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AS POLÍTICAS EDUCACIONAIS COMO IMPLANTAÇÃO NUMA PERSPECTIVA HISTÓRICA

Por:   •  16/9/2018  •  Resenha  •  1.527 Palavras (7 Páginas)  •  212 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS UEMG

AS POLÍTICAS EDUCACIONAIS COMO IMPLANTAÇÃO NUMA PERSPECTIVA HISTÓRICA

ÉRIKA CRISTINA FRANCISCO PRUDENTE

DAYANA DE OLIVEIRA GONÇALVES

DIVINÓPOLIS, ABRIL

2018

ERIKA CRISTINA FRANCISCO PRUDENTE

DAYANA DE OLIVEIRA GONÇALVES

AS POLÍTICAS EDUCACIONAIS COMO IMPLANTAÇÃO NUMA PERSPECTIVA HISTÓRICA

RELATÓRIO REFLEXIVO APRESENTADO À PROFESSORA JOSIANE DO CURSO DE PEDAGOGIA DO 7º PERÍODO. REFLEXÃO, APRENDIZAGEM E COMPREENSÃO SOBRE. “A PESQUISA EM POLÍTICAS PUBLICA DE EDUCAÇÃO NUMA PERSPECTIVA HISTÓRICA” PARA OBTENÇÃO DE CREDITOS.

DIVINÓPOLIS, ABRIL

2018

O texto aborda o ciclo de políticas que envolvem uma diversidade de procedimentos de coletas de dados pela área da história da educação enquanto o campo de investigação, sendo analisada pela sociologia política. Nessa ordem de preocupações, a pesquisa bibliográfica, a entrevista com formuladores de políticas e com demais profissionais comprometidos, a análise de textos e documentos oficiais de dados estatísticos e de avaliação do desempenho do aluno, entrevista com autores de textos de políticas e com aqueles para quais os textos foram escritos e a aplicação de testes e questionários são elementos significativos para a construção dos dados sobre políticas publicas. Fundamentalmente, trata-se de instrumentos para a identificação e observação de conflitos, das formas da negociação durante o processo de decisão, das restrições colocadas sobre as questões a serem discutidas decididas e das estratégias empregadas nos diferentes momentos do ciclo de políticas. O principal objetivo é explorar as relações entre teoria social e histórica nos debates acerca do estudo e do exame das políticas publicas da educação. A eventual utilidade de empreendimento que advém da tentativa de combinar modelos e métodos comuns a mais de uma disciplina. De fato, em meio ás teorias e tipologias das ciências sociais, o que se pretende aqui é destacar a relevância da historia da educação na configuração de modelos explicativos capaz de fundamentar análises sociais acerca das políticas educacionais. Por outro lado, trata-se de mostrar como o uso de conceito forjado na sociologia e nas ciências políticas auxilia na compreensão das mudanças ocorridas com o passar do tempo nas formas de escolarização da sociedade.

Sob esse ponto de vista, a intenção deste artigo é explorar algumas áreas de contato. Suas seções tratam, sucessivamente, das contribuições das alternativas entre a macrossociologia e a historia política, das contribuições da sociologia política do conceito de ciclo de políticas, das fontes de pesquisa da cultura escolar como categoria de análise e da abordagem das instituições escolares. Por fim o tema das políticas educacionais é analisado enquanto questão historiográfica. Os estudos de Stephen Ball e de Thomas Popkewitz acerca das mudanças educacionais na Grã – Bretanha e nos Estados Unidos advertem a respeito do caráter histórico e relacional das estruturas de escolarização, sobretudo, lidam com um referencial teórico que permite relacionar as praticas e os discursos sobre os quais as atividades diárias e o pensamento individual são estabelecidos num momento de reforma do ensino. Para Thomas Popkewitz (1997 p, 29)

 Os conceitos de Estado e poder sejam categoria estrutural no estudo da mudança na escola contemporânea, sua preocupação com os padrões epistemológicos e institucionais das reformas educativas concede amplo lugar a historia na análise. Na sociologia política que Popkewitz pratica, o enfoque histórico é reivindicado para a organização de casos e o reconhecimento de mudanças naquilo que parecia ser contínuo. Nessa perspectiva descrevem – se vários padrões de relações entrelaçadas através do tempo, que são elementos para o estudo das mudanças dos processos de escolarização.

  A expressão faz parte de uma teoria que não apresenta uma dimensão temporal ou sequencial para as trajetórias das políticas públicas, e tão pouco, as organizações de um modo linear. O que se propõe, então, com a abordagem do ciclo de políticas, é investigação dos processos de resistência, das acomodações e dos subterfúgios dentro e entre os contextos de formulação, e uso de programas ou de uma política de reforma educacional. Para o modelo analítico proposto por Ball, as noções de influencia, produção de texto, práticas, resultados e estratégia são centrais classificou aquilo que entendeu serem as faceta da análise das políticas de educação. As Políticas públicas são planejadas e os discursos políticas construídas para que seja compreendida tendo em conta as instancias sociais geradoras de ideias e os conflitos e disputas entre elas. Nesse sentido, os grupos que disputam para influenciar a definição da finalidade sociais da educação constituem uma primeira instancia de analise.

A noção de estratégia envolve a identificação do conjunto de atividades sociais e políticas necessárias para tratar com as desigualdades criadas ou reproduzidas pela política investigada, no interior da abordagem do ciclo de políticas, este é um elemento especifico da pesquisa social critica. A principal questão que o estudo da estratégia política coloca é a da reflexão conjuntural sobre as desigualdades sociais provocadas ou reproduzidas pela política ou programa de reforma educacional. Uma forma de discutir as políticas educacionais no âmbito da educação é examinar a ideia de cultura escolar como objetivo histórico. Propondo – se a analisar historicamente a cultura escolar, Julia (2001) enfatizou o estudo das praticas escolares e do funcionamento interno das escolas suas conferencias no internacional. Sua conferência no Internacional Standing Conference for the History of Education (Ische), publicada na Paedagogica Histórica e, em português, na Revista Brasileira de História da Educação, é um convite aos historiadores da educação a se interrogarem sobre as práticas escolares cotidianas. No cerne da definição de cultura escolar, enunciada por Julia (2001 p. 10-11).

A discussão sobre a cultura escolar tem propiciado um repertório analítico que abrange desde os impressos pedagógicos até as práticas da leitura e da escrita, passando, inclusive, pelo estudo das disciplinas escolares, dos métodos de ensino e do tempo e espaço escolar. Tem sido registrada uma tendência crescente a se pensar sobre a cultura escolar como uma categoria para estudar o processo de escolarização que se dá em um determinado momento (cf. Faria Filho et al., 2004, p. 153; Vidal, 2005). Do ponto de vista das políticas educacionais, as questões gerais levantadas nessa tendência da discussão parecem interligadas, com pressupostos a respeito da organização administrativa e pedagógica do ensino (Viñao Frago, 2001; Souza, 1998; Faria Filho, 2000). Dedica-se cada vez mais atenção à cultura escolar também no tocante ao governo e à administração do sistema educativo e escolar, à sua estruturação ou financiamento, ao currículo e ao professorado. Nessas instâncias de abordagem, Vidal (2005, p. 31-32, p. 37-45) identificou tanto as raízes do que chamaram de invariante estrutural da escola quanto os indícios da capacidade produtora ou criadora de configurações cognitivas originais que a escola mostra ter. De ambos os modos, como categoria de análise, a cultura escolar acrescenta perspectivas de abordagem significativas ao estudo histórico e sociológico das políticas educativas.

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