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A Fonética

Por:   •  10/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.646 Palavras (11 Páginas)  •  244 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO PLÍNIO LEITE

CURSO DE LETRAS

Ana Léa

Fonética e Fonologia

          Angelo Márcio Diogo Correia                RA: 4997019856

              Lucimere de Andrade Silva                RA: 6213193800

                              Maria Elisabete de Araújo Terra                RA: 4200054415

                                Shirley Santos da Silva                RA: 4626897940

NITERÓI

2013

ANHANGUERA EDUCACIONAL

CENTRO UNIVERSITÁRIO PLÍNIO LEITE

Introdução à Fonética e Fonologia do Português

1 - TEXTO DISSERTATIVO:

        Considerando a introdução do livro Fonética e Fonologia do Português, concluímos que os falantes de qualquer região do mundo podem observar aspectos característicos de determinada língua falada ao redor do mesmo, através do conhecimento comum das pessoas. Porém, dentro da linguagem, temos a linguística como ciência que investiga de forma mais profunda os fenômenos relacionados à mesma bem como as estruturas das línguas.

        As pessoas que interagem no âmbito de uma mesma língua, conseguem distinguir através de uma imagem que uma obtém da outra, até mesmo via telefone, características como idade, sexo, nível cultural e de escolaridade, se é estrangeiro e possui uma segunda língua e até mesmo variações regionais daquela língua. Dentro dessas variações entendemos que o falante nativo, é aquele que aprendeu a língua desde a infância e a tem como língua materna ou primeira língua. Já os falantes de uma segunda língua, normalmente herdam características de sua língua materna.

        As variantes regionais podem ser de prestígio ou estigmatizadas por parte dos falantes, ou seja, maneira “correta ou incorreta” da pronúncia sonora da fala, e também existem algumas variantes que podem ser consideradas neutras do ponto de prestígio. Em qualquer língua, existe as variantes padrão e não padrão, onde as mesmas geralmente esgotam os critérios linguísticos, associando a padrão à classe social, e alto nível de educação formal, enquanto que variantes não padrão desviam-se desses critérios. Porém nem sempre as características dessas variantes se relacionam com o que prevê a gramática tradicional como correto. A autora cita como exemplo, a redução do gerúndio como parte da variante padrão dos falantes da cidade de Belo Horizonte (-ndo para -no), onde palavras são pronunciadas como (fazeno, comeno, etc..), pois é um fenômeno amplamente difundido entre os falantes. No caso de variantes não padrão a autora cita duas formas pronominais para a primeira pessoa do plural: “nós” e “a gente” requerendo uma forma verbal distinta: “nós gostamos” e “a gente gosta” sendo essas aceitas como variantes padrão em diversos dialetos, caracterizando não padrão com a troca de formas de pessoa com a forma verbal: “nós gosta” e “a gente gostamos”. Nos casos de lexicalização, que consiste de palavras agrupadas em classe de acordo com a gramática do idioma, podemos encontrar palavras associadas a uma entrada lexical com propriedades específicas: substantivo masculino enquanto que temos exemplos que não apresentam a mesma entrada lexical para todos os falantes, e ainda para outros falantes observamos alternativas de gênero tanto para o masculino quanto para o feminino.

        Uma análise linguística só pode ser realizada, considerando parâmetros linguísticos e não linguísticos, e dentre os fatores não linguísticos destaco: a região geográfica, faixa etária gênero, estilo, etc.

        Entendemos que a língua compõe parâmetros linguísticos que são compartilhados por todos os falantes da mesma, enquanto que a fala expressa a forma particular da língua praticada por cada falante. Todas as línguas estão em constante mudança, por isso, não existe língua melhor ou pior, primitiva ou evoluída, pois todas permitem a expressão de qualquer definição.

        A fonética consiste em estudar os padrões para a descrição, classificação e transcrição dos sons da fala, principalmente os utilizados na linguagem humana, sendo as suas principais áreas de interesse: a Articulatória, Auditiva, Acústica e Instrumental. Já a fonologia estuda os princípios que regulam a estrutura sonora das línguas, caracterizando as sequências de sons permitidas e excluídas na língua em questão.

        Face o exposto, percebemos após a leitura da Introdução do livro em questão que a linguagem pode ser definida como uma faculdade mental que diferencia os humanos de outras espécies animais possibilitando os nossos modos específicos de pensamento, conhecimento e interação com os semelhantes e a especificidade do ser humano de se comunicar através de signos (ou língua).

