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A Revolução Industrial

Por:   •  2/10/2023  •  Relatório de pesquisa  •  3.322 Palavras (14 Páginas)  •  32 Visualizações

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COSMOVISÃO

A Revolução Industrial resultou em novos modos de produção, reduzindo a produção artesanal e aumentando a produção de bens manufaturados. A criação de grandes empresas intensificou o uso em massa de trabalhadores assalariados, exigindo mão de obra especializada para o uso de máquinas e novas formas de produção. Nesse contexto, os sindicatos de trabalhadores surgiram para defender os interesses das categorias.

A escola assumiu um papel fundamental na homogeneização do conhecimento, inclusive para os trabalhadores do campo. A apropriação dos instrumentos de escrita e leitura foi necessária. Na segunda metade do século XVIII, as escolas popularizaram-se, com a clara intenção de equipar os trabalhadores com vista ao fortalecimento da economia do Estado-Nação.

Morin (2012) aponta que no século XX tivemos duas grandes guerras mundiais e muitos outros conflitos que, se não completamente, aniquilaram grande parte das diferentes culturas. Tais conflitos e mudanças levam a uma nova perspectiva do mundo, um mundo que permanece com inúmeras contradições.

A grande concentração de pessoas nas cidades, gerada pela busca de trabalho nas indústrias, e as dificuldades da vida no campo, resultaram no aumento de doenças, intolerância cultural, conflitos de identidade, violência, vulnerabilidade e desigualdades entre os diversos segmentos sociais. Fávero (2018) comenta sobre esse período: Se, na macro realidade, esse sintoma é perceptível, não é menos verdadeiro para a maioria das pessoas empregadas nas mais variadas áreas de trabalho.

A relação do homem com o conhecimento gera a busca incessante por novos conhecimentos. É evidente que o uso indiscriminado dos recursos naturais causa impactos ambientais que, portanto, levam e exigem das ciências ou do poder público a busca de soluções. Os avanços científicos, as novidades econômicas e o desenvolvimento tecnológico têm proporcionado maior interconectividade e novos caminhos para o aprendizado.

Conquistas científicas e tecnológicas tornam os espaços e o sentido de tempo, sem limites e fronteiras, ampliando, comprimindo e diversificando as conexões locais e planetárias. Dela nasce a ideia de uma aldeia global, um planeta sem fronteiras físicas, econômicas, políticas, culturais e linguísticas. Nesse sentido, o autor argumenta que, nesse novo contexto, a base da cultura é perceber o indivíduo como pessoa e não pela sua classe social, profissional ou gênero, mas sim o «eu» e sua supremacia. O que não quer dizer que seja, necessariamente, pura visão individualista, pois o indivíduo – sujeito – pode constituir ações intencionais em sua inserção no mundo, mesmo que estas fomentem interesses pessoais e políticos específicos.

Ser único, ter pensamento próprio, se conectar com o que interessa a si não significa, necessariamente, ser individualista. Leva a refletir acerca das inúmeras maneiras como cada ser se relaciona e aprende, gerando diversos caminhos para o conhecimento. Portanto, a desestruturação das relações humanas exige uma nova ordem na educação contemporânea, a de reaproximar pessoa-pessoa, pessoa-natureza, pessoa-produção, pessoaciência. Sabe-se que a cosmovisão recebe seu significado na centralidade da cultura que a legitima, ditando normas e condutas a serem incorporadas nas práticas discursivas e relacionais.

O pensamento complexo é, portanto, essencialmente um pensamento que trata com a incerteza e que é capaz de conceber a organização. È o pensamento apto a reunir, contextualizar, globalizar, mas ao mesmo tempo a reconhecer o singular, o individual, o concreto, não se reduz nem à ciência nem a filosofia, mas permite sua comunicação, como se fosse uma naveta que trabalha para unir os fios. No campo educacional, a complexidade propõe a superação da concepção do conhecimento «fundado» da Idade Moderna que instaurou uma visão linear de tempo e espaço, calcados na «razão absoluta» e em leis de previsibilidade e determinação da física mecânica . Rever a concepção de mundo, sugerindo-se um novo olhar na interpretação e inserção nessa realidade.

Segundo Morin

Isto também se deve às diferentes etapas históricas de sua constituição enquanto nação, como a vinda dos africanos, dos imigrantes italianos, poloneses, ucranianos, japoneses, entre tantos outros.

