNO, Marcos. Preconceito Linguístico: a desconstrução do preconceito linguístico. Parábola. 1999

RESUMO DA OBRA

Bagno põe em questão algumas sugestões para a desconstrução do preconceito linguístico, assim como nos convida a refletir e rever como podemos contribuir com isso, em especial no âmbito escolar e acadêmico. Em suas falas, Bagno alerta para o fato de que a língua não está em crise, como é colocado por alguns gramáticos e pela mídia, mas que a crise está na educação, e que em reconhecendo isso devemos mudar de postura e atitude diante do problema. Ele sugere mudanças no ensino de português, na tentativa de pararmos com a paranoia ortográfica que nos faz viciados em corrigir e que muitas vezes nos impede de ver o verdadeiro conteúdo; e focar em estratégias que nos permita aceitar o outro com suas diferenças, inclusive no modo de falar, que revela mais da identidade de cada do que imprime um rótulo de certo ou errado. Ele pontua ainda alguns casos específicos de preconceito, não mais em relação aos falantes da língua, mas à própria linguística e aos linguistas.

CRÍTICA

O texto do autor Marcos Bagno nos faz refletir que existe um tipo de comportamento muito comum entre nós, que pouca gente sabe que é um preconceito: O chamado preconceito linguístico.

O modo como falamos carrega vários indícios sobre quem somos, de onde viemos, nossa faixa etária e até o grupo do qual fazemos parte. Por isso, criticar o jeito que algumas pessoas se expressam pode ser considerado uma maneira disfarçada de desrespeito por tudo que está por trás da fala. Parece só uma questão linguística, mas é uma discriminação social.

Acreditar que existe um jeito “certo” de falar ou que existe um jeito superior, melhor, é o mesmo que acreditar que a terra é plana. Pois já foi provado há muito tempo que essas ideias são falsas. Tudo que se costuma chamar de “regra da língua” é uma convenção temporária. Essas convenções mudam sempre, em todas as línguas; não tem porquê lutar contra isso.

A língua que falamos é resultado de uma mudança de vários séculos. Nosso português já mudou tanto que não corresponde mais ao de Portugal, por essa razão passou a ser chamada de português brasileiro por muitos especialistas. Impedir que a língua mude não tem nada a ver com respeito à nação, nem com bons níveis de escolaridade e nem com outras desculpas de que escuta por aí. Apesar de tudo isso, não podemos nos enganar: quanto mais a gente sabe sobre as convenções da nossa língua mais temos condições de compreender o que é dito e se expressar bem em diferentes contextos gerando os efeitos desejados. Isso não significa que precisamos falar com a gramática oficial sugerida; muito do que está nela já caiu em desuso e soaria bem estranho no cotidiano.

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