A HISTORIA E CULTURA INDIGENA NA SALA DE AULA

FACULDADE SÃO BRAZ

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HISTORIA E CULTURA INDIGENA NA SALA DE AULA.

ANDRESSA BELLETATI PIOLA

FACULDADE SÃO BRAZ

JARDIM ALEGRE. Paraná/2022.

HISTORIA E CULTURA INDIGENA NA SALA DE AULA.

JARDIM ALEGRE. Paraná/2022.

INTRODUÇÃO

Neste trabalho vamos falar um sobre a importância cultura indígena aqui no Brasil que foi fundamental para a identidade no Brasil.  E como trabalhar em sala de aula este tema. Esta cultura está presente até hoje na culinária, presente em elementos da dança, festas populares e principalmente na língua portuguesa que foi fruto da aculturação dos povos também vamos ver como foi sua apropriação qual seus costumes, como vivem. E estudar é uma excelente forma de observar vários povos e grupos étnicos diferentes, bem como as tradições de cada um e suas visões sobre o mundo.

DESENVOLVIMENTO

Antes de falar sobre os costumes indígenas, é importante pensar sobre   o que é cultura de forma genérica. Afinal, muito se fala sobre este conceito e, geralmente, ele é utilizado como sinônimo de um tipo de preferência mais utilizado. No entanto, é importante deixar claro que a cultura é um processo complexo que envolve diversos aspectos de uma sociedade. Dessa forma, cultura, em seu significado mais amplo, é a língua falada e escrita, a religiosidade, as práticas sociais, as artes, os comportamentos dos indivíduos em sociedade, seja no espaço público ou privado. Portanto, pode-se dizer que ela é tudo o que tem significado para determinada sociedade, independentemente da classe social. A colonização portuguesa no Brasil se efetivou a partir da exploração, povoamento, extermínio e conquista dos povos indígenas e das novas terras. Sempre que ouvimos falar da colonização portuguesa na América, lembramos logo da colonização do Brasil.  E logo vem a pergunta será que o Brasil foi descoberto pelos portugueses? Ou o processo de colonização portuguesa foi uma conquista?

A partir de então, já sabemos de uma coisa, que o Brasil não foi descoberto pelos portugueses, pois afirmando isto, estaremos desprezando a história dos indígenas   que viviam há muito tempo neste território antes da chegada dos europeus. Portanto, o processo de colonização portuguesa no Brasil teve um caráter semelhante a outras colonizações europeias, como, por exemplo, a espanhola: a conquista e o extermínio dos indígenas. Sendo assim, ressaltamos que o Brasil foi conquistado e não descoberto. 

 A identidade nacional brasileira possui importância fundamental na construção dela a cultura indígena. Ela está presente em elementos da dança, festas populares, culinária e, principalmente, na língua portuguesa falada no Brasil, que é fruto do processo de adaptação e modificação entre povos indígenas, negros e europeus. É importante salientar que, antropologicamente, é impossível falar em cultura indígena no singular, já que não existe e nunca existiu homogeneidade entre as comunidades tradicionais indígenas existentes no país. Pelo contrário, a diversidade se manifesta na pluralidade de povos, línguas e costumes que elas possuem. A cultura indígena brasileira é vasta e diversificada, ao contrário do que pensa o senso comum. Os historiadores estimam que, no início do século XVI, havia quatro agrupamentos linguísticos principais: tupi-guarani, jê, caribe e aruaque. Essas famílias linguísticas compartilhavam o mesmo idioma e culturas semelhantes.

Quando os portugueses chegaram haviam estimativamente cerca de 5 a 7 milhões de índios no território nacional.  Atualmente, existem cerca de 817 mil se declararam. Um ponto muito importante de quando falamos dos índios no Brasil é a grande diversidade cultural e étnica desses povos. Estima-se que existam mais de 300 etnias atualmente no território brasileiro e mais de 250 línguas são faladas. Infelizmente, uma parte considerável desses povos e desses idiomas está sob risco de desaparecer permanentemente.

Dados da Fundação Nacional do Índio (Funai) dão conta da existência de 225 povos indígenas e, pelo menos, 70 tribos que vivem em locais totalmente isolados. Mas apesar da grande diversidade existente, é possível encontrar pontos de conexão na cultura indígena resguardada por todos esses povos. O principal deles é a relação de respeito e cuidado com a natureza, de onde, orginalmente, retiravam o sustento, abrigo e proteção. Além da relação de cuidado com a natureza, que se mantém até os dias de hoje, quando os povos indígenas disputam com o agronegócio o direito de usar as terras, é possível apontar outros elementos que unificam a cultura indígena. Nesse sentido, podemos mencionar o modo como as relações sociais eram construídas dentro das comunidades, sobretudo no período pré-colonial, quando preponderava o coletivismo, sem sistemas políticos de governo ou qualquer estrutura de Estado.

Na cultura indígena a ausência da moeda ou qualquer outro sistema de trocas mercantis. Antes da colonização, não havia relações econômicas entre as populações que povoavam o território que se constituiu como Brasil. Da mesma forma, não existia sistema de escrita. Sendo assim, os conhecimentos, tradições e ritos presentes em cada comunidade eram passadas através da oralidade. Esse fato justifica a frase que diz: “Quando morre um pajé, se vai uma biblioteca inteira”.

As relações com a natureza a comunidades indígenas se relacionam com a terra está amparado no fato de que a utilizam para retirar seu sustento, através do consumo de frutas, legumes, raízes, da caça e da pesca. Mas também diz respeito ao sistema de crenças existentes na cultura indígena. Em muitas comunidades, existe a crença em seres espirituais que estão diretamente ligados às forças da natureza. Entre eles, destaca-se a figura de Tupã, visto como o ser supremo que possui domínio sobre a natureza.