A Sequência Didática Interdisciplinar

Sequência Didática Interdisciplinar

1. Dados do projeto

Nome: Pamella Maria da Silva Bratfisch. RA: 1822142

Tema: Pluralidade Cultural e o Ser Humano como agente social e produtor de cultura e suas origens.

Público-alvo:). Os alunos do 3º ano do Colégio Politécnico são alunos de classe média, e há também alguns bolsistas, a escola fica localizada na região central da cidade de Sorocaba-SP.

Disciplinas e conteúdos envolvidos: Português, Matemática, História, Geografia, Artes, Educação Física e Musicalização.

2. Objetivos

A temática da Pluralidade Cultural propõe a explicação da diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, compreender suas relações, promovendo a compreensão e a valorização das diferenças culturais, mostrando que mesmo não aderindo a determinada cultura, ela deve ser respeitada sem discriminação.

Para tal objetivo os alunos deverão desenvolver competências em pesquisar, argumentar, ter um senso crítico, escrita para desenvolver os cartazes sobre diversidade cultural e suas origens, ser um agente de mudança na escola, também desenvolverão a oratória, ritmo com a música e dança.

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3. Produto final

Uma exposição com cartazes para toda a escola sobre o assunto trabalhado, envolvendo música e dança para representar essas culturas. Serão expostos também comidas típicas, roupas e outros objetos relacionado a determinada cultura.

4. Referencial teórico

    Paulo Freire, nascido no Brasil em 1921, contribui bastante com suas teorias na   educação, de modo especial, a educação popular. Freire nos traz uma educação popular conscientizadora, pautada na colaboração, na participação e na responsabilidade social e política dos sujeitos envolvidos. Sendo assim, educar é conscientizar os alunos para que assumam seu papel no meio social.

Freire afirma que educar é empoderar as pessoas:

[...] o mundo não é. O mundo está sendo. Como subjetividade curiosa, inteligente, interferidora na objetividade com que dialeticamente me relaciono, meu papel no mundo não é só o de quem constata o que ocorre, mas também o de quem intervém como sujeito de ocorrências. Não sou apenas objeto da História, mas sou sujeito igualmente, no mundo da História, da cultura, da política, constato não para me adaptar, mas para mudar. (FREIRE, 1986, p. 76-77)

 De acordo com o Art. 3º da LDB 9394/96 o ensino será ministrado com base nos princípios de:

 II– liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;

 III- Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;

 IV – respeito à liberdade e apreço à tolerância;

 XI - vinculação entre a educação escolar o trabalho e as práticas sociais;

 XII – consideração com a diversidade étnico-racial.

 De acordo com o parágrafo 4º do Art. 26º da LDB 9394/96, a disciplina História levará em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e europeia.

Para Clifford Geertz (1989, p. 15), “o homem é um animal amarrado a teias de significados que ele mesmo teceu, assumo a cultura como essas teias e a sua análise”.

Nesse viés, falar de diversidade cultural é falar da diferença de uma grande variedade de culturas que compõe o povo brasileiro e sua constante mudança e misturas de culturas quando em contato umas com as outras até mesmo dentro do próprio território brasileiro, com tradições, gírias e costumes diferentes, trazidos de nossos antepassados indígenas e de povos de outros países, dando origem ao nosso povo. Mas, essa diversidade trás consigo as diferenças das minorias (condição de classe,  portadores de deficiência física, opção religiosa, entre outros), por esse motivo esse projeto tende a ser muito benéfico para a conscientização dos alunos e a todos que os cercam, pois uma vez que obter esse entendimento, poderão fazer a diferença promovendo o respeito como um cidadão de direito e protagonista na sociedade. O currículo constitui o conjunto de todas as experiências de conhecimento proporcionadas aos estudantes, na educação formal organizada numa determinada instituição escolar, visando preparar os alunos para a vida, para serem “cidadãos ativos e críticos, membros solidários e democráticos” (SANTOMÉ, 1995, p. 159).

5. Recursos

Para a execução do projeto, serão necessários para o projeto os seguintes recursos:

Cartolinas(escola);

Lápis, canetinhas, cola e afins (escola);

Computadores com internet para pesquisa(aluno);

    Impressora;

    Livro para Contação de história: Minha família é colorida de Georgina Martin (o livro está    disponível na biblioteca da escola).

    Caixa do som para apresentação das músicas.

6. Tempo estimado

Será necessário a colaboração de todos os professores, precisando de uma aula de cada matéria por um mês.

Cada aula tem 30 minutos, serão utilizadas 20 aulas, calculando uma carga horaria de aproximadamente 10 horas.

7. Etapas

Na primeira etapa  serão utilizada duas aulas, os alunos do 3º ano serão dirigidos ao teatro do colégio para que seja contada a história “Minha família é colorida (Georgina Martin)”, que fala sobre Ângelo que tem um irmão de cabelo liso, uma mãe de cabelos cacheados e uma avó negra, e com questionamentos do protagonista, vamos descobrindo com Ângelo que somos feitos de misturas de culturas e etnias diferentes.

Após a história na segunda etapa, os alunos serão divididos em grupos de 10 alunos, cada grupo com um facilitador (professores e auxiliares) para reflexão da história em forma de bate papo sobre a própria família, suas diferenças, regiões diferentes onde moram seus familiares, cores dos olhos, tipos de cabelos, cor da pele, costumes diferentes, expressões ou até mesmo idioma diferente de algum familiar. O mediador/facilitador terá o papel de provocar essas reflexões, com perguntas e comentários, agrupar e organizar as ideias para chegar à conclusão de que somos diferentes, viemos de famílias diferentes, mas temos os mesmos direitos e deveres, e mostrar a beleza dessa diversidade e diferenças culturais.Para essa etapa será preciso de uma aula.