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A realidade da inclusão na educação infantil escolar e sociedade.

Por:   •  12/11/2018  •  Artigo  •  6.766 Palavras (28 Páginas)  •  205 Visualizações

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A realidade da inclusão na educação infantil escolar e sociedade.

 

 

 

Cristiane Possamai Barbosa

Orientador(a)

 

 

 

Resumo: Este texto tem como objetivo apresenta uma reflexão teórica sobre a relação entre inclusão na educação infantil escolar e sociedade no espaço educacional, com foco no ensino práticas inclusivas. A metodologia caracteriza bibliográfica com o embasamento nos autores como Alfredo Veiga - Neto (2011), Ester Silva Orrú (2017), Silvio Gallo (2017), Tomaz Tadeu da Silva (2015) e Carlos Skliar (2003). As discussões teóricas nos indicaram que a relação da inclusão e exclusão no espaço educativo necessita ser repensada e reavaliada por um conjunto de ações que contribua em superar qualquer tipo de prática de exclusão que são tramadas nos diferentes tipos de ações e atitudes que ocorrem no tecido escolar.

 Palavras-chave: Sociedade.Inclusão. Prática Pedagógica.

 

 

  1. Introdução

Este artigo trata de um tema que vem merecendo atenção de pesquisadores, das legislações e de professores da Educação Especial, cuja díade seja - inclusão e o espaço educativo. Através de pesquisa bibliográfica, procura apresentar os desafios em se implementar a inclusão na Educação Infantil, analisando o conceito de inclusão, através de sua evolução sócio-histórica, apresentando alguns aspectos da política nacional, diretrizes e projeto pedagógico. Tem como objetivo analisar e refletir sobre currículo, as adaptações e a prática pedagógica na perspectiva da educação inclusiva de crianças deficientes na Educação Infantil.

Finalmente, tentamos fazer um contraponto do que vivenciamos com o que seria desejável para todos os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem na Educação Infantil.  Falar de inclusão nos faz refletir sobre o lugar historicamente ocupado pelas pessoas consideradas diferentes e sobre as diferentes maneiras de tratamentos a que foram submetidos, muitas vezes desumanas e com isso, exacerbando o lugar das alterações e diferenciações das condições de origem genética (MARTINS, 2016) como motivo e justificativa para diferenciar e excluir. O movimento da inclusão expressa às lutas travadas para que pessoas definidas diferentes fossem consideradas participantes ativas na sociedade e na busca do direito a uma vida digna, plena e igualitária.

Partindo da hipótese que as práticas de inclusão na educação infantil no espaço escolar da diferença e da alteridade, podem favorecer a combater os atos de exclusão no espaço educativo. A escolha da problemática de pesquisa foi feita a partir do interesse em compreender como as práticas de inclusão na educação infantil escolar e que interferem no processo de Inclusão no espaço educativo e sociedade.

Dessa forma, buscou-se responder o que se entende por inclusão e quais são os seus mecanismos no fazer pedagógicos capazes revelar os pros e contra da realidade escolar e social sobre a inclusão? Como a escola e os diversos profissionais que atuam nela podem romper com as práticas homogeneizantes?

A escola um espaço de vivência e experiência emancipatória e democrática favorece as relações dos estudantes que são vistos como diferentes? Embasados nessas inquietações, elencamos como objetivo geral: como contribuir teoricamente para se compreender como se dá a relação da inclusão e as diferenças no espaço escolar.

Como objetivos específicos foram delineados os seguintes: caracterizar a categoria de inclusão e exclusão no espaço escolar; identificar como se processa a relação da inclusão na educação infantil dentro dos espaços escolar e sociedade e; propor uma metodologia didático-pedagógica que dê condição social de aprendizagem para todos (as) no espaço educativo.

Para a compreensão da relação da inclusão no espaço escolar foram feitos levantamentos bibliográficos e aplicação de uma proposta pedagógica no ensino da educação infantil inclusiva. Esta experiência foi vivenciada a partir dos materiais pedagógicos, didáticos e acessíveis. Os principais autores que fundamentam essa reflexão foram os estudiosos da corrente teórica dos Estudos Culturais como: Alfredo Veiga-Neto (2011), Ester Silva Orrú (2017), Silvio Gallo (2017), Tomaz Tadeu da Silva (2015) e Carlos Skliar (2003) para discutir a inclusão e exclusão no espaço escolar: uma contribuição teórica sobre a inter-relação.

Acreditamos que a lógica do espaço educativo deva ser de um lugar onde se reconheça as cosmovisões, subjetividades, discursos e os diferentes saberes que cada estudante traz para dentro da escola. Uma vez que a escola representa o espaço potencial de respeito às subjetividades e identidades de cada sujeito, permite que se abram janelas de possibilidades de desnaturalização e desconstrução dos espaços homogêneos que tem sido preconizado pelas leis, políticas e diretrizes equalizadoras no âmbito educativo.

Por último, as considerações finais, a título de reflexões como introdução a novos pensamentos e não conclusões a partir da análise, interpretação e discussão do referencial teórico e da prática pedagógica realizados com os estudantes envolvidos.

  1. COMPREENSÃO DA INCLUSÃO NA ATUALIDADE.

Falar de inclusão nos espaços e tempos contemporâneos requer reflexão, e reflexão necessita entendimento, ação, movimento, reconhecimento do outro e reinvenção da cultura escolar. É justamente pensando nesse movimento reflexivo e de reinvenção que pretendemos fazer uma incursão epistemológica pela fonte dos Estudos Culturais para compreendermos como é a inclusão do outro que convive com o “diferente”, tanto no macro espaço que é a sociedade quanto na sala de aula que é o mundo em sua dimensão da minúcia, do pequeno. O conceito de “diferença”, enaltecido pelos Estudos Culturais, está estreitamente associado às pessoas afrodescendentes, indígenas, quilombolas, do campo e à pessoa com deficiência. Isto é, a heterogeneidade e/ou todos/as que compõem os diferentes setores da sociedade, com suas subjetividades, discursos, significados, identidades, culturas e características físicas, intelectuais e sensoriais.

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