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Resenha crítica: Gêneros textuais no ensino da língua portuguesa

Por:   •  25/10/2018  •  Resenha  •  1.592 Palavras (7 Páginas)  •  595 Visualizações

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                                                 Licenciatura em Pedagogia

                                Aprendizagem da língua portuguesa

Resenha crítica: Gêneros textuais no ensino da língua portuguesa

                      LETÍCIA DE BRITO              180084711297

                                        Simone C. Boldrin Dezani

        

                                        Santa Cruz Das Palmeiras

                                                        2018

Resumo: O artigo busca argumentar sobre a importância do uso dos gêneros textuais perante o ensino e a aprendizagem da Língua Portuguesa, considerando que auxiliam no desenvolver da linguagem e no trabalho dos professores, apoiando-se no estudo de diversos teóricos que atingem o tema. Afirmando ao longo do processo que os gêneros contribuem e permitam ao discente, condições de interpretar e elaborar textos.

Introdução

        A Linguística Textual é uma base teórica fundamental para o desenvolver da teoria dos gêneros textuais. Surgiu em 1960 na Europa e chegou ao Brasil em 1970, onde os linguistas começaram a se preocupar em idealizar uma gramática de texto.

             Logo, o instrumento de estudo da Linguística Textual se torna o texto, para assim poder entender alguns fenômenos lingüísticos. Segundo Koch ( 1997, p.11), o texto se torna “uma unidade lingüística com propriedades estruturais específicas”.

        Para Dolz e Schneuwly (2004), é através do texto que o ensino da Língua Portuguesa deve ocorrer, trabalhando com os variados gêneros textuais, por serem muito diferentes e criações de camadas sociais divergentes contribuem para construções no ato da comunicação.

        O professor deve planejar uma didática para que os alunos dominem os gêneros e desenvolvam capacidades para aprender e fazer o uso correto dos mesmos.

  1. Um breve percurso histórico da Linguística Textual

        Segundo Koch (2006, p.27), entre 1960 e 1970 o texto era considerado uma “frase complexa”, então nessa época houve a necessidade de construção de gramáticas textuais, afinal, existiam apenas gramáticas que estudavam os constituintes das frases.

        Percebendo que o usuário da língua dispunha de competência textual, sabendo parafrasear, resenhar, resumir e perceber como o texto foi construído, os gramáticos elaboraram gramáticas que continham categorias e regras.

        A idéia de que o texto é uma “frase complexa” foi totalmente derrubada e logo foi direcionado que o estudo deve-se começar a partir da unidade maior e somente depois passar para as unidades menos, como pronomes, artigos, concordância verbal, entre outros.

        Vários estudiosos elaboraram gramáticas textuais nessa época, onde Van Dijk (1972), se destacou por construir gramáticas que explicassem as estruturas mais profundas do texto, adotando os aspectos semânticos ao estudo. Os lingüistas queriam ir além e logo após a Linguística Textual também insere a perspectiva pragmática.

        Segundo Koch (2006), houve “A virada cognitivista²”, pois apenas os aspectos sintático-semânticos e pragmáticos não solucionaram todas as singularidades textuais e “o texto passa a ser considerado como resultado de processos mentais”. A adesão da perspectiva Sociocognitivo-interacionista não tardou e deu lugar ao pensamento no qual, “nossa cognição é o resultado das nossas ações e das nossas capacidades sensório motoras”. Os sujeitos são colocados como os próprios construtores de textos.

        A partir da perspectiva sóciocognitivista-interacionista que surge a teoria de gêneros de Dolz e Shneuwly (2004).

  1. Gênero textual na perspectiva de Dolz e Shneuwly

        Os Parâmetros Curriculares Nacionais defendem os gêneros textuais como fortes aliados no processo de ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa, sendo objeto para a prática de leitura e produção. Apesar de orientarem o uso dos gêneros na didática, não descrevem como realizá-lo na prática.

        A partir da falta de orientação prática por conta dos PCNs, Dolz e Schneuwly (2004), criam um modelo de didática com o objetivo de compreender de maneira ampla cada gênero, para então ser possível entender a relação entre os gêneros tratados dentro da escola e os fora dela que trabalham como instrumento de referência para o aprendizado dos alunos.

        Dolz e Schnewly (2004, p.98) apresentam uma sequência didática para o ensino dos gêneros. As etapas ocorrem primeiramente quando o professor faz uma apresentação da situação, expondo de forma detalhada um gênero aos alunos, em seguida, fazem uma produção de texto sobre o mesmo. Com a produção inicial o professor identifica as dificuldades e os conhecimentos dos seus alunos, podendo elaborar e trabalhar atividades que irão ajudar a desenvolver as habilidades sobre o gênero escolhido. As atividades deverão ser trabalhadas em módulos, estes auxiliando o docente a observar as melhoras e as dificuldades de cada discente.

        A produção final deve ocorrer após um estudo aprofundado do gênero, onde o aluno terá conhecimento suficiente para produzir um novo texto aperfeiçoado graças as capacidades adquiridas.

        Dolz e Schnewly (2004), ainda apresentam agrupamentos dos gêneros que possibilitam ao professor prever as dificuldades a serem enfrentados no ensino-aprendizagem de sua turma, a escolher o gênero correto para trabalhar. Os agrupamentos são feitos através das regularidades e transferências lingüísticas de cada gênero.

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