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A evolução da cultura surda

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Por:   •  24/10/2013  •  Pesquisas Acadêmicas  •  3.204 Palavras (13 Páginas)  •  784 Visualizações

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LIBRAS

LILIAN

SIMONE

SIMONE

TABOÃO DA SERRA

NOVEMBRO – 2012

A SURDEZ NOS ÂMBITOS MÉDICO, CULTURAL E SOCIAL EXPLANADO SOBRE O USO DE LIBRAS NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO

Até o fim da Idade Média os surdos eram vistos como irracionais, não educáveis, pessoas castigadas pelas divindades, entre outros. Assim, viviam a margem da sociedade e eram forçados a fazer trabalhos desprezíveis e condenados a viverem isolados.

No inicio do Renascimento, onde saímos da perspectiva religiosa para a perspectiva da razão, a deficiência passa a ser analisada sob a visão médica e científica.

A Idade Moderna traz a visão humanista, assim viabiliza a libertação da pessoa surda. Os surdos passam a ser vistos como pessoas que têm o direito a uma cidadania através da educação e socialização. Houve uma mudança considerável nessa visão moderna, mas o surdo ainda continuava a sofrer por causa da sua cultura, que não foi aceita de maneira integral pelos teóricos desse período. Antes o surdo não era considerado uma pessoa, agora existe a possibilidade de ele se tornar uma, desde o momento em que se transforme em um “ouvinte”, seja através da sua língua de sinais ou não. A partir desse período a história dos surdos sempre esteve vinculada à educação.

Muitos livros que fala sobre os surdos e sua história segue a linha da pedagogia, ou seja, da ação educacional realizada com essas pessoas.

Em 1880 houve o Congresso Internacional de Professores de Surdos em Milão, Itália.O Congresso teve o objetivo de avaliar a importância de três métodos rivais: língua de sinais, oralista e mista (língua de sinais e o oral). Os temas propostos foram: vantagens e desvantagens do internato, tempo de instrução, número de alunos por classe, trabalhos mais apropriados aos surdos, enfermidades, medidas, medidas curativas e preventivas.. Apesar da variedade de temas, as discussões voltaram-se às questões do oralismo e da língua de sinais.

Nenhum outro evento na historia dos surdos teve um impacto maior na educação de povos surdos como este que provocou uma turbulência séria na educação, a qual se arrastou por mais de cem anos, os sujeitos surdos ficaram subjugados ás práticas ouvintes e abandonar sua cultura e a sua identidade surda.

O oralismo, que encara a surdez como algo que pode ser corrigido, foi à técnica preferida na educação dos surdos durante fins do século XIX e grande parte do século XX.

Uma década depois do Congresso de Milão, acreditava-se que o ensino da língua gestual quase tinha desaparecido das escolas em toda a Europa, e o oralismo espalhava-se para outros continentes.

No século XX perceberam que sem a cura da surdez os insucessos do oralismo começaram a ser evidenciados, pois os surdos educados no método não conseguiam emprego, se comunicar com ouvintes desconhecidos ou manter uma conversa bem sucedida.

Em 1855, ocorreu a vinda ao Brasil de um professor francês surdo, chamado Hurt, e, em 1887, foi fundado o primeiro Instituto Nacional de Surdos Mudos no Rio de Janeiro.

Em 1898 surge o primeiro aparelho auditivo. Na Antiguidade, os aparelhos usados eram cornetas, ou tubos acústicos, mas a ampliação eletrônica começou com Bell, em 1876, quando inventou o telefone com a intenção de amplificar o som para a sua esposa e mãe, ambas surdas.

Em 1948 surgem aparelhos com pilhas incorporadas e em 1953 começou a ser usado o transistor em próteses, em 1970 aparecem às primeiras tentativas de implantação coclear.

Esse tipo de implante sempre gerou muita controvérsia nas comunidades surdas em todo o mundo. Os argumentos a favor do implante resumem-se ao acesso à língua oral, na idade crítica de aquisição, que a cirurgia é simples e segura e com a possibilidade de proporcionar à criança de ter uma vida social com som, e não com deficiência. No entanto, a comunidade surda é contra a implantação coclear em crianças surdas antes da aquisição da linguagem. A comunidade surda pensa que obrigar a criança surda a ser ouvinte, mesmo não sendo, influencia outros a negligenciar necessidades e meios de apoio à deficiência. Muitos médicos recomendam que o implante coclear seja acompanhado com a língua gestual, especialmente nos primeiros anos da criança, a fim de assegurar o pleno desenvolvimento cognitivo da criança. Segundo fontes médicas, os riscos do implante coclear incluem: infecção, vertigem, estimulação retardada, forte exposição a campos magnéticos, necessidade de acompanhamento médico por toda a vida.

No período de 1970 a 1992, os surdos se fortalecerem e reivindicaram os seus direitos. Desde aquela época, as escolas tradicionais existentes no método oral mudaram de filosofia e, até hoje, boa parte delas vêm adotando a comunicação total.

Com a publicação da lei 10.436 de 22 de Abril de 2002 (BRASIL, 2002), reconhecendo a LIBRAS como meio legal de comunicação e expressão dos surdos, os deficientes auditivos obtiveram a algumas conquistas, como a conscientização de uma pequena parte da sociedade sobre o assunto. Antes os surdos eram limitados a LDB, Lei de Diretrizes e Bases, nº. 9394/96 (BRASIL, 1999), que se refere à Educação Especial no artigo 58 onde a educação especial é considerada uma modalidade de ensino, oferecida preferencialmente na rede regular; não especificando a deficiência, tornando o processo muito amplo, sem objetivos concretos, deixando de atender a característica própria de cada necessidade. Com uma lei própria, o surdo passou a ser reconhecido legalmente, mas para cumprir esse decreto é necessário que idéias preconceituosas sejam transformadas em sabedoria. Surdo nem sempre é mudo. Mudez é um problema ligado à voz e surdez é uma dificuldade parcial ou total no que se refere à audição. Portanto a expressão surdo - mudo tem que ser banida da sociedade.

Em maio de 2005, foi promulgado um decreto que tornou obrigatória a inserção da disciplina nos cursos de formação de professores para o exercício do magistério em nível médio (curso Normal) e superior (Pedagogia,

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