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Resenha: Gêneros textuais: definição e funcionalidade

Por:   •  1/2/2018  •  Resenha  •  577 Palavras (3 Páginas)  •  2.433 Visualizações

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RESENHA

Gêneros textuais: definição e funcionalidade  (Luiz Antonio Marcuschi)

Por Izabel T. de Jesus

O objetivo do autor do texto, Marcuschi, é destacar a função sóciodiscursiva dos gêneros textuais, fazendo um breve percurso de seu surgimento aos nossos dias e apontando as motivações sociocomunicativas para a emergência de novos gêneros.

O autor trata os gêneros como “entidades sociodiscursivas e formas de ação social  incontornáveis em qualquer situação comunicativa”, sendo “altamente maleáveis, dinâmicos e plásticos”.  O autor dá destaque à necessidade sociocultural como principal elemento motivador do surgimento dos gêneros textuais, aliando a esse fator as inovações tecnológicas.

Ao falar do surgimento dos gêneros, identifica quatro fases. Na primeira, ocorre um número mais reduzido de gêneros, devido ao predomínio da cultura oral. Na segunda, marcada pela invenção da escrita (século VII a.C.), há uma multiplicação dos gêneros. Na terceira (a partir do século XV), há uma expansão notável, estimulada pela industrialização. Na fase atual, o que se percebe é que a influência da cultura eletrônica tem sido marcante na explosão de novos gêneros e novas formas de comunicação, tanto oral como escrita.

Marcuschi enfatiza que os gêneros não devem ser vistos como ocorrências fixas, mesmo que possibilitem alto grau de previsão e interpretação das ações humanas. Ao contrário, como essas ações são dinâmicas e inovadas, os gêneros vão refletir esse dinamismo.  Eles se integram nas culturas em que se desenvolvem. O autor aponta-lhes como principais características as funções comunicativas, cognitivas e institucionais e, secundariamente, as peculiaridades lingüísticas e estruturais. Nessa afirmação, o autor chama a atenção para o fato de que há uma extensa diversidade de formas, além da possibilidade de surgimento e desaparecimento de um gênero; logo, é pelo uso, pelas práticas sociodiscursivas, que devem ser contemplados.

Na expansão rotineira dos gêneros, o autor identifica como causa principal – nos dois últimos séculos – a intensificação do uso de tecnologias relativas à área da comunicação, as quais interferem sobremaneira nas atividades sociais diárias. Como exemplo de suportes de circulação de novos gêneros, ele cita rádio, televisão, jornal, revista e internet, e, como exemplo de novos gêneros, editoriais, artigos, notícias, telefonemas, telemensagens, teleconferências, cartas eletrônicas, aulas virtuais e outros mais. São novos gêneros fazendo desaparecer alguns antigos. Nessa expansão, no entanto, os gêneros não se manifestam como inovações absolutas. Eles assimilam características de gêneros anteriores.

Marcuschi destaca como aspecto central o fato de os gêneros emergentes estabelecerem uma nova relação com os usos da linguagem. Para atender às demandas comunicativas, percebe-se o fenômeno do hibridismo, que possibilita a integração de outras semioses: signos verbais, sons, imagens e formas em movimento.  Daí, ocorrer ainda  uma maior aproximação entre oralidade e escrita, debilitando a velha dicotomia fala x escrita. Essa emergência de novos gêneros é uma comprovação de sua funcionalidade para atender às necessidades sociocomunicativas.

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