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A Psicomotricidade Aplicada No Desenvolvimento Cognitivo

Por:   •  16/3/2023  •  Artigo  •  4.281 Palavras (18 Páginas)  •  106 Visualizações

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A PSICOMOTRICIDADE APLICADA NO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO

MARCIO CALLEJON MALDONADO

 

RESUMO

O presente artigo propicia incidência da psicomotricidade sobre a escolaridade apontando os principais aspectos que influenciam o desenvolvimento infantil. Visa-se observar os principais conceitos da psicomotricidade como o movimento, o intelecto e o afeto buscando entender como a criança se desenvolve e a importância desses fundamentos na aprendizagem. Fundamenta-se essa pesquisa no construtivismo de Piaget conhecendo os estágios de desenvolvimento da criança e entendendo os conceitos de assimilação, acomodação, esquemas de ação e equilibração. Também se tem por critério de pesquisa, compreender o desenvolvimento psicomotor, os conceitos de tonicidade, lateralidade, noção corporal, estruturação espaço temporal, práxis globais e práxis fina, faz relação com a educação psicomotora e o desenvolvimento infantil, contribuindo assim, para fundamentações sólidas a respeito do tema. Portanto, tem-se como objetivo conhecer a importância da psicomotricidade no desenvolvimento infantil, para tanto, usou-se de metodologia científica, com métodos adequados para o tema explorado, sendo uma pesquisa bibliográfica de fontes importantes, reconhecidas acerca do tema abordado e investigatória, buscando a realidade apresentada na educação infantil. Justifica-se a pesquisa desse tema considerando que, a psicomotricidade caracteriza-se por uma ferramenta que se utiliza dos movimentos para atingir outras aquisições e compreendendo que a psicomotricidade estuda o homem através de seu corpo em movimento, sendo estes as primeiras ações realizadas pelas crianças, entendendo que é uma forma de comunicação que abre caminhos para possibilidades de aprendizagem e consequentemente cria um elo entre psicomotricidade e desenvolvimento infantil, a partir disso, tentar-se-á encontrar as razões que apoiam a psicomotricidade no desenvolvimento infantil.

Palavras-Chave: Psicomotor. Conhecimentos. Educação Infantil. Ludicidade.

INTRODUÇÃO

A primeira etapa da educação básica é a educação infantil conhecida como creche, é dos, zero a cinco nos de idade, sendo obrigatória para crianças que possuem quatro anos de idade (BRASIL, 2019). É o momento em que o aluno inicia sua fase de aprendizagens fora da família, ao chegar no ambiente escolar deve estar aberto a novas percepções do meio em que está inserido, em que a educação tem uma função essencial e importante neste processo. A escola deve ser um local agradável onde a criança sinta prazer em apreender e, especialmente trabalhe a coordenação motora.

O desenvolvimento psicomotor evolui do geral para o específico. No decorrer do processo de aprendizagem, os elementos básicos da psicomotricidade (esquema corporal, estruturação espacial, lateralidade, orientação temporal e pré-escrita) são utilizados com frequência, sendo importantes para que a criança associe noções de tempo e espaço, conceitos, ideias, enfim adquira conhecimentos. Um problema em um destes elementos poderá prejudicar a aprendizagem, criando algumas barreiras.

Entendemos que a educação psicomotora, aplicada na Educação Infantil, é preponderante para o sucesso no sistema escolar. Entretanto, é fundamental que a participação do professor como pesquisador, principalmente nos assuntos relacionados sobre psicomotricidade.

A psicomotricidade é uma especialidade que vem contribuir com a compreensão do desenvolvimento humano e, portanto, defende a complexidade das aquisições psicomotoras, tão importantes para a produção dos movimentos do ser humano e para o processo de aprendizagem. Diante dos conhecimentos teórico e prático que a psicomotricidade oferece. Nessa perspectiva, a psicomotricidade permite as primeiras experiências de aprendizado por meio dos estímulos sensoriais motores que promovem uma representação no cérebro da criança chamado conhecimento.

ESPAÇOS DE EDUCAÇÃO INFANTIL

A educação infantil é um período muito importante, pois possibilita a criança uma educação libertadora, potencializando a construção do processo de desenvolvimento e sua relação com o mundo esse trabalho é elaborado e sistematizado de acordo com as Diretrizes que possui um plano educativo e garante a qualidade do ensino para as crianças. Sendo assim, o objetivo da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) – educação infantil, está no “ampliar o universo de experiências, conhecimentos e habilidades dessas crianças, diversificando e consolidando novas aprendizagens, atuando de maneira complementar à educação familiar” (BRASIL, 2017, p.3).

Faria (1999) afirma que o fato de a criança não falar, ou não escrever, ou não saber fazer as coisas que os adultos fazem transforma-a em produtora de uma cultura infantil, justamente através desta(s) especificidade(s). A ausência, a incoerência e a precariedade características da infância, ao invés de serem falta, incompletude[1], são exatamente a infância.

Habilidades motoras finas requerem a capacidade de controlar os músculos pequenos do corpo, a fim de atingir a execução bem-sucedida da habilidade (MAGILL, 1984). Conforme Canfield (1981), a motricidade fina envolve a coordenação óculo-manual e requerem um alto grau de precisão no movimento para o desempenho da habilidade específica, num grande nível de realização. Podemos citar exemplo da necessidade desta habilidade que seria na realização de tarefas como escrever, tocar piano, trabalhar em relógios etc.

As capacidades motoras globais são caracterizadas por envolver a grande musculatura como base principal de movimento. No desempenho de habilidades motoras globais, a precisão do movimento não é tão importante para a execução da habilidade, como nos casos das habilidades motoras finas. Embora a precisão não seja um componente importante nesta tarefa, a coordenação perfeita na realização deste movimento é imprescindível ao desenvolvimento hábil desta tarefa (MAGILL, 1984).

A postura é a atividade reflexa do corpo com respeito ao espaço. O equilíbrio considerado como o estado de um corpo, quando distintas e encontradas forças que atuam sobre ele se compensam e se anulam mutuamente. Do ponto de vista biológico, a possibilidade de manter posturas, posições e atitudes indicam a existência de equilíbrio. Asher (1975), considera que as variações da postura estão associadas a períodos de crescimento, aparecendo como uma resposta aos problemas de equilíbrio que costumam ocorrer segundo as mudanças nas proporções corporais e seus segmentos. Conforme Rosa Neto (1996), a postura inadequada está associada a uma excessiva tensão que favorece um maior trabalho neuromuscular, dificultando a transmissão e informações dos impulsos nervosos.

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