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Relação Escola E Família: Um nó Cego Ou Um Laço?

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Por:   •  29/12/2014  •  1.327 Palavras (6 Páginas)  •  350 Visualizações

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Relação escola e família: um nó cego ou um laço?

Janise Maria Monteiro R. Viana2

Resumo:

Este artigo tem por objetivo analisar de que forma é feita a relação escola e família, levando em consideração a função de cada uma, no contexto educacional e social, e discutindo ainda, os mitos que envolvem esta relação Posteriormente, são apresentadas propostas de como essa relação pode ser melhorada e quais os obstáculos que precisam ser vencidos para que haja uma perfeita harmonia entre a família e a escola. Por fim, chega-se a conclusão se o relacionamento entre escola e família pode ser definido com um “nó” ou um “laço”.

PALAVRAS-CHAVES: Família, Escola, Relação, Educação, Alunos.

A relação escola e família persiste desde que a escola passou a vigorar enquanto instituição que visa o desenvolvimento psíco, social, físico, afetivo e cognitivo de crianças, adolescentes e jovens.

Com o passar dos anos, essa relação vem sofrendo modificações. Atualmente, na sociedade em que vivemos, onde os núcleos familiares se modificaram, cabendo na maioria das vezes à mãe, ser a responsável pelo sustento e educação dos filhos, perdura um impasse onde pais esperam ações dos professores e esses, por sua vez, dizem não caber a eles tais tarefas. Professores depositam nos pais expectativas que eles não têm condições ou não sabem como cumprir. E no meio desse “empurra, empurra” está o aluno, que deve ser a prioridade de todos, mas acaba sendo prejudicando nessa relação que ora pode ser definida como nó e ora pode ser entendida com um laço.

É importante frisar que para haver um excelente aproveitamento escolar por parte do aluno, é necessário que a escola e a família busquem ações coordenadas, trabalhem em parceria objetivando enfrentar problemas e obstáculos existentes no contexto da aprendizagem do educando.

Para que possa existir um diálogo e uma parceria produtiva é importante que os professores entendam fatores como: como está organizada a família moderna ou contemporânea, qual o papel desta família na educação, qual o apoio necessário para aprendizagem eficaz do aluno. Em contrapartida, a família entender a missão e as propostas da escola e conhecer meios ou formas de contribuir com a escola (Zabala, 2002, p.150).

A relação escola e família é, sem dúvida nenhuma, essencial para uma aprendizagem significativa e satisfatória. Para tal relação se concretizar enquanto “laço”, ou seja, enquanto parceria, algo realmente gratificante é fundamental que se desconstrua mitos entorno dessa relação, de acordo com Myrian Barros (2006, p.50), os mitos são 4, tais como:

1 – Famílias desestruturadas são um problema para a escola: na sociedade de hoje, a dinâmica familiar se modificou muito, não há um modelo único de família, mais sim uma pluralidade de experiências familiares, por isso não faz sentido falar de “desestruturação”, muito menos associar a essa ideias as classes mais pobres. Esse termo “desestruturação” parte da ideia de que quando a família não é composta por pai, mães e filho está desestruturada, Entretanto, outras possiblidades de se constituir uma família existem e não podem ser julgadas como desorganizadas ou desestruturadas.

2 – A família é responsável pelo aprendizado escolar do filho: para grande parte dos professores, o ambiente familiar é indispensável na educação de crianças e jovens, restando a escola uma influência menor. Na realidade,

Família e escola compartilham a responsabilidade de educar, porém com objetivos, conteúdos e métodos diferentes. O tipo de aprendizagem acaba por definir o foco de ação de cada uma das partes.

A escola é responsável pela educação formal, o que significa isso? Que a escola deve priorizar os conhecimentos pré-definidos pelas leis da educação nacional, deve buscar trabalhar o ensino da leitura, da escrita, da matemática, da história entre outros conteúdos e áreas do conhecimento.

O que não quer dizer que o aluno não possa aprender a matemática, por exemplo, no cotidiano do seu lar, mais a escola tem espaço, objetivos e metas definidas.

Até meados do século XIX, o ensino ficava a cargo da família ou de pequenos grupos, cada um da sua forma ou do seu jeito. Depois a escola assumiu a função de formalizar os conhecimentos, ampliá-los, sistematizá-los e torna-los comuns a todos. Hoje, a situação é diferente, a família que antes foi afastada, está sendo convidada a participar. Tal mudança vem acompanhada das teorias pedagógicas centradas nos alunos que passaram a considerar o que ocorre com a criança fora do ambiente escolar. Isso significa que os professores não concebem mais sua atuação desvinculada da família.

Para Paro (2000, p.35):

É preciso conhecer os pais, onde e como vivem e identificar os saberes que vem de casa, mas a escola não pode abdicar do seu papel: o trabalho forma e sistêmico com o conhecimento Pais não são professores. O conteúdo escolar é uma tarefa docente.

3 – Os pais nunca estão presentes em atividades da escola: se a escola e a família são os principais responsáveis pela

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