TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

A MELHORA DO APRENDIZADO DO EDUCANDO COM HIPERATIVIDADE E/OU DÉFICIT DE ATENÇÃO

Por:   •  16/4/2017  •  Artigo  •  4.375 Palavras (18 Páginas)  •  247 Visualizações

Página 1 de 18

A MELHORA DO APRENDIZADO DO EDUCANDO COM HIPERATIVIDADE E/OU DÉFICIT DE ATENÇÃO

RESUMO: O presente trabalho apresenta características, causas e orientações de como lidar com o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade – TDAH e como é possível melhorar a aprendizagem de educandos com TDAH. Em geral esse transtorno se associa a dificuldades na escola e no relacionamento com colegas, pais e professores. Crianças com esse transtorno não conseguem realizar várias atividades que planejam e são vistas como ”avoadas”, desatentas. A criança com esse transtorno demonstra com mais precisão as características do TDAH em idade escolar. É muito importante que o professor esteja preparado para lidar melhor com esses alunos, e ser capaz de distinguir a hiperatividade de um comportamento indisciplinado.

Palavras-chave: Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade – TDAH. Aprendizagem. Dificuldades de Aprendizagem. Professor.

1 INTRODUÇÃO

O presente estudo aborda o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), visto muitas vezes como um grave problema que dificulta o trabalho do professor, tendo em vista que em uma sala de aula estão muitas crianças com falta de limites e/ou indisciplinados e, dessa forma, com comportamentos semelhantes aos de uma criança hiperativa.

Embora grande parte dos estudos feitos sobre TDAH foram com crianças, desde a primeira avaliação até os dias atuais, os adultos também podem apresentar o mesmo diagnóstico, mas com sintomas próprios. Isso ocorre pelo fato de haverem critérios diagnósticos pré-estabelecidos pela American Psychiatric Association, que priorizam características de comportamento mais comuns observados na infância.

Dessa forma, os adultos acometidos pelo TDAH não preenchem os critérios estabelecidos, mas acredita-se que esse transtorno prevalece da infância até a fase adulta, tendo apenas modificações no quadro de sintomas.

De acordo estudos realizados, esse transtorno se inicia na infância e continua em aproximadamente 50 a 75% dos casos, prevalecendo em média 4,4% na população adulta. A maior parte dos adultos com TDAH apresentam problemas com relação ao desempenho profissional e acadêmico, posição socioeconômico, no entanto não há relatos publicados entre o transtorno e os eventos negativos na fase adulta.

Percebe-se com facilidade a chegada de uma criança hiperativa em um ambiente devido ao comportamento diferenciado das demais crianças da mesma faixa etária e, por vezes, devido ao alvoroço que se instala no local, arrasta cadeiras, pula sem parar, é estabanada, tropeça com frequência, esbarra em objetos derrubando-os, entre outros comportamentos.

Pais, professores e outras pessoas que lidam com tais crianças, frequentemente apresentam-se estressadas e acabam por não saber como lidar com a situação. Esses adultos, bem como as próprias crianças que apresentam esse tipo de deficiência se frustram, visto que não sabem como lidar com essa situação.  

Esse tema foi escolhido pois, constantemente observa-se crianças muito inquietas, e então surge a questão: “sem limites ou hiperativa?” Questão essa que necessita ser esclarecida.

Objetivou-se neste estudo investigar e propor sugestões que contribuam para a definição de TDAH como também venham a auxiliar os professores na situação em que haja criança com TDAH, e consequentemente ajudar essas crianças em seus relacionamentos com amigos, professores e familiares, bem como no processo de ensino aprendizagem.

O objetivo geral deste estudo é compreender o processo de aprendizagem dos educandos com necessidades especiais: identificar o educando com hiperatividade e/ou déficit de atenção, descrever o processo de ensino aprendizagem em Língua Portuguesa, discutir a importância de professor de apoio para a melhoria da aprendizagem em Língua Portuguesa do educando com hiperatividade e/ou déficit de atenção.

Eis as questões de norteadoras da pesquisa: o que é TDAH? Quais são os sintomas de TDAH? Quais são as causas do TDAH?

Esta pesquisa é do tipo bibliográfica com abordagem qualitativa, pois, as fontes serão compostas de material gráfico, utilizados única e exclusivamente para fins de leitura e obtenção de informações.

Segundo Fachin (2003 p. 125) a pesquisa bibliográfica é o conjunto de saberes humanos divulgados em obras, os mesmos que tem como finalidade conduzir o leitor a colecionar, armazenar, reproduzir e utilizar informações para desenvolver pesquisas.

Como instrumentos de coleta de dados para esta pesquisa serão utilizados as técnicas de análise de conteúdos, análise qualitativa e interpretativa de texto, estudos comparativos de textos.

O tratamento de dados, nesta pesquisa a análise e interpretação dos aspectos investigados serão fundamentadas nos pressupostos.

2 HISTÓRICO DO TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO COM HIPERATICVIDADE - TDAH

O TDAH foi originariamente diagnosticado em 1902, quando um médico inglês descreveu várias mudanças no comportamento de crianças. De acordo com esse médico, não era possível explicar tais alterações por falhas ambientais, porém estavam relacionadas a algum desconhecido processo biológico.

Desde que fora feita a primeira descrição do TDAH, no início do século XX, essa condição clínica recebeu várias denominações ao longo do tempo. Já foi chamada de lesão cerebral mínima, disfunção cerebral, síndrome da criança hiperativa, distúrbio primário da atenção e distúrbio do déficit de atenção com ou sem hiperatividade.

Durante a II Guerra Mundial, na década de 40, estudos mostravam que danos ocorridos no Sistema Nervoso Central (SNC) causavam inquietação, desatenção e impaciência confirmando, dessa forma, o termo Lesão Cerebral Mínima (BENCZIK, 2000).

No ano de 1962, em um simpósio em Oxford se reuniram vários estudiosos da Lesão Cerebral Mínima. Foram apresentados vários trabalhos feitos com pessoas “doentes”, mas não conseguiram comprovar a existência de nenhuma lesão, somente verificaram que as alterações que eram características desse transtorno referiam-se às disfunções das vias nervosas e não das lesões. Nesse ano o quadro passou a ser chamado de Disfunção Cerebral Mínima (DCM), por não ser comprovada a hipótese da existência de uma lesão no sistema nervoso cerebral (ROHDE, BARBOSA, TRAMONTINA E POLANCZYK, 2000).

...

Baixar como (para membros premium)  txt (29.9 Kb)   pdf (186.5 Kb)   docx (308.9 Kb)  
Continuar por mais 17 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com