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Resumo O Fio Das Palavras

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Por:   •  30/9/2014  •  1.125 Palavras (5 Páginas)  •  2.141 Visualizações

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O FIO DAS PALAVRAS - UM ESTUDO DE PSICOTERAPIA EXISTENCIAL

CANCELLO, Luiz A. G. O Fio das Palavras – Um Estudo de Psicoterapia Existencial. 3ª ed. São Paulo: Summus, 1991.

AUTOR

Luiz A. G. Cancello é psicólogo e psicoterapeuta. Professor da Universidade Católica de Santos - SP

OBRA

O FIO DAS PALAVRAS é um livro que foi inicialmente destinado aos alunos do 4º ano de Psicologia da Universidade Católica de Santos. A proposta do livro é contribuir para o aumento da escassa bibliografia sobre psicoterapia existencial disponível em Português. Propõe ainda uma reformulação no enfoque tradicional da psicologia clínica e em, particular, a prática e o ensino da psicoterapia existencial. É um dos raros textos nacionais sobre psicoterapia existencial destinado a estudantes, profissionais e leigos interessados em conhecer essa vertente teórica acompanhando um paciente em busca da cura.

RESUMO

Luiz Cancello define Psicoterapia como o acontecimento onde estão envolvidas duas pessoas e justamente por esse envolvimento, elas não se encontram à distância necessária para a constituição da objetividade. É pela linguagem que terapeuta e paciente se encontram na terapia. As palavras, se não forem vazias, terão como função trazer à presença daquele que as escuta (ou lê) aquilo o que falam.

Como então, alguém pode aprender a arte de escutar e de ajudar e se tornar um especialista? Em primeiro lugar, precisa de um diploma em Psicologia, ou seja, cursar a graduação e após especializar-se na linha que deseja trabalhar. Durante o curso e até mesmo depois de formado, o estudante e o psicólogo precisa fazer terapia e também precisa de uma supervisão.

O processo terapêutico consiste na observação do fenômeno, buscando a redução fenomenológica que será realizada após a époché, ou seja, após a suspensão dos nossos valores, poderemos entender o significado do mundo do outro e qual o seu sentido. Confirmadas as experiências do cliente e a escuta, tanto através das palavras como do silêncio, o terapeuta terá uma atitude de testemunha e não de juiz, com o objetivo de trazer o cliente para o presente e no aqui-e-agora, onde a verdade se desvela.

O contato entre o terapeuta e o paciente precisa ser de intimidade. Após construída essa intimidade, na procura do objeto comum, a cura, o paciente e terapeuta vão traçando o seu contato peculiar.

Intimidade e confiança seguem o mesmo fio, pois confiança é co-fiar: seguir junto o mesmo fio. Dessa forma, o terapeuta faz o paciente voltar ao problema mais presente. O que o aflige pode ser algo que vem o incomodando ou foi gerado no passado, mas precisar vir à tona, precisa ser trazido ao presente para que possa ser compreendido e solucionado.

Cada uma das intervenções do psicoterapeuta tende a abrir um contexto diferente de significações e cada uma delas pode oferecer um caminho diferente ao paciente. O terapeuta, no entanto, precisa estar atento às motivações do paciente. O paciente pode por exemplo, não estar preparado para descobrir ou aceitar um determinado problema ou a solução para o mesmo. Ele pode não estar "pronto".

O paciente quando inicia o processo terapêutico acredita que o terapeuta irá conduzi-lo a respostas prontas e respectivamente à cura. A cura, no entanto, está no próprio paciente. Cabe ao terapeuta indicar o caminho fazendo com que o paciente perceba que a cura está nele.

A psicoterapia existencial pretende buscar a compreensão dos fenômenos humanos e inserindo o cliente no contexto de sua vida. A escolha cabe exclusivamente a cada ser humano, mas a inserção pode necessitar da intervenção da psicoterapia.

Sartre disse: "Não importa o que fizeram de nós; importa o que nós fazemos com o que fizeram de nós". E Heidegger: "Somos o nosso passado". Se juntarmos as duas frases "Somos o que fizeram e o que fizemos de nós; importa o que vamos fazer com isso". Se a memória está sempre aí para nos lembrar quem somos, a possibilidade de reformular os rumos está junto para projetar o futuro. É possível não ser escravo da memória, mas poder dispor dela para orientar a vida? Com essa pergunta, acercamo-nos do âmbito da cura.

Enquanto a questão estiver colocada nos termos "eu sou de um jeito e quero ser de outro", estamos na esfera

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