A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO

        ESCOLA DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS

PROJOVEM : EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

VINÍCIUS HENRIQUE ARAÚJO DA SILVA

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RICARDO CARDOSO SANTANA

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GIOVANNA GALLICCHIO RAMOS

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BARBARA ZANETTI DE ALMEIDA

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Guarulhos/2019

INTRODUÇÃO

O presente trabalho trata-se de um trabalho de avaliação da aprendizagem realizado no contexto da UC “Planejamento e Avaliação Educacional”, tendo em vista os estudos propostos para o 1º bimestre desta UC; que tem como objetivo destacar relações e diferenças de como se planeja uma aula no âmbito de educação de jovens e adultos (EJA), baseado em duas entrevistas realizadas com professoras inseridas no contexto em espaços educacionais distintos.

Uma das entrevistadas é a docente de ensino superior Mariângela Graciano, Doutora em Educação pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (2010), onde pesquisou a participação da sociedade civil nas práticas educativas desenvolvidas nas prisões paulistas. No Mestrado (2005), cursado no mesma instituição, estudou a educação de mulheres encarceradas. Graduada em Jornalismo pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero (1992) e Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas da USP. No presente momento ministra a disciplina “Educação de Jovens e Adultos: diversidade e práticas educativas”, com o propósito de preparar o estudante universitário para o contexto da educação voltada para jovens e adultos.

A outra entrevistada é a Fabiana Moraes, professora da rede municipal escola EPG Celso Furtado, ministrando aulas para jovens adultos, formada pelo CEFAM GUARULHOS, graduada em pedagogia, pós graduada em educação de jovens e adultos.

No desenvolvimento deste trabalho, como ponto de partida de nossas reflexões e análises, iremos trazer a relação entre as respostas obtidas nas entrevistas concedidas pelas professoras e as ideias e afirmações dos autores trabalhados nessa UC até o presente momento.

DESENVOLVIMENTO

O desenvolvimento do trabalho abordará destaques feitos pelo grupo a partir das entrevistas realizadas com os profissionais mencionados anteriormente, onde será apresentada a análise teórica, reflexiva e crítica dos conteúdos trazidos pelas entrevistadas em diálogo com o referencial dos autores estudados.

Realizar uma análise sobre o planejamento, hoje, seria essencial para compreendermos melhor a relação existente entre a teoria e a prática desenvolvidas nas escolas. Considerando ainda que planejar é um aspecto complexo no trabalho docente que precisa de muito conhecimento, sentimos a necessidade de um estudo fundamentado, para que possamos ter um maior embasamento teórico/metodológico no desenvolvimento da prática educativa. Assim para um melhor embasamento teórico da nossa discussão, segundo Libâneo (1994, p. 22), o planejamento tem grande importância por tratar-se de: ”Um processo de racionalização, organização e coordenação da ação docente, articulando a atividade escolar e a problemática do contexto social”.

Percebemos, de certo modo , que a maioria dos professores encontra  dificuldades em planejar suas aulas, devido ao fato de, muitas vezes, não ter tido formação teórica metodológica necessária para compreender a verdadeira importância do ato de planejar em sua prática pedagógica. A partir desse ponto tomamos como base argumentos mencionados pela professora Fabiana Moraes,  ao afirmar que:

[...] é preciso que o professor conheça a realidade dos seus alunos, a partir de um diagnóstico que favoreça a ele conhecer algumas das dificuldades apresentadas, desse modo um planejamento de aula vem a ser elaborado. Na perspectiva e realidade que nos deparamos há uma certa barreira imposta por uma direção escolar e um governo, por meio de regras do que deve ser ensinado e de quais objetivos devem ser alcançados, ocultando interesses dos educandos, vivencias, e o contexto em que cada educando está inserido. (profa. Fabiana)

Por meio das palavras da professora, podemos afirmar que o planejamento do professor não é algo isolado, tendo em vista que é necessário considerar a realidade no qual os educandos estão inseridos e, além disso, está sujeito as demandas e imposições determinadas pela equipe gestora da escola, a qual acaba acatando o que é determinado pelos governos, por meio da secretaria de educação e do Ministério da Educação. 

Além disso, entendemos, que o planejamento é de extrema importância para que o professor possa pensar na avaliação, promovendo o desenvolvimento do aluno, haja vista que esse trabalho deve ser organizado com qualidade pedagógica, de forma que o planejamento e a avaliação estejam diretamente direcionados para a construção do conhecimento do educando. Nesse sentido, sabemos que é necessário o professor ter conhecimento daquilo que vai ensinar, como vai ensinar, para quem vai ensinar e buscar ações para que as metas sejam desenvolvidas, no intuito de atingir os objetivos estabelecidos “[...]sempre que se buscam determinados fins, relacionam-se alguns meios necessários para atingi-los. Isto de certa forma é planejamento” (DALMÁS, 1994, p. 23).  

 A docente Mariângela, a qual forma o profissional a ser inserido na atuação com o EJA, ao ser questionada qual principal objetivo que pretende alcançar dos alunos que se formaram, destaca o seguinte:

O principal é que as pessoas saiam sensibilizadas pra que as pessoas jovens e adultos com baixa escolaridade têm direito à educação, e uma educação de qualidade. Esse é o principal, tem toda uma conversa sobre legislação, mas também tem toda uma conversa do fazer pedagógico, e como esse fazer pedagógico muitas vezes é muito influenciado pelos estímulos em relação aos jovens e adultos com baixa escolaridade. Esse é o objetivo principal, para que as pessoas saiam daqui sabendo do direto a educação do adulto e criança. Trabalhamos muito a perspectiva de Paulo Freire, de que as pessoas se sintam seguras e animadas aos educandos da EJA, e fechar com eles quais são os planos de interesse, o que se quer estudar e como se vai estudar. (profa. Mariângela)