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APRENDER E ENSINAR-UMA ARTE QUE DEVERIA SER COMPARTILHADA ENTRE ALUNO E PROFESSOR

Por:   •  13/8/2016  •  Dissertação  •  1.473 Palavras (6 Páginas)  •  435 Visualizações

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APRENDER E ENSINAR-UMA ARTE QUE DEVERIA SER COMPARTILHADA ENTRE  ALUNO E PROFESSOR

Entre a arte de ensinar e aprender existe uma grande diferença, apesar de acharem-se ambas intimamente correlacionadas.

Mas afinal o que se aprende, e para que aprende? Todos nós temos estas indagações na nossa mente, e são elas que nos persegue o tempo todo.  Aprende-se e continua-se aprendendo, adquirindo  conhecimento , um hoje e outro amanhã, todos de igual modo.  Primeiro se aprende para satisfazer às necessidades da vida, tratando de alcançar, por meio do saber solucionar as situações que da própria vida presente.  Depois que se aprende a satisfazer as necessidades da vida, é hora de iniciar a aprender aquilo que o mundo,  a sociedade, a política e as instituições escolares  nos impõe a aprender. Quem é o transmite e modifica a realidade do saber destes pequenos seres humanos que entram na instituição já com a bagagem que trouxe de aprendizagem no seu convívio social? O professor, este é o grande produtor deste cenário já que estamos no palco da vida. Ele quem vai fazer acontecer no trajeto escolar destes alunos.O professor irá ensiná-los a aprender. E de que forma é realizada esta prática pedagógica?     Buscam se vários métodos para aprender a ensinar, mas ainda não se chegou a um consenso final. Recentemente Thomas Skidmore, conhecido como brasilianista , afirmou que o Brasil estava buscando rumo errado, tentando copiar modelos do exterior, quando deveria buscar seus próprios caminhos e citou Paulo Freire. Mas quem foi Paulo Freire? O mais célebre educador brasileiro, autor da pedagogia do oprimido; defendia como objetivo da escola ensinar o aluno a "ler o mundo" para poder transformá-lo.

O que declara a pedagogia do oprimido?

Segundo ele, a educação tradicional está fora dos padrões que se deve ensinar e aprender, não dá voz aos oprimidos, ajudava a perpetuar as injustiças sociais. A Pedagogia do Oprimido seria uma maneira de conscientizar as pessoas sobre a realidade social.  A educação não poderia ser desvinculada do seu principal objetivo, que, segundo Paulo Freire, é a construção de uma sociedade mais justa.

E desde quando a educação está em busca de uma sociedade mais justa; se a cada dia encontram desigualdades nas praticas educacionais da escola?

Mas será que falta algo na arte de ensinar a aprender? Porque nos deparamos com uma educação tão deteriorada  a cada dia se formam tantos professores? Estes não sabem ensinar para aprenderem ou não aprenderam para ensinar? Quem são os culpados por esta educação que presenciamos hoje? Porque, e pelo que sofrem, reclamam e reivindicam  tantos os professores?  Esta tão desmerecida profissão tem colhidos os maus frutos só nos dias de hoje?

Não, desde os tempos remotos, a preciosidade de ensinar e aprender sofriam as indagações da sociedade. Viajemos um pouco no túnel do tempo para os primeiros responsáveis pela arte de aprender a ensinar? Quem foram eles e de onde sugiram?

Foram os sofistas; surgiram na Grécia por volta dos séculos IV e V a.C. e  tentavam atrair jovens para oferecer-lhes educação e encaminhá-los na vida pública em troca de vultosa remuneração.

 Era uma denominação de um grupo de intelectuais, pensadores e cientistas que transmitiam grande parte do conhecimento. Eles mestres itinerantes eram  conhecidos pela sua inteligência e alta habilidade de argumentação. A princípio, eles gozavam de grande prestígio social e eram respeitados por sua capacidade intelectual já que dominavam técnicas avançadas de discurso e conquistava seus ouvintes, embora, o que falavam nem sempre fosse verdade. Sócrates, que discordavam de sua prática e de suas ideias, induzia seus discípulos a questioná-los.  Até que um dos principais deles, Protágoras, foi acusado de ateísta e teve seus livros queimados em praça pública. Sua visão democrata relativista se opunha à verdade universal defendida por Platão e Aristóteles.

 Vejam senhores e senhoras! A situação começou a se tornar constrangedora quando no meio de muitos sofistas infiltraram charlatães, sem escrúpulos, cobiçosos de conquistar fama e riqueza. Estes ensinavam aos seus discípulos, unicamente, a arte de vencer seus adversários e pregavam que para levar vantagem não é necessário justiça e retidão, mas prudência e habilidade. Desta forma, por séculos, as pessoas que transmitiam o conhecimento passaram a ser vistas com desconfiança ou reserva. As implacáveis críticas dos filósofos fizeram com que eles fossem considerados meros comerciantes do saber.

Mas será que hoje consideram o professor como comerciante do saber? Porque se tornou os professores uma classe tão desprivilegiada? O declínio educacional  vivido hoje é culpa de quem, do professor, do sistemas ou do próprio país?

Saiba que desde o tempo dos sofismas muitas transformações ocorreram. E em se tratando de Brasil , tivemos nossos primeiros professores desde a época do colonialismo. Foram os padres jesuítas que vieram de Portugal por volta de 1549 e quinze dias depois de sua chegada, fundaram uma escola na Bahia para ensinar os filhos dos colonos a ler e a escrever. Também catequizavam os índios e para isso tiveram de aprender o tupi, que era a língua mais falada pelos nativos. Vejam a arte de aprender para depois ensinar.  Contudo esta forma de aprender e ensinar fora bem diferente da defendido por  Paulo Freire. Porque ensinavam na forma de decorar o que se aprendiam.  Faziam de tudo para atrair a atenção dos índios, desde encenar peças teatrais até recitais de música e poesia. Durante as aulas, ninguém podia se quer piscar. Era proibido dar opinião ou discordar do que era ensinado.  O aluno não tinha opinião, deveria apenas repetir a matéria durante uma hora para que ela ficasse bem gravada.

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