Resumo - Texto: A coerência textual

Resumo – Texto: A Coerência Textual – Ingedore Koch

Capítulo 3 – Coerência, texto e linguística do texto

Índice

1. Introdução -------------------------------------------------------- página 3

2. Coerência, texto e linguística do texto ----------------------- página 4

3. Conclusão -------------------------------------------------------- página 6

 

1. Introdução

A coerência, que pode ser descrita como a capacidade de estabelecer sentido a um texto, é característica daquilo que contém lógica e coesão. Além disso, ela diz respeito à interpretabilidade do texto. Quando há ausência de coerência, a construção do sentido e da lógica do texto fica comprometida, além de impossibilitar a compreensão pelo leitor.

Para um texto ser coerente, ele deve apresentar ideias lógicas que não se contradigam, pois, caso contrário, ele será incoerente.

É válido ressaltar que, incoerência não se trata apenas de contradição. Incoerência pode significar inúmeras vezes descuidos linguísticos ou também falta de familiaridade com os pressupostos concebidos pelas regras gramaticais.

Dando continuidade, além de não se contradizer, um texto necessita também do emprego de diferentes palavras para expressar uma mesma ideia e também não abordar diferentes assuntos que não se relacionam entre si.

Deve, portanto, haver uma maneira de estabelecer a unidade entre os elementos do texto para que, por conseguinte, haja coerência.

Em síntese, a principal contribuição da coerência para a constituição e existência do texto é a formulação da lógica e do sentido, conectando uns elementos do texto aos outros de forma que tal não fique contraditório e sem sentido.

 

2. Coerência, texto e linguística do texto

Por coerência entende-se a capacidade de estabelecimento de um sentido ao texto, tendo em vista sua interpretabilidade e lógica, facilitando assim a compreensão pelo leitor. A coerência está diretamente ligada à inteligibilidade de um texto numa situação de comunicação. Portanto, para haver coerência é preciso que haja a possibilidade de estabelecer conexão entre os elementos do texto.

A relação pretendida entre itens lexicais do texto pode ser semântica ou pragmática.

Relação semântica pode ser descrita como a relação entre os conteúdos contidos no texto em seus significados. Todavia, a relação pragmática pode ser descrita como a linguagem no contexto de seu uso na comunicação.

Efetivamente, a coerência contribui para a constituição e existência de um texto através de seus vários fatores que permitem o estabelecimento de relações sintático-gramaticais, semânticas e pragmáticas entre elementos da sequência. A coesão trata-se de um fator de coerência, o qual contribui para a formação do texto, entretanto, sozinha não pode conter suficiência para converter uma sequência linguística em texto, além de não ser necessária. Portanto, a coerência é o que dá a textualidade à sequência linguística. Embora a coerência esteja interligada à coesão, pois faz referência ao bom uso dos elementos da língua.

Há sequências linguísticas incoerentes que podem ser descritas como aquelas as quais o leitor não consegue descobrir continuidade de sentido, lógica ou organização.

“Bernárdez – 1982, ao falar do processo de criação de um texto coerente, propõe que ele se dá em três fases e que, em cada uma delas, podem ocorrer falhas causadoras de incoerência em determinados casos.

a) Na primeira fase, o produtor do texto tem uma intenção comunicativa. Se ele tiver uma intenção comunicativa impossível para a situação, o texto será incoerente: mas esse tipo de incoerência dificilmente aparecerá. ” ¹

A partir deste trecho, pode-se entender que durante a primeira fase deve haver intenção de se comunicar por parte do produtor, sendo, portanto, raros os casos de incoerência dependendo, obviamente,