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A Avaliação Educacional

Por:   •  31/1/2017  •  Resenha  •  1.828 Palavras (8 Páginas)  •  1.604 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Quando falamos em avaliação não estamos falando só em avaliação escolar, mas todo tipo de avaliação que fazemos todos os dias, e essa avaliação é diferente do que acontece nas escolas é uma avaliação informal que envolve impressão e sentimento.

Se falamos de avaliação é muito mais formal do que a que fazemos todos os dias, e que tem um sentido mais amplo do que pensamos. A avaliação pode e deve acontecer todos os dias, não só no momento de aplicação de provas ou correção de trabalhos, tem que fazer uma avaliação de tudo, desde o planejamento, políticas públicas até o que os alunos já sabem sobre o assunto a ser estudado.

        Hoje os professores estão acostumados a tratar avaliação só como um meio de verificar o rendimento do aluno, mas a avaliação não pode ficar só nisso, precisamos avaliar outras dimensões como a avaliação do currículo, a de políticas públicas, etc. A avaliação destas teve que passar por uma construção que envolve desde a Secretária de Educação, os alunos, as famílias, os professores e especialistas.

        É isso que o livro organizado por Isabel Cappelletti vem tratar.

DESENVOLVIMENTO

AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM: UMA “JANELA” PARA O APERFEIÇOAMENTO

        ANA MARIA SAUL

        

        No Brasil nos anos 60 e 70 (principalmente) por conta dos acordos internacionais, as recomendações quanto à educação foram concretizadas por um monitoramento de técnicos norte-americanos que treinavam os professores brasileiros. Nessa época havia muitos professores fazendo doutorado e mestrado nos Estados Unidos, e eles trouxeram bibliografia de lá e isso influenciou os cursos nas universidades, fazendo, com isso, com que várias decisões fossem tomadas de acordo com as orientações estrangeiras.

        Essa “transferência cultural” não se deu de forma cabal, foi construído um espaço contra-ideológico tanto no país como na escola. Giroux, por exemplo, consegui mostrar que as escolas apresentam formas de resistência no sentido de se oporem e recriarem a ideologia. O movimento de resistência contra-ideológica é refreado pelo forte traço autoritário que tem marcado a sociedade e a cultura brasileira.

        Resgatar a história da avaliação educacional demarcando e fazendo críticas à transposição cultural é uma necessidade para a compreensão das raízes teóricas e da prática da cultura de avaliação no Brasil. Todavia essa crítica não defende uma posição que afirma ser o conhecimento genuinamente nacional.

        Por solicitação de órgãos públicos foi desenvolvida uma pesquisa sobre avaliação do rendimento escolar. Essa pesquisas traziam a “encomenda” de modificar o sistema de avaliação da aprendizagem, de acordo com a pesquisa, os professores não estavam satisfeito com a avaliação realizada e queriam mudá-la e diziam que mudando a avaliação melhora-se a qualidade de ensino, mas não só os professores do ensino fundamental e médio, os professores de ensino superior também.

        Mas o princípio que apoiavam essas solicitações de mudança do processo de avaliação, não podiam ser sustentadas ver pag. 13 do livro .

        A avaliação tem estado no centro das atenções de práticos e pesquisadores e recentemente tornou-se também um interesse da mídia. O debate em torno da avaliação do ensino acabou levantando conclusões simplistas e menos falsas. O fato de se ter uma avaliação bem feita não resolve o problema da melhoria da qualidade do ensino.A avaliação tem que ser melhorada sim mais dentro do conjunto das práticas educativas do qual ela faz parte.

        Esse fetichismo que tomou conta de conceitos e práticas, como esse, causando uma inversão no cotidiano das escolas brasileiras. A avaliação está se tornando o centro da aula. E é por esse motivo que os alunos vão ou não na escola, faz ou não a lição, estuda ou não, isso tudo por causa da avaliação. Os pais também usam a avaliação como meio de ver como o filho está na escola, e os professores usam a avaliação para controle da disciplina, da tarefa e outra atividades dentro da sala.

        É dessa forma que a avaliação está nas salas de aula tomando lugar privilegiado do processo ensino-aprendizagem. Esse tema já vem sendo tratado, na literatura educacional, por diversos autores. O professor argentino Ángel Diaz Barriga foi o primeiro a utilizar o termo “pedagogia do exame” para se referir à inversão dos focos de avaliação e ensino-aprendizado, mostrando como a avaliação passou a ser o centro controlador do processo pedagógico, transformando-se em instrumento de poder na mão do professor.

        O autor nacional Cipriano Luckesi também utiliza esta expressão, “pedagogia do exame”, para se referir à centralidade do processo de avaliação.

        Ana Maria Saul analisando as distorções entre a teoria e a prática da avaliação diz que a avaliação pode ser uma “grande janela” pela qual podemos entrar e alterar as nossas práticas o nosso projeto pedagógico. Ela como pesquisadora teve a oportunidade de fazer algumas experiências bem sucedidas que mostram ser possível a partir da avaliação transformar a prática pedagógica dando-lhe significado e qualidade, isso quando se apresenta como necessidade da escola.

        Mudar a avaliação implica em mudar o contexto no qual ela está inserida.

RELATO DE EXPERIÊNCIA EM AVALIAÇÃO ENQUANTO PROCESSO

                                                                       ISABEL FRANCHI CAPPELLETTI

        Isabel Cappelletti, professora de Didática na PUC/SP, assume as aulas de licenciatura aos sábados com 52 alunos de diferentes cursos de licenciatura, e isso enriquece a troca de informações em sala de aula, outro fator que enriquecia era que todos lecionavam.

        Neste trabalho ela poderia abordar várias questões mais resolveu abordar o processo de avaliação dos alunos em sua classe que era numerosa. Ela escolheu avaliação porque tem sido colocada em cena num palco de muitas confusões sendo um dos maiores problemas na formação dos professores. Os múltiplos objetos de avaliação como o aluno, professor, curso, etc., mostram sua amplitude e complexidade tornando a poderosa e mítica, quando seu caminho deveria abrir um espaço para práticas mais simples e eficazes.

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