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A Função do gestor público em educação

Por:   •  27/1/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.346 Palavras (10 Páginas)  •  158 Visualizações

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RESUMO

A função do gestor público em educação deve ser tema latente em qualquer debate sobre educação básica no Brasil. Visando elucidar sobre essa tarefa frente a gestão democrática, percebe-se que esse assunto é teorizado a tanto tempo quanto os debates sobre a importância da participação coletiva na formação da criança. Neste artigo conclui-se que o diretor tem papel de grande importância na construção desse trabalho coletivo e na emulação da comunidade escolar em se sentir parte da escola.

PALAVRAS CHAVES: democracia; escola; diretor; gestão escolar; gestão democrática; gestão participativa.

ABSTRACT

The role of the public manager in education must be latent theme in any discussion of basic education in Brazil. To elucidate on this task ahead democratic management, it is clear that this issue is theorized to as long as the discussions on the importance of community involvement in children's education. This article concludes that the director has a very important role in building this collective work and emulation of the school community feel part of the school.

KEY WORDS: democracy; school; principal; school management; Democratic management; participative management.


  1. INTRODUÇÃO

        A educação é sem dúvidas o pilar de qualquer sociedade. Levando em consideração que vivemos em um país emergente, devemos tratar do tema com ampla seriedade e termos o entendimento de que ainda há muito ao que nos adequar, visando explorar as novas relações interpessoais presentes em nosso meio e a contribuição de cada indivíduo nesse processo.

        Quando falamos sobre as diretorias das escolas públicas brasileiras, a priori nos vem à lembrança de um ser autoritário, burocrático e, por vezes, truculento. Porém, não há mais espaço na sociedade para esse tipo de postura frente aos seus comandados, seja qual for o órgão de que se trata.

        Com os avanços sociais e democráticos que vivemos, junto a globalização das informações, o indivíduo social, reconhece com maior clareza os seus direitos e deveres, além de desenvolver maior reflexão sobre as vivências coletiva.

        Dentro das escolas públicas de ensino básico no Brasil não se dá de maneira diferente, a relação hierárquica vem sendo cada vez mais deixado de lado e o senso de “construção” coletiva vem ganhando espaço no perfil dos membros dessas comunidades escolares.

        Tal “mudança de atitude” ou “quebra de regra” por diretores ou diretoras destas escolas pode ter diferentes motivações, seja pela pressão social, pela busca de um ambiente mais sadio de trabalho, ou até mesmo em busca do reconhecimento do seu trabalho pelos seus pares.

        Contudo, percebemos que essa “nova realidade” traz como efeito conquistas importantes para a nossa sociedade, diminuindo a evasão escolar, transformando positivamente a relação familiar e fomentando o desenvolvimento acadêmico de nossas crianças, acabando assim com a estagnação que predominava dentro do ambiente escolar, tornando as instituições de ensino mais dinâmicas.

        No presente artigo iremos nos debruçar sobre o papel do (a) diretor (a) neste novo contexto de gestão democrática das instituições públicas brasileiras de ensino básico, visando trazer para discussão o perfil necessário ao gestor ou gestora na implementação e manutenção da gestão participativa, e qual o grau de influência destes no cumprimento da função social que tem a escola de ensino básico.

  1. DISCUSSÃO

        A gestão democrática, ou para alguns, gestão participativa é talvez hoje a maior bandeira levantada por quem debate educação em nosso país.

Por séculos a sociedade assistiu, e em alguns momentos ainda assiste, as relações interpessoais na comunidade escolar serem espelhadas na atrasada filosofia do “manda quem pode, obedece quem tem juízo”, porém aqui no Brasil, no ano de 1996, aprovou-se a “Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional” (LDB) que mudou sistematicamente a maneira que estado brasileiro e a sociedade deste país enxergam os preceitos e objetivos da educação, além de um novo entendimento da função a ser exercida pela escola.

Apesar de terem passados apenas 12 anos do fim de um regime ditatorial até a sua formação, a LDB traz já no artigo primeiro a importância da relação entre toda a sociedade e a instituição de ensino, dividindo assim a responsabilidade da formação do indivíduo por toda a sociedade, quando determina que: “A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais”.

Havia até aquele momento uma conservadora e atrasada visão de que somente a escola e a família eram responsáveis e tinham o direito sobre a formação do indivíduo, sendo que a primeira detinha a propriedade do conhecimento, da razão e da ordem, e que somente a família deveria moldar o “caráter” da criança.

Com a aplicação da LDB, inicia-se um processo de reformulação destes parâmetros, estando a gestão democrática como viés para auxiliar o entendimento de coletividade, aproximando servidores, estudantes e sociedade, e assim, extrapolando tanto as barreiras físicas, como também as barreiras ideológicas que serviam como entrave no desenvolvimento da educação.

2.1- Gestão democrática

O conceito de uma educação mais democrática é discutido desde o século XVI, quando o filósofo suíço Jean-Jacques Rousseau em 1762, no seu livro Emílio ou da educação, começa a questionar os moldes “tradicionais” de educação, onde o conhecimento era “doado” a criança, trazendo para o debate a importância de entender-se que há particularidades de cada indivíduo e que o processo de formação natural se dá de forma coletiva, afirmando que:

“Tentando persuadir vossos alunos do dever da obediência, juntais a essa pretensa persuasão a força e as ameaças, ou, o que é pior, as lisonjas e as promessas. Assim, atraídos pelo interesse ou constrangidos pela força, eles fingem estar convencidos pela razão. ”

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