A CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS EM AMBIENTE NÃO ESCOLAR

CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS EM AMBIENTE NÃO ESCOLAR

Adrielle Mota Marinho^[1]

Eliane de Nazaré Siqueira de Azevedo^[2]

Silvia Simone Marques Gonzaga^[3]

RESUMO

Este artigo, relata as experiências de Estágio Supervisionado em Instituições não Escolares e Ambientes Populares do curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade do Estado do Pará, desenvolvido em uma Casa de Acolhimento de Pessoas em tratamento de saúde. Realizou-se uma atividade de “Contação de histórias”,pois, a ludicidade desperta a imaginação e criatividade. O Objetivo foi motivar os participantes para a prática da leitura e, assim, poder ajudar a passarem o tempo, estimular a criatividade, a imaginação e o hábito da leitura, e até formar leitores competentes.

A metodologia foi por meio de leitura interpretativa, dramatização e posteriormente, com a montagem de uma “Estanteoteca” com livros diversos doados pelos alunos e professoresda turma. Os resultados indicam que houve boa aceitação do coletivo, os quais demonstraram interesse na atividade e no cuidado com os livros recebidos. Consideramos que a atividade foi importante para os moradores da casa, e principalmente para nossa formação acadêmica e profissional como futuras pedagogos.

Palavras-chave: Contação de história. Leitura.Estágio Supervisionado. Educação Não Formal.

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1 INTRODUÇÃO

O presente artigo tem como objetivo contribuir para construção do conhecimento e estimular a imaginação e alcançar alunos de todas as idades. Assim desenvolvendo o interesse pela leitura, através da contação de histórias no estágio Supervisionado em Instituições não Escolares e Ambientes Populares na casa de acolhimento localizada em Belém Pará na Avenida Magalhães Barata, para pessoas que fazem tratamento de saúde vindo de Canaã dos Carajás, e assim contribuindo também para potencializar a imaginação, linguagem, atenção, memória e a socialização de forma lúdica para todos os envolvidos na casa de acolhimento.

Contar histórias é uma arte milenar que sempre esteve ligada às memórias, tradições e sabedorias de um povo. Utilizar-se da leitura para a contação de histórias como metodologia para o desenvolvimento da imaginação, capacidade de ouvir o outro e de se expressar, à construção de identidade e a afetividade.

Toda a atividade humana está ligada ao uso da linguagem e ela só vive e se concretiza na comunicação dialógica daqueles que a usam. O sujeito, para Bakhtin (2003), adquire conhecimento na interlocução, na troca, na interação verbal, pois ouvindo ou lendo uma história ele será capaz de refletir, questionar, comentar e construir seu pensamento a partir do pensamento e da troca com o outro e, a contação de histórias, neste trabalho, seguramente, de acordo com a compreensão de relação dialógica da linguagem defendida por Bakhtin.

Dessa forma, pensou-se em um projeto que contemplasse a contação de histórias e a contação propriamente dita de textos informativos, poemas, contos, dentre outros, com objetivo não só de estimular a oralidade, a leitura e a escuta, mas sim de melhorar as relações desses indivíduos ora sendo ouvintes ora sendo falantes. Na necessidade de comunicarem-se, os homens compreendem-se mutuamente, expõem suas memórias, tradições, culturas e estilo de vida de seu grupo social.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1Contação de História no ambiente não escolar

A contação de história para alunos de todas as idades promove a ludicidade de forma que a imaginação e criatividade tomem conta. Esse tema foi escolhido, pois o principal intuito é de trazer alegria para as pessoas em que este projeto será aplicado.

“A contação de histórias é atividade própria de incentivo a imaginação e o trânsito entre o fictício e o real. Ao preparar uma história para ser contada, tomamos a experiência do narrador e de cada personagem como nossa e ampliamos nossaexperiência vivencial por meio da narrativa do autor. Os fatos, as cenas, e os contextos são do plano do imaginário, mas os sentimentos e as emoções transcendem a emoção e se materializam na vida real” (RODRIGUES, 2005, P.4 ).

Entendemos dessa forma que a contação de histórias, mexe com os sentimentos, e podem alcançar os mais variados objetivos tais como: o de educar, instituir socializar e mais além desenvolvem a sensibilidade e a própria inteligência de cada um. O projeto em si, faz com que o público alvo se envolva de tal forma que passaremos a eles como é prazeroso a leitura. As histórias escolhidas para serem contadas foram um texto referente a época natalina e uma poesia referente ao ano novo trazendo incentivo e força a eles, as mesmas trazem consigo a imaginação e a experiência de cada um, e fazem parte da vida dos participantes uma vez que eles têm alguma experiência com o natal para explanar.

Desse modo o projeto e suas atividades nele contidas visam proporcionar e estimular a leitura, a criatividade, à imaginação e trazer experiências dos participantes a memória.

             Provavelmente, ao ouvir histórias o aluno pode perceber que ela mexe com a sua imaginação, proporcionando estímulo e o desenvolvimento cognitivo, emocional e social. Segundo o ministério da educação (BRASIL, 2013) o ato de ouvir histórias é valioso para o desenvolvimento na compreensão do mundo e a si mesmo, expande referência e a capacidade de se comunicar, estimula a criatividade e faz a imaginação fluir, emociona e causa impacto.

2.3 Objetivo e Metodologia das Ações

O projeto desenvolvido no estágio Supervisionado em Instituições não Escolares e Ambientes Populares na casa de acolhimento tem como objetivo contribuir para construção do conhecimento e estimular a imaginação e alcançar alunos de todas as idades de forma que a leitura se torne algo prazeroso para todos. O público alvo foi composto por pessoas com problemas de saúde de Canaã dos Carajás que se encontram em uma casa de acolhimento localizada na região metropolitana de Belém na Avenida Magalhães Barata para tratamento médico nos mais variados hospitais de Belém, as quais foi apresentada propostas metodológicas de contação de: histórias,contos e poemas e uma roda de conversa aonde puderam expressar seus sentimentos e as suas experiências vividas  em rodas de conversa e relatos de vida.