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A Falta De Médicos

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Por:   •  11/10/2013  •  805 Palavras (4 Páginas)  •  239 Visualizações

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A falta de médicos em hospitais públicos tem prejudicado o atendimento em todo o Brasil. A equipe de reportagem do Jornal Hoje percorreu hospitais de várias regiões e flagrou filas enormes, corredores lotados e mau atendimento.

“Tão dizendo que tem médico, mas para mim é a mesma coisa de não ter. Não está atendendo, estamos aqui que nem cachorro”, reclama a estudante Raiane Souza Aguiar.

A técnica de enfermagem Eleusde Ferreira teme pela saúde do pai. “Ele tem 80 anos. Ele está pálido, ele não está bebendo água, não está urinando. Está sem comer até agora, tremendo. Como está estável a pressão, a frequência cardíaca, acham que ele pode ficar esperando até não sei que dia.”

As cenas dramáticas se repetem todos os dias quando a população procura atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No Distrito Federal, a crise chegou ao ponto máximo no fim de semana: além da superlotação habitual, alguns médicos que estavam de plantão simplesmente não foram trabalhar. Os hospitais pediram que as ambulâncias procurassem outras unidades.

Todos reconhecem que é preciso aumentar o número de médicos no Distrito Federal. O que muda é a conta. O Conselho Regional de Medicina fala em mais de quatro mil profissionais. A Secretaria de Saúde calcula que seriam necessários mais 800. Diz que só pode resolver o problema aos poucos, ao longo do ano.

Interior paulista

No interior de São Paulo, a população enfrenta as mesmas dificuldades. Para marcar uma consulta no Hospital Regional de Sorocaba, que atende dois milhões de pessoas de 49 municípios, é preciso enfrentar longas filas. Marcar exames também é difícil.

Em 2011, a polícia prendeu 12 pessoas ligadas ao hospital, por suspeita de fraudar licitações e receber por plantões que não eram feitos. Após as denúncias, a nova direção prometeu melhorar o atendimento, mas os problemas e as reclamações dos pacientes continuaram.

A equipe do JH flagrou corredores lotados e salas de atendimento sem nenhum médico. Não há mais espaço na sala de espera. No setor de ortopedia, um homem que sofreu um acidente aguarda há quase um mês para saber se vai ter o pé amputado.

O diretor do hospital, Luís Cláudio de Azevedo, disse que o paciente já passou por uma primeira cirurgia, assim que foi internado, em dezembro. Depois, ele fez uma série de exames que só ficaram prontos nesta semana. “Definiram pela amputação. Deverá ser feita tão logo, provavelmente amanhã”, diz o diretor.

A direção do Conjunto Hospitalar de Sorocaba informou que recebe pacientes de vários municípios e que está implantando um sistema de marcação de consultas e exames pela internet, para reduzir as filas.

Litoral paulista

No Guarujá, litoral paulista, um caso parecido terminou em morte. Um homem de 31 anos ficou 18 dias à espera de uma vaga no centro cirúrgico do único hospital público da cidade. Ele foi atropelado por uma moto, fraturou o fêmur, mas morreu sem conseguir ser operado.

“O rapaz que o atropelou com cinco dias fez a cirurgia no braço, que fraturou em três lugares. Foi liberado porque tinha plano de saúde”, conta a viúva Luciamara dos Santos Santana.

Segundo a assessoria do hospital, a cirurgia de Alex Ferreira Marinho foi adiada mais de uma vez por causa do quadro

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