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A EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Por:   •  6/7/2022  •  Pesquisas Acadêmicas  •  3.318 Palavras (14 Páginas)  •  77 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA

AMANDA COSTA MARCELINO FERRARI

201902330463

PPE – PESQUISA E PRÁTICA EM EDUCAÇÃO

LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA INFANTIL

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

2022

LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA INFANTIL

Amanda Costa Marcelino Ferrari

Professora Rosaria Maria De Castilhos Saraiva

RESUMO: O presente trabalho tem por finalidade demonstrar a necessidade e as vantagens da utilização de métodos lúdicos na educação fundamental. Após breve abordagem histórica, são trazidos diversos motivos pelos quais a promoção do acesso da pessoa com deficiência por meio de brincadeiras e jogos é tão relevante na formação de sua capacidade e personalidade como integrante da sociedade.

Palavras-chave: Ludicidade. Infância. Inclusão. Deficiência.

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP

2022

INTRODUÇÃO

Como resultado de políticas sociais implementadas nos últimos anos, o sistema de educação brasileiro tem evoluído significativamente. Não obstante, vê-se que ainda há muito a ser feito a fim de se alcançar níveis satisfatórios quando comparado a estruturas educacionais estrangeiras.

Dentre as diversas necessidades de aprimoramento, no âmbito do contexto social atual, observa-se a inclusão, com seus diversos aspectos ainda deficitários. Um deles é a inclusão de crianças e adolescentes com deficiência[1] na educação fundamental continuada.

Há várias soluções já apontadas em diversos estudos, que vão desde a assistência médica e psicológica dentro do ambiente estudantil até a concessão de benefícios afirmativos a essas crianças como, por exemplo, a disponibilização de pessoa capacitada para acompanhamento em sala de aula. Nesse cenário incluem-se as brincadeiras didáticas inclusivas e adequadas às necessidades de cada aluno.

Partindo dessas considerações iniciais, pergunta-se: como a utilização de aprendizagem de forma lúdica inclusiva contribui para o aprendizado de crianças e adolescentes com deficiência?

A utilização desses recursos está alinhada com o dever que o Estado, a família, a comunidade escolar e a sociedade têm de assegurar educação de qualidade à pessoa com deficiência, colocando-a a salvo de toda forma de violência, negligência ou discriminação, já que atende à determinação de se implementar e aprimorar um sistema educacional inclusivo com condições de acesso, permanência, participação e aprendizagem plenos.

HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO NO BRASIL

No ano de 1549 deu-se o início da educação nacional, quando os primeiros jesuítas chegaram no Brasil, trazendo uma educação focada exclusivamente na catequização, que tinha como objetivo converter a alma do índio brasileiro à fé cristã.

Desde então, havia uma clara divisão de ensino: as aulas lecionadas para os índios ocorriam em escolas improvisadas, construídas pelos próprios indígenas, nas chamadas missões; já os filhos dos colonos recebiam o conhecimento nos colégios mais estruturados.

O padre José de Anchieta, considerado um dos mais atuantes pedagogos da Companhia de Jesus, utilizava recursos como o teatro, a música e a poesia, para realizar a educação dos índios.

Os filhos de portugueses, que também frequentavam as aulas dos jesuítas, não se restringiam apenas ao ensino religioso, mas recebiam um ensinamento mais aprofundado, voltado mais às letras.

Passados alguns anos, e por conta de conspirações, os jesuítas foram expulsos, e o ensino brasileiro teve uma remodelação total, passando de educação jesuítica para reforma pombalina, que foi influenciada pelos ideais iluministas. Em 1772, o Marquês de Pombal tinha convicção de que era preciso modificar a educação no Brasil; assim, foram dados os primeiros passos na criação de um ensino público.

Com essa reorganização, tornou-se o professor uma figura central do processo educacional. Neste período, foram criadas as aulas régias, ministradas por docentes concursados, que eram funcionários do Estado.

Após a chegada da família real ao Brasil, em 1808, marca-se o período mais importante na educação brasileira, com a presença da coroa portuguesa, impulsionando alguns investimentos na área da educação e dando início às escolas do ensino superior.

Apesar de o Brasil ter se tornado independente em 1822, a educação, durante o período imperial, não teve avanços significativos. A falta de prioridade do investimento em educação prejudicou de forma mais agressivas as classes populares do país; porém, os filhos das famílias ricas tinham acesso facilitado ao colégio.

Em 1827, foi sancionada a primeira lei brasileira que tratava exclusivamente da educação. O texto, em seu artigo 1º, afirmava que em todas as cidades, vilas e lugares mais populosos, haveria escolas de primeiras letras que forem necessárias. A nova regra também foi um marco para as garotas, que passaram a se misturar aos meninos nas escolas de letras do Estado.

Nota-se, portanto, desde os primeiros momentos da construção do sistema educacional, que havia clara distinção entre a sociedade elitizada e as demais classes sociais no acesso à educação. E a discriminação não se limitava à condição econômica, mas atingia também o gênero e as alegadas capacidades intelectuais da pessoa.

A partir da década de 1920, o educador Anísio Teixeira liderava o movimento da Escola Nova, que ganhou força no ambiente educacional por tornar a educação mais inclusiva e adotar um modelo mais moderno de ensino voltado para uma educação prática da vida, tendo como base as idéias do filósofo americano John Dewey.

Por mais que a ideia fosse boa, ainda existia uma grande porcentagem de analfabetismo, por causa do difícil acesso às escolas. Então, só após o governo de Getúlio Vargas entre 1930 e fim da década de 1940, que a educação apareceu na Constituição como “um direito de todos”, com a criação do Ministério da Educação e Cultura, evidenciando-se como integrante da dignidade da pessoa.

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