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A Pedagogia da Autonomia

Por:   •  13/4/2018  •  Resenha  •  752 Palavras (4 Páginas)  •  344 Visualizações

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Pedagogia da Autonomia

A obra Pedagogia da Autonomia – Saberes necessários à Prática Educativa (Coletivo Sabotagem, 2002, 92 páginas), tem por autoria de Paulo Reglus Neves Freire, ou somente Paulo Freire, grande especialista em assuntos relacionados à educação sendo até mesmo titulado como o patrono da educação brasileira, o livro tem data de publicação original no ano de 1996,  normalmente considerado um livro pequeno, mas com um importante conteúdo. Este contém três capítulos com mais uma parte chamada de “Primeiras palavras” que é dirigida ao futuro leitor com o intuito de instiga-lo a ser critico e curioso sobre o assusto a ser relatado. Paulo Freire tem neste volume como tese principal à prática educativa progressiva em favor da autonomia do ser dos educandos, abordando continuamente a palavra ensinar em suas sínteses fazendo que no final da leitura tenhamos ideia de como concluir tal ação.

No primeiro capitulo do livro nos deparamos com a seguinte frase “não há docência sem discência” (p. 11) e com essa frase Paulo Freire deixa claro que o ensino não depende só quem ensina e também não só de quem aprende, essas duas esferas devem atuar juntas, pois “ Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender.” (p. 12) findando que o educador não é dono do saber por conhecer certas noções que o educando não domina, mas participa do mesmo processo de aprendizagem. Freire discorre a cerca deste capitulo que ensinar exige rigorosidade metódica, pesquisa, respeito ao conhecimento que cada educando tem, criticidade, estética, ética, aceitação do novo e rejeição a discriminação, reconhecimento da identidade cultural e reflexão crítica sobre a prática, nesta ultima exigência Freire afirma que “É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática.” ( p. 22).

O segundo capitulo constitui-se da afirmação que “Ensinar não é transmitir conhecimento” ( p. 27) , e sim de ensinar, despertar a curiosidade e o ser crítico que cada ser educando tem. Enfatiza também o respeito da autonomia do ser do educando onde ele aborda:

“O respeito à autonomia e à dignidade de cada um é um imperativo ético e não um favor que podemos ou não conceder uns aos outros. Precisamente porque éticos podemos desrespeitar a rigorosidade da ética e resvalar para a sua negação, por isso é imprescindível deixar claro que a possibilidade do desvio ético não pode receber outra designação senão a de transgressão. O professor que desrespeita a curiosidade do educando, o seu gosto estético, a sua inquietude, a sua linguagem, mais precisamente, a sua sintaxe e a sua prosódia; o professor que ironiza o aluno, que minimiza, que manda que “ele se ponha em seu lugar” ao mais tênue sinal de sua rebeldia legitima, tanto quanto o professor que se exige do cumprimento do seu dever de ensinar, de estar respeitosamente presente à experiência formadora do educando, transgride os princípios fundamentalmente éticos de nossa existência. É nesse sentido que o professor autoritário, que por isso mesmo afoga a liberdade do educando, amesquinhando o seu direito de estar sendo curioso e inquieto.”( p. 35).

A autonomia do aluno é exigida pela ética, pois cada um possui sua particularidade, defende Freire, assim como a consciência do inacabado, o reconhecimento do ser condicionado, a humildade, tolerância e a luta em defesa dos direitos dos educandos.

Por fim no ultimo capitulo Paulo Freire diz que “Ensinar é uma especificidade humana”, ele conta que a segurança da autoridade docente deve revelar-se em firmeza e em respeito aos educandos e assim pode se exercer com competência a sabedoria. E assim como vem sendo sempre discutido o ato de ensinar ele exige a competência profissional dos educadores na qual sempre deve conter o comprometimento, o saber escutar assim como a disponibilidade para se dialogar, a liberdade e a autoridade aliada a tomada consciente de decisões e por fim a “disponibilidade à alegria de viver” ( p. 90),  o querer bem a sua profissão e consequentemente aos educandos.

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