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ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS

Por:   •  15/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.265 Palavras (6 Páginas)  •  143 Visualizações

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA - UNIDERP

CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
POLO: SOBRAL/CE
4º SEMESTRE DO CURSO DE PEDAGOGIA
DISCIPLINA: ORGANIZAÇÃO E METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS (ATPS)

FRANCISCA JÔSE DO ESPIRITO

SANTO CYSNE FROTA / RA: 364779

SOBRAL-CE

AGOSTO/2013

ENTREVISTA[pic 2]

Nome: Maria de Fátima Cesário
Data de nascimento: 20/02/1956
Idade: 57 anos

Dona Fátima, assim como é conhecida, estudou no Mobral (O Movimento Brasileiro de Alfabetização - o MOBRAL surgiu como um prosseguimento das campanhas de alfabetização de adultos iniciadas com Lourenço Filho. Só que com um cunho ideológico totalmente diferenciado do que vinha sendo feito até então. Apesar dos textos oficiais negarem, sabemos que a primordial preocupação do MOBRAL era tão somente fazer com que os seus alunos aprendessem a ler e a escrever, sem uma preocupação maior com a formação do homem.) Era uma barraca de palha, construída na localidade de Santa Luzia distrito de Ipu.Tinha a idade de 13 anos quando começou. Os materiais escolares utilizado na época eram apenas lápis, borracha, caderno sem arame com uma capa da folha fina e costurado, um livro de historinhas e músicas e a cartilha do ABC. Todos se agrupavam em circulo sentados em bancos feito de madeira e mesas de tábua enfiadas no chão de terra, eram cobertas com panos de saco que hoje não existe mais. O professor, que na época era o senhor José Maria marques, tinha mais ou menos uns 40 anos. Iniciava pedindo silêncio aos alunos para contar historias de trancoso e depois ensinava o B-A-BA e palavras tiradas da historinha. Ele não passava deveres para casa, todos eram realizados ali mesmo (na barraca). Dona Fátima ainda tem na memória, recordações das músicas e as historinhas que seu professor cantava e contava para a turma. Uma dessas músicas era Terezinha de Jesus, Ciranda, e outras da época, mas que ainda hoje são cantadas como atividades lúdicas para as crianças. Na maioria das vezes o professor contava historias  de animais, na qual ela lembra de uma da raposa. Dona Fátima não lembra como eram os elogios que ela e seus colegas recebiam, somente das formas de boas maneiras que eles eram praticamente obrigados a aprender e não esquecer, pois eram punidos caso alguém não colocasse em pratica o que o professor tinha ensinado. Na sala (a barraca) não tinha nenhuma forma de avaliação, o professor apenas ensinava a ler e escreve o essencial. Na época também não existia nenhuma forma de festividades. Os alunos só iam  mesmo para aprender e se divertiam com as músicas que eram cantadas. O horário de inicio das aulas era de 13:00 e ia até às 17:00. Na hora do recreio, que começava às 15:00, eles apenas se divertiam dançando ao som de músicas tocadas em uma radiola. Não tinha lanche, os alunos ficavam até o final agüentando o calor e suportavam a fome se entretendo com as atividades, brinadeiras e historias que o professor passava. A escola era isolada no meio do mato. Os pais pagavam uma certa quantia todos os meses. Eram mais ou menos 5 mirréis. O senhor Francisco Ferreira do Nascimento, pai (padrasto) de dona Fátima era agricultor. Trabalhava o dia todo na roça, mas mesmo com pouca escolaridade ele se preocupava com a educação da enteada. Todos os dias, ela ia pela manhã com ele para o roçado e a tarde ia para escola. A mãe, dona Francisca Ferreira do Nascimento cuidava da casa e dos filhos. Seu Francisco, não gostando da forma como o professor ensinava, tirou a filha da escola, porque achava que a filha não estava aprendendo nada e ia para escola somente para dançar e ouvir historias. Os dois filhos de seu Vicente, o pai biológico de dona Fátima, já eram crescidos e não tiveram oportunidade de estudo, um dos irmãos de dona Fátima, sendo mais novo, foi levado pelo tio para Fortaleza, onde teve oportunidade de estudar e depois ir embora para o Rio de Janeiro. Dona Fátima, com a idade de 20 anos e já casada, veio morar no Monte Alegre distrito de Santana do Acaraú. Ela tinha muita vontade de estudar, mas como começou a ter filhos, os afazeres de casa e o cuidado com os filhos a impedia de realizar seu sonho. Mas no ano de 1976, dona Lousa, uma professora que morava naquela localidade, conseguiu montar uma escola no período da noite e convidou dona Fátima para freqüentar a escola. Foi assimque dona Fátima aprendeu um pouco de leitura e a fazer seu nome. Hoje, com idade de 57 anos, é concursada para o cargo de auxiliar de serviços gerais na Secretaria de Cultura, Turismo, Desporto e Juventude de Santana do Acaraú.

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