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Resenha Descritiva: Educação das Crianças e Papel do Preceptor em Montaigne

Por:   •  2/9/2018  •  Resenha  •  746 Palavras (3 Páginas)  •  666 Visualizações

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SILVA, Divino Jose da. Filosofia, Educação das Crianças e Papel do Preceptor em Montaigne. In PAGNI, Pedro Ângelo; SILVA, Divino Jose da (Org.). BROCANELLI... [ et al.]. Introdução a Filosofia da Educação: temas contemporâneos e historia. – São Paulo: Avercamp, 2007.

Amanda Silva Freitas*

Jessica Miranda Alves*

Pedro Thiago do Nascimento Rodrigues*

RESENHA DESCRITIVA

Como sugere o titulo a intenção do autor neste capitulo é mostrar o ponto de vista de Montaigne em relação à sociedade e ao ensino educacional. A pergunta “que sei eu?”, usada por Montaigne ao longo dos ensaios, resume uma atitude filosófica diante um mundo que necessita de significado para o homem. Devido isso, podemos dizer que toda a sua filosofia esta resumida no lema socrático: (“o que é que eu sei?”) esclarecido pelo ceticismo.

Montaigne viveu durante a época do Renascimento, período em que o homem desenvolveu uma nova percepção em relação com o mundo e com os outros homens começando a impor a si mesmo a responsabilidade pela direção do seu destino. Ele surge em um cenário de guerras religiosas, de um lado a igreja católica e de outro a reforma protestante iniciada por Martinho Lutero.

Nessa busca pela formação do ser compreende-se que para Montaigne não há uma verdade absoluta e que o homem não sabe tudo, muito menos é o centro de tudo. O recurso seguido por Montaigne é analisar os pontos fracos da razão comprovando sua ineficácia, questiona sobre a superioridade que o homem diz ter sobre as demais criaturas. De acordo com Montaigne (1996, p. 379, apud SILVA, 2007, p. 106), “quem o autoriza apensar que os céus, as estrelas, o mar, a terra e todas as criaturas foram criados e postos a seu serviço e comodidade?” Ou ainda: “Será possível imaginar algo mais ridículo do que essa miserável criatura, que nem sequer é dona de si mesma, que esta exposta a todos os desastres e se proclama senhora do universo?” Deste modo inicia a tarefa de comprovar a presunção do homem, reduzindo-o assim, segundo ele a sua insignificância.

Segundo Silva (2007, p. 110) “diante das incertezas, a melhor atitude é manter a aguda consciência de que, na relação que estabelecemos com as coisas, nós não as recebemos sem antes alterá-las”. Nesta reflexão de que cada pessoa interpreta o mundo e as coisas a partir de sua experiência sensível sugere que cada pessoa possa julgar os mesmos da sua maneira e que o papel do preceptor seja justamente disponibilizar os meios para este fim.

O autor diz que Montaigne foi o primeiro filósofo a usar a palavra “ensaio” como estilo literário, entretanto não apenas como estilo de escrita e sim um modo de raciocinar e ver o mundo, ensaiar é questionar o presente, exibir a desconfiança, ideias e verdades e partir do pressuposto de que tudo é questionável.

Ao falar sobre educação o autor afirma que para Montaigne a tarefa de educar seja talvez a mais incerta, pois se cada indivíduo constrói sua verdade e visão de mundo como seria possível utilizar de um modelo pronto de educação para instruir todas as crianças? Para responder tal pergunta, aderindo ao pensamento montaigniano, a criança não deve ser submetida a decorar e memorizar por meio de opressões e castigos. O verdadeiro aprendizado estaria em praticar a capacidade de julgar, refletir e analisar.

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