Reflexão Da Organização Democrática Da Escola A Partir Da Leitura Do Artigo De Selma Garrido Pimenta E Texto Base Da Sala

Reflexão da Organização Democrática da Escola a partir da leitura do artigo de Selma Garrido Pimenta e Texto Base da Sala

Cada vez mais se fala em gestão democrática da escola e fortalecimento das entidades escolares, porém é interessante lembrar que isso não só não é assunto novo, pois já consta a gestão democrática na LDB 9394/96, e que mesmo assim as escolas engatinham na questão da gestão democrática na escola.

A maioria das escolas em Santa Catarina tem diretores indicados politicamente, como é o caso da escola em que atuo. A questão de um diretor indicado está no fato de que sua investidura não é legitimada pela comunidade escolar, cabendo quase que exclusivamente ao fator sorte ter um bom diretor ou não. A simples indicação não quer dizer que o diretor irá fazer um mau trabalho, mas sua aceitação pelo grupo docente e discente da escola é mais difícil. Mas hoje dentre as três formas de se escolher um diretor, concurso, indicação e eleição, todas tem prós e contras.

Nos dias atuais, a escola pública estadual está passando por um processo de transição desta escolha, de indicação política passará pela eleição do diretor, e o que se percebe é a ressalva quanto a como se dará este processo se será verdadeiramente democrático, ou uma indicação disfarçada? De qualquer maneira, pode-se dizer que a tentativa de mudança no processo de escolha já é um avanço em si, cabendo a observação de quais serão os resultados após a efetivação do processo de eleição de Diretores escolares.

Quanto aos órgãos colegiados, o mais presente nas escolas e atuante, com certeza é a APP, até por sua função de unidade executora quanto aos recursos recebidos direto pela escola, mas há uma necessidade de se melhorar a atuação deste grupo, que não pode se restringir a auxiliar em festas escolares e assinar prestações de contas. Percebo que já se delineia um caminho neste sentido, mas ainda falta ampliar o conhecimento de gestão democrática para os atores do processo escolar. Pois ações que visem fortificar esta democracia são encaradas como exageradas ou sem importância, sendo necessário significar e ressignificar cada etapa do processo e a importância de cada órgão colegiado.

Há um interesse e um trabalho em andamento por parte da Secretaria da Educação de se fortalecer as Entidades Democráticas, neste sentido, organizou-se o processo de composição tanto do Conselho Deliberativo Escolar quanto do Grêmio Estudantil. Estas entidades sempre existiram na escola, no entanto ainda não perceberam sua importância e seu papel, pois sem um direcionamento por parte da direção da escola, não sabem o que fazer, e acabam por deixar de atuar no cenário escolar.

A gestão pedagógica da escola apoia-se no PPP da escola, que por ser como cita Pimenta em seu artigo, um processo em construção, é como um organismo vivo em crescimento, e na medida em que cresce, fortalece o processo de gestão democrática da escola. A atuação a atual equipe diretiva tem procurado constantemente um trabalho mais coletivo com decisões coletivas e não unilaterais por parte da direção. Quanto a gestão administrativa, esta tenta ir pelo mesmo processo, mas devido a hierarquia a que a escola pertence, fica mais difícil tomar decisões, que mesmo que partam de um coletivo, não atendam a diretrizes impostas

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