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A VOLTA AO MUNDO EM 80 MATEMÁTICAS

Por:   •  19/9/2017  •  Artigo  •  5.492 Palavras (22 Páginas)  •  740 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

VOLTA AO MUNDO EM 80 MATEMÁTICAS

Por Ubiratan D’Ambrósio

A matemática é quase tão antiga quanto à espécie humana. Bem antes da invenção dos números, os primeiros homens tiveram de desenvolver métodos para resolver problemas cotidianos, como localizar-se no tempo e no espaço, e para tentar descrever explicar o mundo físico.

Desde tempos pré-históricos, os humanos acumulam conhecimentos para responder a suas necessidades e seus desejos. Aqueles que viviam nas proximidades da linha do equador percebiam dias e noites de mesma duração durante todo o ano, enquanto os que viviam além dos trópicos eram testemunhas do efeito das estações sobre a duração dos dias e das noites, diferenciam-se tanto as estratégias de organização e quantificação como os sistemas de numeração, o sistema de contagem dos índios mundurucus, no Brasil, nos mostra que não é necessário saber contar além de cinco para viver em harmonia com o ambiente.

Cultura Matemática

Para alguns críticos isso seria inútil com base na alegação de que tais atividades se restringem ao campo lúdico. Sem duvida os estudantes em busca de um emprego serão avaliados por seu conhecimento de matemática clássica. Ela deve valorizar a diversidade cultural e desenvolver a criatividade, há uma tendência a uma visão simplista dessa área.

O conhecimento é criado e organizado intelectualmente pelo individuo em resposta ao ambiente natural, cultural e social. Observadores, cronistas, teóricos, sábios, universitários e “guardiões do poder” se apropriam desses conhecimentos, ao reconhecer “mais de uma matemática".

Os estudantes devem ser expostos à etnomatemática praticada por seus futuros pares, para enriquecer os instrumentos, tanto de comunicação como de análise, que estão disponíveis em sua vida profissional. Quando ensinamos a matemática de outras culturas, perseguimos dois objetivos: desmistificar uma forma de saber, retirando sua aura de conhecimento definitivo, absoluto e único.

Etnomatemática no Brasil

Em sintonia com o pensamento de Paulo Freire, ela mostrou que, além da importante pesquisa sobre o saber e o fazer matemático de varias culturas, abordado nas dimensões etonográficas, histórica e epistemológica da etnomatemática dá-se igual importância à dimensão pedagógica uma vez que ela propõe uma alternativa à educação tradicional.

PERSPECTIVAS EPISTEMOLÓGICAS E SUAS IMPLICAÇÕES NO PROCESSO DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM.

Marta Maria Pontin Darsie

Toda prática educativa traz em si uma teoria do conhecimento. Como tem origem e como evolui o conhecimento? As diferentes respostas dadas a esta questões ao longo dos tempos, se fazem presentes nas diferentes praticas educativas desenvolvidas no âmbito escolar.

Concepção Empirista

Locke e Hume afirmavam que o conhecimento vem primeiro duma informação sensorial, transmitida do exterior para o interior, através de sentidos.

Esta maneira de se conceber o conhecimento influenciou amplamente teorias psicológicas e pedagógicas que se traduziram em concepções de ensino e aprendizagem também empiristas. A perspectiva empirista, segundo KAMII (1988), impregna o pensamento de hoje porque a psicologia, como ciência, desenvolveu-se a partir de uma tradição empirista da filosofia. Nesse sentido, podemos afirmar que a pedagogia desenvolveu-se a partir desta mesma tradição, já que tem buscando suporte na psicologia para compor seu corpo teórico, para a compreensão de como se dá o conhecimento.

As correntes epistemológicas afirmavam também os racionalistas que os nossos sentidos nos enganam através de ilusões perspectivas, demostrando desta maneira que não é possível se confiar nos sentidos para nos dar um conhecimento seguro, verdadeiro, concepções de aprendizagem e de ensino que indicam que cada indivíduo já traz o programa pronto em seu sistema nervoso, isto significa que, ao nascermos, já está determinado quem será ou não inteligente.

Becker ao analisar falas de professores questionados sobre o que é e como se dá o conhecimento, chega à conclusão de que raramente o professor consegue romper o vaivém entre empirismo e apriorismo.

A posição de Piaget é uma síntese do empirismo e do racionalismo. Para Kami, Piaget viu elementos verdadeiros e não verdadeiras nas duas correntes, “Piaget achava importante tanto a informação sensorial como a razão, mas sua postura recai do lado racionalista”. Contudo, Piaget não concordava com os racionalistas na suposição de uma capacidade inata de raciocínio que se impõe como resultado da maturação.

O sujeito constrói o conhecimento na interação com o meio físico e social, e esta construção vai depender tanto das condições do individuo como das condições do meio. Piaget mostra como o homem, ao nascer, apesar de trazer uma fascinante bagagem hereditária, herança de milhões de anos de evolução, não consegue, logo que nasce, emitir a mais simples operação de pensamento ou o mais elementar ato simbólico. Cabe ressaltar que Piaget não pretendeu construir uma teoria pedagógica, mas uma teoria epistemológica.

Esta perspectiva é por nos também conhecida como construtivismo. Defendendo o ponto de vista de que o conhecimento é uma construção que ocorre pela interação entre os esquemas mentais de quem aprende e as características do meio físico e social de aprendizagem e de o sujeito é construtor, não mero receptor de conhecimentos, inúmeras pesquisas foram e estão sendo desenvolvidas nas diversas áreas de conhecimento. São as chamadas pesquisas psicogenéticas dos conceitos, que visam a verificar a evolução de uma ideia, possibilitando conhecer os mecanismos de passagem de um estagio ao outro na construção desses conceitos.

Assim, o papel do professor deixa de ser um transmissor de conhecimento pronto e acabado para tornar-se agente mediador entre o sujeito que aprende e o conteúdo.

ENSINO DE MATEMÁTICA NA ESCOLA DE NOVE ANOS

Dúvidas, Dívidas e Desejos.

Vinícius de Macedo Santos

Características de desafios de uma nova realidade educacional – Cap. I

Pensar e discutir sobre o ensino de matemática e efetivamente pratica-lo na escola básica não se dissociam do permanente esforço de estabelecer uma sintonia entre ações educacionais e demandas da sociedade apresentadas à escola. Por essa razão, a atualidade, qualidade e força da escola, em cada época, porem ser aquilatadas pela forma como ela procura responder a uma escala de questões que dizem respeito à sua competência em atender tais demandas, no tempo presente.

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