A Pluralidade Cultural

Pluralidade Cultural

No Brasil, temos características culturais bastante diversas, com a pluralidade cultural presente em todo território nacional. A convivência entre os diversos grupos são marcadas por diferentes condições culturais e desigualdades socioeconômicas, que muitas vezes, geram e preconceito e discriminação. Para viver em sociedade é preciso respeitar e valorizar as diferentes culturas, etnias, religiões, imigrações e grupos que dela fazem parte.

Quando nos deparamos com o conceito “Pluralidade Cultural”, logo pensamos em manifestações artísticas, como folclore, música, literatura, pinturas, artesanatos, entre outras. Essas manifestações fazem parte do conceito, mas de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, as manifestações artísticas, são bem mais amplas, são as características humanas e o modo de vida da sociedade. O estudo da pluralidade cultural deve ser utilizado como forma de eliminar o preconceito e lutar contra a exclusão social.

A escola é um espaço onde há uma convivência entre pessoas de diferentes origens, costumes, crenças religiosas e experiências que cada um compartilha com sua família. Muitas vezes, ainda que de maneira involuntária ou inconsciente, há manifestações de racismo, discriminação social e étnica, tanto por parte de alunos, como também de professores e equipe escolar, o que representam uma violação de direitos, podendo gerar obstáculos ao processo educacional, causada pelo constrangimento a que a pessoa foi exposta. É importante ter um planejamento educacional para formação e desenvolvimento profissional dos professores.

O professor deve trabalhar a questão da pluralidade, levando em conta fatores sociais e culturais, dando orientação a seus alunos com uma aprendizagem baseada no respeito aos direitos humanos e cidadania, na tolerância, contra o preconceito e a discriminação, valorizando a trajetória dos grupos que compõem a sociedade. O professor também deve estar atento e considerar a particularidade de cada aluno, analisar seu ritmo de aprendizagem, avaliar a eficácia das medidas adotadas e saber sobre as orientações e seus costumes familiares. Esses costumes familiares devem ser conhecidos e considerados pelo professor, já que quase sempre, são de teor cultural ou religioso, tendo que ser respeitados.

É preciso concretizar medidas sobre as capacidades intelectuais, os conhecimentos, interesses e motivações de que o aluno dispõe. Isso pode ser feito através da exposição das diferenças, sua discussão e seu entendimento.

No caso de alunos com a necessidade de resgatar a auto-estima, é preciso que recebam uma atenção especial. Encontramos alunos que apresentam facilidade para aprender e outros que têm dificuldade para assimilar os conteúdos apresentados, os que se interessam pelo estudo e os que não dão importância, alguns disciplinados e outros indisciplinados, etc. O professor precisa planejar as suas aulas, reconhecendo as diferenças existentes entre os alunos e não apenas transmitir os conteúdos propostos, para atingir a meta da aprendizagem desejada de todos.

Os alunos são diferentes uns dos outros, têm necessidades individuais e cada um vive na sua realidade. Eles devem ter a mesma oportunidade de aprendizagem, que deve ser valorizada por meio de estímulos pedagógicos ou de medidas extras que atendam às necessidades individuais em um ambiente escolar favorável, onde as diferenças são respeitadas.

Existem diversidades, mas não pode haver desigualdades. As diferenças não podem impedir o cumprimento da ação educativa, ao contrário, podem e devem ser fator de enriquecimento educacional, com imparcialidade, ou seja, com o direito de todos realizarem as aprendizagens fundamentais para seu desenvolvimento e socialização.