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Resenha critica ao preconceito racial

Por:   •  1/3/2016  •  Resenha  •  463 Palavras (2 Páginas)  •  1.761 Visualizações

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BLUE EYED – OLHOS AZUIS

Por Antoniel B. Gonçalves e Homero Farias

Olhos Azuis é um documentário americano dirigido pelo alemão Bertram Verhaaq, produzido e lançado no ano de 1996, retrata o trabalho desenvolvido pela professora e socióloga Jane Elliott, em resposta ao preconceito racial a partir da morte de Martin Luther King Jr. em 1968 nos EUA. O documentário exibe experiências de discriminação racial a partir da realização do workshop capitaneado pela professora Jane Elliott, onde reúne pessoas adultas de olhos azuis e olhos castanhos e algumas experiências em sala de aula.

No workshop as experiências realizadas pela professora Elliott são esclarecedoras e de suma importância ao combate do racismo. Sua proposta se alicerça na inversão de papeis a fim de que se promova a real compreensão da discriminação racial.

Objeto de sua experiência o grupo de olhos azuis na sua maioria sempre dominante e habituado a exercer discriminação sobre as pessoas de olhos castanhos sentiu na pele o efeito traumático causado pelos atos de discriminação promovidos pela professora Elliott.  Alguns choraram ao serem tratados com proposições afirmativas de inferioridade a ponto de deixar transparecer a dificuldade em viver aquele momento.

Em um primeiro analise o método aparenta ser tirano e perseguidor principalmente por ser aplicado nas escolas onde a professora Elliott leciona. Porém, com objetivo de quebrar este prejulgamento, a professora solicita que se faça uma reflexão sobre o efeito negativo de vivermos um único dia o papel de individuo discriminado e desprezado pela sociedade.

Segundo Elliott, foram necessárias poucas horas para que a classe dominadora (olhos azuis) sentisse o gosto de desprezo e inferioridade. Partindo deste fato, Jane Elliott nos instiga ao exercício da reflexão, forçando-nos a viver em nossa imaginação o  que as pessoas negras passam a vida inteira sendo discriminadas e criminalizadas desde de o seu nascimento, simplesmente pelo fato de ter nascida negra, sendo privada da oportunidade de competir igualmente em nossa sociedade. A pesquisadora afirma que ser desumano é imprimir na sociedade a cultura de que os negros, brancos, homossexuais, lésbicas e outros tantos são diferentes uns dos outros e não fazem parte da mesma espécie.

Segundo Goffmann (1996) em sua obra Estigma: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada esclarece que o individuo precisa se ver como não diferente de qualquer outro ser humano, mesmo que as pessoas o definem dessa maneira, pois tendo esta atitude poderá compreender as reações daqueles que estão ao seu redor com um olhar crítico e ter o mínimo de sofrimento, possibilitando a si próprio modelos apropriados em relação ao seu eu.

De forma, clara e objetiva a professora Elliott, expõem as diversas formas de opressão e subordinação mental que os negros e outros tantos seres humanos são submetidos em nossa sociedade, levando-nos a refletir profundamente sobre o nosso posicionamento, frente a estes atos discriminatórios.

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