Os indígenas foram tratados como um povo atrasado e sua cultura foi vislumbrada como primitiva. Tal tensionalidade gera uma situação de conflito e poder, como exemplo, percebese a importância que determinadas produções culturais sobre outras. Os movimentos sociais dos anos 60 pretendiam, a partir da ênfase na cultura popular, trazer à tona os conhecimentos populares, que por muito tempo, foram relegados a uma condição periférica.

É fato que existem produções culturais que se constituíram ao longo da história da humanidade e que fazem parte do patrimônio mundial. Nesse espaço, cabe ressaltar o importante papel que a unidade educacional desempenha na garantia de meios que deve promover, garantindo às novas gerações o acesso e conhecimento dessas produções, assim como, a garantia de que elas conheçam os atores que produziram esse patrimônio, que em sua grande maioria, foram homens e mulheres no exercício de sua cidadania.
Brandão destaca o crescente abuso que a cultura popular vem sofrendo na atualidade, sendo expropriada do povo, tratada como comércio, utilizada para alienar os homens comuns, perdendo a sua função – a reflexão crítica sobre o mundo.
Por estas diferentes etapas históricas, o país foi integrado de forma tardia e subserviente no contexto de globalização, sofrendo influências dessa abertura de fronteiras de fora para dentro.

A - Cosmovisão local

O território que atualmente pertence ao município de São José dos Pinhais era ocupado por sociedades indígenas, cujo tronco linguístico pertencia aos Jê e Tupi-Guarani. A emancipação do município envolve a vinda dos povos europeus que buscavam riquezas em terras paranaenses.
As expedições que procuravam minérios ou índios para trabalho escravo descobriram no litoral paranaense uma reduzida quantidade de ouro, onde se formou um pequeno povoado. Na procura por mais riquezas, outras expedições partiram rumo ao planalto, surgindo o povoado de Arraial Grande e foi esse o primeiro a surgir em terras sãojoseenses.
Com o surgimento desse povoado vários portugueses adquiriram grandes extensões de terras, no espaço que hoje é o município de São José dos Pinhais.
Como nessa época a igreja católica fazia parte do processo de administração e colonização, foi com a inauguração da capela que o território sãojoseense passou a contar com uma autoridade do governo português. .

GRÁFICO 1 – EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS

Entre 1970 e 1980, a população cresceu 106,99%, devido à forte migração rural-urbana que marcou o Paraná nesse período, consequência da expansão da agricultura e da instalação de diversas indústrias, que contribuíram para que muitas pessoas migrassem para São José dos Pinhais, e o município foi se expandindo.


Modalidade de Educação Especial, 7 Centros de Atendimento Especializado, além dos serviços de Sala de Recursos Multifuncionais, Psicopedagogia Hospitalar e Pedagogia Domiciliar, todos com realidades bem diferentes, que atendem aproximadamente trinta e dois mil estudantes.
Existem contrastes em relação ao porte de cada unidade: enquanto algumas possuem mais de 1000 estudantes, há unidades muito pequenas, com menos de 20. Dentro dessa quantificação, há ainda a questão da quantidade de estudantes por turmas, a qual se mostra muito variável de acordo com a demanda e número de unidades educacionais presentes na região.
O município atende desde bebês com poucos meses até estudantes com mais de 14 anos no ensino regular, sendo que na EJA e na Educação Especial, atendem-se diferentes faixas etárias. São diversos percursos de vida e de desenvolvimento, inseridos em múltiplos contextos sociais e familiares. Ainda dentro desta realidade, constata-se o crescimento da cidade revelando o desafio em gerenciar as necessidades.
Encontram-se unidades educacionais em área urbana, no centro da cidade, bairros periféricos e em área rural . Várias dessas estruturas são referências, com plantas planejadas e outras são unidades educacionais antigas que tiveram obras de adaptação e ampliação com o passar dos anos, em construções que possuem pouco espaço planejado para atividades pedagógicas importantes como: áreas verdes, estruturas que promovem interações e o brincar, que apóiam momentos de alimentação e estudos complementares, bem como espaços que comportem a recepção da comunidade e planejamentos cotidianos. O quadro a seguir pode auxiliar a visualizar essa diversidade estrutural dos equipamentos da rede municipal de ensino:
Não são raros os casos em que os estudantes mudam muitas vezes de bairro e até de cidade, de acordo com as oportunidades de emprego e moradia dos pais. Há alguns relatos sobre essas rupturas no período escolar causadas pela situação de famílias em risco social, que vivem em moradias irregulares e enfrentam problemas familiares, desemprego e situações de conflitos.
A unidade educacional deve oportunizar o desenvolvimento integral do estudante.
Portanto, o atendimento nas unidades educacionais compreende as mais variadas demandas de políticas públicas: estudantes que buscam aprendizagem, afetividade, acolhimento, um espaço para brincar, um espaço para socializar, um lugar para se alimentar, um lugar para estar seguro; alguns buscam apenas um destes itens, outros agrupam um número maior de assistências.

