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AS CONDIÇÕES GEOGRAFICAS DOS FATOS SOCIAIS.

Por:   •  10/9/2017  •  Resenha  •  860 Palavras (4 Páginas)  •  492 Visualizações

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RESUMO

LA BLACHE, Vidal de. AS CONDICOES GEOGRAFICAS DOS FATOS SOCIAIS. In VIDAL, VIDAIS Harsbaert, R. et all , 2012, pp 85-123

O texto As Condições Geográficas Dos Fatos Sociais, de Vidal de La Blache, coloca em pauta a discussão sobre a correlação entre um fato geográfico e um fato social e suas relações na formação de novas sociedades. O autor afirma que a desigualdade de desenvolvimento das sociedades humanas tem sido cada vez maior, isso por conta do progresso do conhecimento do globo e a colonização, e que ao estudarmos apenas algumas especificidades de cada grupo, percebemos que a diversidade se encontra nas diferenças de materiais fornecidos pela natureza ambiente e que de acordo as diferenças locais existem formas de existência e modos de civilização que abrange grandes extensões com numerosos conjuntos de seres humanos. Enfatiza que as características de cada civilização, devem ser dignas de atenção, assim como suas invenções, pois são considerados no gênero de documentos etnográficos, os signos característicos de sua civilização, e são esses objetos que refletem hábitos que os inspiram ou que derivam de seu estado social. Vidal esclarece que é a posição de cada sociedade que as torna diferentes da outra e que as grandes extensões de florestas e mares é que os mantem distanciados uns dos outros, porém se torna raro uma sociedade viver socialmente isoladas, estritamente fechadas em si mesmas de forma absoluta, pois sempre encontram espaço em outra sociedade para que haja interação, mas há aquela sociedade que escolhe viver isoladamente por questão religiosa ou forma social, porém assim como a posição de uma região, os traços físicos também estão impressos profundamente em seu estado social.  O autor faz explicação de cada assunto apresentando exemplos de cada modelo de sociedade. Vidal faz esclarecimento sobre outros autores que fazem estudos sobre características originais de algumas sociedades mais desenvolvidas fazendo comparações com as menos desenvolvidas. Vidal reconhece que as condições sociais de uma sociedade está subordinada à necessidade de produzir e organizar, de maneira vantajosa, o grão promovido pelo consumo, e que se torna impossível a existência de pequenos proprietários devido o alto custo do crédito e da subsistência. Relata ainda que todas as características, condições sociais, diversidades locais se trata de uma geografia, seja ela humana ou das civilizações, porém deixa claro que a dependência do homem com a natureza não se compara com a dos animais e das plantas, mas fica a cargo do homem adaptar-se ou construir hábitos, ou gênero de existência para a sua sobrevivência. Sendo assim neste capítulo, Vidal mostra que pelo nível de fixação que realizam, as variadas formas de civilizações constituem tipos que podemos repartir geograficamente.  

No texto A Geografia Humana: Suas Relações Com A Geografia Da Vida, Vidal de La Blache entendeu que a interferência humana deixava suas marcas no meio, um dos aspectos fundamentais da Geografia Humana, e que a Geografia Humana merece esse nome por estudar a fisionomia terrestre modificada pelo homem, por isso ela é geografia, porém deixa claro que ainda existem áreas em que o homem não pôde modificar são áreas que a dominação humana ainda aparece instável. Segundo o autor, o criador da Geografia zoológica mostrou-se um antecessor em geografia humana, para ele a geografia humana se formou com os comportamentos diferentes das planícies, montanhas, ilhas e penínsulas que com o tempo se formaram tipos demográficos especiais, conjeturando a forma e o relevo das áreas, se sobrepondo a teoria darwiniana sobre os efeitos resultantes das migrações de organismos. Porém essa concepção foi reformulada por Moritz Wagner que disse que a formação de novos tipos depende não apenas da soma das diferenças de ambiente com as quais os seres emigrantes estão em luta, mas do grau de isolamento no qual eles se encontram em relação aos seus antigos semelhantes. Vidal enaltece as obras Antropogeografia e Geografia Política de Ratzel, afirmando que o geógrafo voltou-se para as consequências politicas dos princípios da geografia humana, procurando aplicar o método biológico na geografia. Fica evidente que para Vida os fatos da geografia humana apresenta-se em dois aspectos político que é o principal e econômico. O progresso da geografia humana baseia-se em uma visão mais clara do método e no aperfeiçoamento dos instrumentos de estudo. O autor relata exemplos de diferentes aspectos de povoamentos para servir de apoio as estatísticas da geografia humana, fazendo comparações aos progressos de documentos que servem para aperfeiçoar cada dia a geografia humana. Blache traz a ecologia como uma forma de estudo das influências que o meio exerce sobre o homem em termos físicos e morais comparando a ecologia com a geografia das plantas, cita diversos autores que mencionam a relação do homem com o meio, como generalizações prematuras e comparações imperfeitas, fazendo referência da ecologia com a influência do meio de cada sociedade. Para Blache não se deve estudar o homem, mas o meio em que ele vive, podendo contribuir com o progresso da geografia botânica, zoológica e da biogeografia faz jus a diferença dos conceitos da ciência geográfica e das ciências humanas, evidenciando a necessidade de cada ciência guardar nítida consciência de seu objeto e de seu próprio método.

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