 

2-DECRIÇÃO DOS SEGMENTOS VOCÁLICOS

  Para que se produza qualquer som em qualquer língua, utilizamos o aparelho fonador, que são: sistema respiratório, fonatório e articulatório. Para produzirmos um segmento vocálico, a passagem do ar não é interrompida na linha central e por isso não há obstrução ou fricção no trato vocal, ou seja, a passagem do ar é livre; diferindo dos sons consonantais que são formados quando há algum obstáculo. Os segmentos vocálicos são descritos de acordo com algumas características:

  • Altura da Língua-Refere-se à altura que o corpo da língua ocupa durante a articulação do segmento vocálico. Os quatro níveis de altura são: alta, média-alta, média-baixa, e baixa.
  • Anterioridade/Posterioridade da Língua- Pode ser definido como a posição da língua na dimensão horizontal durante a articulação do segmento vocálico. As três posições que a língua assume são: anterior, central e posterior.
  • Arredondamento dos Lábios- Ao articularmos um segmento vocálico, nossos lábios podem estar estendidos ou arredondados, dependerá do som a ser produzido.

Tipos de Vogais

     As vogais podem ser classificadas em:

  • Orais- São produzidas quando o ar sai apenas pela boca. Dividem-se em:
  1. Tônicas- Vogais que carregam o acento primário, e por isso são produzidas com maior intensidade. Ex: bola, até, vida.
  2. Pretônicas- Vogais que antecedem a sílaba tônica. Ex: vital, cueca, modelo.
  3. Postônicas- Como o próprio nome sugere, são as vogais que se encontram depois da sílaba tônica. Ainda dividem-se em finais e mediais.
  1. Finais- Está relacionado à atonicidade máxima de algumas vogais postônicas. Ocorre em algumas variedades fonéticas da Língua Portuguesa. Ex: júri, anos,gota.
  2. Mediais- Ocorrem entre a vogal tônica e a vogal átona final em palavras proparoxítonas. Sua pronúncia varia bastante no Português. Ex: tráfico, sôfrego, cédula.
  • Nasais- São vogais produzidas quando há o abaixamento do véu palatino, permitindo dessa forma que o ar passe tanto pela cavidade oral, como pela nasal. Apesar de esse abaixamento alterar a qualidade vocálica das vogais nasais, a diferença entre elas e as vogais orais é pequena. A ação de colocar um til (~) acima da vogal serve para marcar a nasalidade. Pode se dizer que entre as vogais nasais e as orais, há oposição. Ex: lã,pente,conto.

2.2-DITONGOS CRESCENTES E DECRESCENTES

  Basicamente, um ditongo pode ser definido como um encontro vocálico de duas vogais. Ex: peixe, saudade, paixão.

Podem ser classificados como:

  • Ditongo Crescente: Refere-se à junção de uma semivogal com uma vogal. Ex: séria (i-semivogal, a-vogal), árdua (u-semivogal, a-vogal).
  • Ditongo Decrescente: Diferentemente dos ditongos crescentes, os decrescentes ocorrem quando há a junção de uma vogal com uma semivogal. Ex: pai (a-vogal, i-semivogal), judeu (e-vogal,u-vogal).
  • Ditongo Oral: Acontece quando ocorre a junção de duas vogais orais. Ex: cueca, caixa.
  • Ditongo Nasal: Refere-se à junção de duas vogais nasais na mesma sílaba, ou de uma vogal nasal com uma oral. Ex: sabão,põe, lições.

  Algumas vezes na pronúncia,o ditongo pode deixar de existir, quando ocorre a supressão da semivogal. Ex: janeiro passa a ser janero, beijo passa a ser bejo.

   Vemos muitas palavras sendo grafadas com Y e W, e eventualmente podem surgir dúvidas a respeito de sua utilização. Há de se esclarecer que para o uso dessas letras existem regras. O Y é considerado uma vogal, pois foi traduzido do grego como I, e mantém esse som em todas as palavras em que é utilizado. Ex: yoga, Yasmim. Já o W, deve ser empregado de acordo com a pronúncia na sua língua original, isto é, algumas vezes com som de V (Ex:Wagner, palavra de origem alemã); e outras com som de U (Ex:Wellington, William, palavras de origem inglesa). Podemos concluir, que o w pode ser considerado consoante ou vogal, dependendo do contexto.

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