De acordo com os dados do Censo Escolar, no ano de 2018 todos os Centros de Educação

Infantil do município tinham acesso à internet e, desse total, somente oito não era banda larga.
No caso das Escolas, a cobertura de internet contemplava 98% do total e 86% tinham banda larga, embora ainda não tenha atendido todos os espaços e necessidades de uso de todas as unidades educacionais.
No bojo dessas transformações, remete-se também às mudanças próprias do contexto atual, que influenciam a maneira como a sociedade pensa seu meio. Diante disso, o município tem procurado perceber essas diferentes dimensões, entre elas a educação ambiental, com a premissa de ampliar essas visões que os sujeitos têm sobre o planeta, ultrapassando a simples separação do lixo para mudança de paradigmas que façam uma diferença mais significativa no mundo futuro e no papel de responsabilidade das nossas escolhas de consumo e sustentabilidade.


a política se traduz dominantemente na luta por poder, e a tensão em conquistá-lo, mantê-lo e ampliá-lo compõe o contexto dos conflitos que ganham espaço na relação entre as demandas sociais por educação e o posicionamento do Estado diante destas demandas, seja atendendo-as ou não.
A educação, junto com outras políticas públicas, pode contribuir na redução dos índices de violência, de criminalidade, de disputas judiciais.
Referencial, a Base Nacional Comum Curricular «propõe a adoção de uma abordagem humanista que reconhece princípios éticos universais e propõe uma educação em nível mundial que seja inclusiva e voltada para a humanidade» .
O Referencial Curricular do Paraná , por sua vez, traz a importância de se «considerar a escola como espaço em que a igualdade e a equidade possam constituir valores essenciais para a formação dos sujeitos». .
Frente a esse cenário percebe-se a necessidade de muita reflexão, busca incessante por respostas, soluções e, acima de tudo, por novos caminhos. Mas, talvez, há quem entenda toda essa busca como algo utópico. Para Paulo Freire , a utopia se caracteriza como um modo de «estar-sendo-no-mundo», que exige um conhecimento da realidade, pois conhecer é possibilidade de «pro-jetar», «lançar-se adiante», «buscar». O homem busca porque não está completamente «acabado», por ser «inconcluso», por «esperar»4. A esperança é o eixo que faz do homem um ser capaz de caminhar para frente na realização da sua história. A busca incessante propicia o avanço, a superação, a inovação, o reinventar-se, reacende o desejo de seguir em frente, de estar sempre interagindo e tecendo saberes na/pela práxis.
O ser humano tem necessidade de interagir com o ambiente, com outras pessoas, com o mundo que o cerca. Na interatividade, fortalece-se a autonomia e o desenvolvimento de atitudes valorosas como: cooperação, respeito, responsabilidade, segurança, autoestima, dentre outros.
A sociedade é repleta de ambiguidades em sua constituição e diversidade, o que é perceptível numa descrição do cidadão atual. Há aqueles que se preocupam e defendem os valores éticos e morais acima de tudo e todos; há aqueles que defendem as minorias e ao mesmo tempo condenam as maiorias; há aqueles que se colocam em oposição a tudo indiscriminadamente; há aqueles que conforme os modismos vêm e vão seguem as tendências; há também aqueles que se demonstram indiferentes a tudo e a todos; enfim, o que fica evidente é a necessidade de se refletir sobre um caminhar equilibrado para que a vida em sociedade aconteça de maneira democrática, justa, ampla, dialogando com as diferenças e incorporando, de maneira coerente, novos comportamentos inclusivos.
Levando em consideração a necessidade de atitudes mais conscientes e proativas diante das diversidades do mundo em suas várias esferas, Miguel Arroyo afirma que o indivíduo precisa ver a si mesmo, conhecer a si próprio, entender-se, e ter a consciência da sua integração com o mundo moderno.

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