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A RELAÇÃO ENTRE O LÚDICO E O PROCESSO DO DESENVOLVIMENTO INFANTI

Por:   •  25/9/2020  •  Projeto de pesquisa  •  1.698 Palavras (7 Páginas)  •  150 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ADVENTISTA DE SÃO PAULO/HORTOLÂNDIA

CURSO DE PEDAGOGIA

ANA BEATRIZ GIATTI

A RELAÇÃO ENTRE O LÚDICO E O PROCESSO DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL.

HORTOLÂNDIA

2020

ANA BEATRIZ GIATTI[pic 1]

A RELAÇÃO ENTRE O LÚDICO E O PROCESSO DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL.

 Trabalho apresentado à disciplina Metodologia de pesquisa, sob a orientação da Prof.(a) Elaine Cristina Carraro , do curso de Pedagogia do UNASP/Hortolândia.

HORTOLÂNDIA

2020

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................04

1.1 Síntese da bibliografia fundamental...................................................................04

1.2 Problemática da pesquisa...................................................................................06

REFERÊNCIAS......................................................................................................................07

1 INTRODUÇÃO

  1. Síntese da bibliografia fundamental

Como muitos já sabem, a infância é a idade das brincadeiras, independente da cultura, e possui imensa importância no desenvolvimento das crianças, tanto no desenvolvimento físico, como no social, emocional e cognitivo delas, pois há uma contínua evolução dos músculos, da mente, da coordenação e da comunicação, garantindo bem estar e saúde para esse ser humano em constante crescimento. Apesar disso, tal importância nem sempre é clara para os adultos, os quais priorizam na educação dessas crianças somente aspectos cognitivos e apresentam uma dificuldade em perceber a relação que existe entre brincadeira e desenvolvimento. Segundo Norma Queiroz; Diva Maciel e Angela Uchôa Branco (2006), a brincadeira deve ser cada vez mais entendida como atividade que, além de promover o desenvolvimento geral das crianças, incentiva a interação com os outros, a resolução de conflitos e a formação de um cidadão crítico e reflexivo.

Este trabalho toma como referência alguns trabalhos como os de Eulina da Rocha (2003), Ana Maria Almeida (2003), Janete Hansen (2007), Vygotsky (1991), Kishimoto (1988) e Piaget que pesquisaram sobre as brincadeiras e sua relação direta com o desenvolvimento, também discutiram o papel do professor frente a isso, o lugar ideal para tais brincadeiras e como a escola pode ajudar nesse processo indispensável.

Afinal, o que é brincar? Uma possível definição a respeito do conceito de brincar, de acordo com Kishimoto (1988), é caracterizado como um comportamento que possui um fim em si mesmo, que surge livre, sem noção de obrigatoriedade e exerce-se pelo simples prazer que a criança encontra ao colocá-lo em prática. A brincadeira permite à ela vivenciar o lúdico e descobrir-se a si mesma, apreender a realidade, tornando-se capaz de desenvolver seu potencial criativo (QUEIROZ, MACIEL, BRANCO, 2006). Dentro da brincadeira, a criança é capaz de ser quem ela quiser, fazer o que ela quiser e expressar suas emoções, sair completamente da sua realidade e alcançar o mundo que ela mesma criou com sua própria imaginação.

Na brincadeira, os significados e as ações relacionadas aos objetos podem ser libertados. As crianças utilizam processos de pensamento de ordem superior como no jogo de faz-de-conta, que assume um papel central no desenvolvimento da aquisição da linguagem e das habilidades de solução de problemas por elas (MEIRA, 2003). O faz-de-conta é uma das brincadeiras que mais despertam o interesse entre elas, Piaget (1978), diante ao desenvolvimento do pensamento infantil, afirma que a brincadeira de faz-de-conta:

está intimamente ligada ao símbolo, uma vez que por meio dele, a criança representa ações, pessoas ou objetos, pois estes trazem como temática para essa brincadeira o seu cotidiano (contexto familiar e escolar) de uma forma diferente de brincar com assuntos fictícios, contos de fadas ou personagens de televisão. (p.76).

A brincadeira de faz-de-conta cria uma zona de desenvolvimento proximal, pois no momento que a criança representa um objeto por outro, ela passa a se relacionar com o significado que ela mesma criou para ele, e não mais com ele em si. Assim, esta atividade pode ajudar a passar de ações concretas para ações com outros significados, permitindo avançar em direção ao pensamento abstrato. Tanto Piaget quanto Vygotsky julgam o faz-de-conta como atividade muito importante para o desenvolvimento. A partir disso, Queiroz, Maciel e Branco (2006, p. 178) afirmam que:

A brincadeira oferece às crianças uma ampla estrutura básica para mudanças das necessidades e tomada de consciência: ações na esfera imaginativa, criação das intenções voluntárias, formação de planos da vida real, motivações intrínsecas e oportunidade de interação com o outro, que, sem dúvida contribuirão para o seu desenvolvimento.

Portanto, com base na teoria piagetiana, Oliveira e Rubio (2013) afirmam que a brincadeira de faz-de-conta ou jogo simbólico possibilita para a criança a aquisição de novos conhecimentos e evolução em seu intelecto, que as ajudarão a superar obstáculos e a aceitar com mais facilidade o mundo real em que ela vive, levando-a assim, ao seu total desenvolvimento cognitivo, afetivo e social.

O faz-de-conta permite que a criança interaja com o seu meio social e seus conflitos para que possa compreendê-los melhor e assim assimilá-los. De acordo com Kishimoto (2003), a brincadeira significa sociabilizar as regras externas e o mundo adulto, ao qual a criança tem a consciência de que possui pouco poder e pouco pode fazer para mudar isto e ao brincar ela se coloca num papel de poder, em que pode dominar os vilões ou as situações que provocariam medo ou que a faria sentir-se vulnerável e insegura.

A criança recebe estímulos do meio social em que está inserida, e é este um dos responsáveis pelo desenvolvimento social, afetivo e cognitivo, os quais são internalizados e expressados por meio da brincadeira. Por meio dessa pesquisa é possível constatar que o ato de brincar é um processo natural do desenvolvimento, ao mesmo tempo em que só se torna possível por meio da sua interação social.

Será que há um espaço ideal  para a brincadeira? Depende muito do meio em que a criança está situada, mas um lugar muito propício para desenvolver a imaginação, as interações sociais, a criatividade, entre muitos outras habilidades, é a brinquedoteca. Como Hansen (2007, p. 141) sintetiza, essa seria uma alternativa para falta de espaço e tempo para brincar, já que muitas crianças vêm passando o dia nas escolas. Na brinquedoteca, através do prazer do brincar, as crianças podem desenvolver-se integralmente, nos âmbitos social, afetivo, físico e cognitivo.

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