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A teoria da prática educacional: Sócrates

Por:   •  13/9/2017  •  Dissertação  •  1.207 Palavras (5 Páginas)  •  325 Visualizações

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Teoria da Prática Educacional: Sócrates

      1. Introdução

        Em pleno século XXI ainda é possível encontrar vestígios de uma educação falha constituída há vários séculos, na qual coloca o aluno em situação passiva e não reflexiva, tornando-os, assim, faces massas de manobra para vários interesses políticos. Também é perceptível que as escolas pouco exploram seus alunos em relação às múltiplas formas de inteligência. De acordo com Howard Gardner, em um estudo publicado pela primeira vez em 1983 no livro Estruturas da Mente (Frames of Mind) existem oito tipos de inteligências: Inteligência verbal ou linguística- habilidade verbal bem desenvolvida e sensibilidade aos sons, significados e ritmo das palavras; Inteligência lógico-matemática habilidade de pensar de forma conceitual e abstrata, além da capacidade de discernir padrões lógicos ou numéricos; Inteligência musical-  habilidade de produzir e apreciar ritmos, tons e timbres; Inteligência visual ou espacial- capacidade de pensar em forma de imagens, “visualizar” conceitos abstratos; Inteligência corporal ou cinestésica- capacidade de controlar o próprio corpo e lidar fisicamente com objetos variados; Inteligência interpessoal- capacidade de detectar e responder adequadamente aos humores, motivações e desejos dos outros; Inteligência intrapessoal- capacidade de ser autoconsciente e em sintonia com seus sentimentos interiores, valores, crenças e processos de pensamento; Inteligência naturalista- habilidade para reconhecer e categorizar plantas, animais e outros elementos da natureza; Inteligência existencialista- sensibilidade e capacidade para lidar com questões profundas em torno da existência humana, como o significado da vida, por que morremos, ou como chegamos até aqui. Contudo, nas escolas a inteligência mais trabalhada é a inteligência lógico-matemática, o que deixa muitos alunos em desvantagens por não compreender tão bem um determinado assunto, quando o que ocorre de fato é a não exploração da sua capacidade.

2. Sócrates e a maiêutica

               Diante desse panorama de fragilidades da educação, Sócrates pode ser uma boa alternativa para base de um novo método educacional. Sócrates nasceu em Atenas, em um período conhecido como século de “ouro”, por volta do ano 470 a.C, Sócrates era um homem genuíno e assim permaneceu por toda sua vida, nunca aceitou dinheiro de seus discípulos, era simples na maneira de vestir e de viver, tornou-se um dos fundadores da filosofia ocidental, só pode ser reconhecido através de seus discípulos, pois usava da oralidade para repassar seus ensinamentos tento como Plantão seu principal discípulo. Seus primeiros estudos e pensamentos tratam se da essência da natureza e da alma humana. Apesar da sua grande sabedoria, Sócrates não foi aceito por grande parte da aristocracia ateniense, por defender idéias divergentes da sociedade grega. Criticou diversos aspectos da cultura grega alegando não ser de importância no desenvolvimento intelectual dos cidadãos. Suas idéias foram tão inovadoras, que começaram a atrair a jovens atenienses e também negativamente a elite conservadora de Atenas que temia algumas mudanças na sociedade por parte desses jovens, começaram a definir Sócrates como inimigo publico e um agitador em potencial. Foi preso e acusado de pretender subverter a ordem social, corromper a juventude e provocar mudanças na religião grega. Foi condenado a cometer suicídio tomando um veneno chamado cicuta, o soro de uma planta venenosa e morreu em 399 a.C.

           

                   “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo e os deuses.” Sócrates

          Sócrates ao proferir sua filosofia, menciona a importância da auto-reflexão, que diante disso induz ao homem a profunda busca da verdade sobre si e sobre o universo.  Ao referir indução, é distinguível falar da sua famosa prática educacional: a maiêutica que significa dar a luz, (parir idéias) assim como sua mãe que era uma famosa parteira, o que distinguia apenas era que ela praticava o parir do corpo e ele da alma, pois para os filósofos o fruto da alma era o saber a técnica consistia na indução de pensamentos profundos sobre as verdades universais e a conceber de si mesmo, novos conceitos sobre um determinado assunto ou questão. Em um primeiro momento Sócrates levava os seus discípulos e ouvintes a questionar os seus próprios conhecimentos percebendo as falhas em seu próprio discurso, assim, deveria ser instituído ao orientador pedagógico a partir, do que os alunos já sabem para a partir daí ser constituído a construção coletiva do conhecimento,  no segundo momento Sócrates levava a conceber novas idéias, o que Paulo freire completa ao proferir “Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.”A maiêutica socrática consiste na interrogação “O que é isso?” “Qual o por quê disso?” E fazia isso andando pelas ruas de Atenas. Para a maiêutica o conhecimento no homem está oculto, só há a necessidade de criar condições para um afloramento das idéias, numa espécie de recordação, no sentido de trazer para fora, emergir do estado  de potencia para o estado de realidade pronunciada. Nos escritos de Platão, é apresentado algumas cenas da atuação de Sócrates, no qual nunca se termina um questionamento, ou seja, não há uma solução definitiva, há sempre uma interrupção que significa que sempre devemos continuar questionando e questionando.

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