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Analise sobre Anisio Teixeira

Por:   •  24/3/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.393 Palavras (6 Páginas)  •  321 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS[pic 1][pic 2]

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

Didática Geral

Análise do livro: Anísio Teixeira

Prof. Dr. Anselmo João Calzolari Neto

[pic 3]

 

Antônia de Cássia

Carolina Rosai Mendes

Luan Milan

Marina Siqueira

Araras/SP

2015

Biografia de Anísio Teixeira

Anísio Spínola Teixeira nasceu em Caetité na Bahia em uma família elitizada, no dia 12 de julho de 1900. A família Teixeira garantiu ao filho uma formação excelente em colégios jesuítas situados em Caetité e na capital Salvador.

Após sofrer com o dilema de seguir o presbitério, seu pai o encaminhou rumo à faculdade de direito ao qual, se bacharelou em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro em 1922. Dois anos depois, se tornou Inspetor Geral do Ensino da Bahia, a partir da eleição do governo Góes Calmon cujas eleições foram apoiadas pela família Teixeira.

Anísio Teixeira saíra-se bem no cargo, alcançado posteriormente a Diretoria da Instituição Pública de ensino da Bahia. Mais tardar assumiu a Secretaria de Educação e Cultura do Distrito Federal, a qual projetou uma reforma na educação nacional. Nesse mesmo período teve participação na Associação Brasileira de Educação (ABE), e ajudou a criar a Universidade do Distrito Federal. Ademais, participou e assinou o manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, esse documento pregava a universalização da escola pública, laica e gratuita. Foi demitido do cargo em 1935, devido à ditadura militar.

         Em 1946 assumiu o cargo de Conselheiro de Ensino Superior da UNESCO, e um ano depois ocupou a Secretaria de Educação e Saúde do Estado da Bahia, se propôs a contribuir com melhorias na rede educacional do Estado. Nesse período criou o Centro Popular de Educação Carneiro Ribeiro, integralizando a educação tradicional com práticas técnicas, artísticas, sociais e cidadãs; alimentação, higiene e atendimento médico.

Em 1951 assumiu como órgão público a Secretaria Geral da Campanha de Aperfeiçoamento Pessoal de Nível Superior. Proporcionou nesse mesmo ano, inúmeras conferencias no Brasil e incentivou a abertura de novas bibliotecas públicas, além de participar nas discussões referentes às Leis e Diretrizes e Bases da educação Brasileira.

No ano seguinte após assumir o cargo de diretor do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos criou o Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais com cinco sedes regionais para incentivar pesquisas e estudos sociológico e antropológico.

Publicou em 1957 o livro “Educação não é privilégio” a fim de ir de encontro com seus pensamentos reafirmando a educação como dever público. Nesta época, admitiu-se professor universitário e administrador da Faculdade de Filosofia da Universidade do Brasil, atual UFRJ.

Em 1964 foi afastado de suas funções na Universidade e cargos públicos devido ao golpe militar. Nesse período permaneceu no exterior e lecionou nos Estados Unidos.

Após o golpe retornou ao Brasil, e em 1962 restituiu um cargo público no Conselho Federal de Educação entre o período de 1964 a 1968.  Nesse período tornou-se consultor da Fundação Getúlio Vargas e ao fim de sua vida, mas ainda sim, com a mente extremamente lúcida e inquieta retornou as atividades como tradutor e escritor de outros grandes livros.

Em março de 1971, Anísio Teixeira faleceu no Rio de Janeiro, deixando como patrimônio uma herança viva nas melhorias da estrutura educacional no Brasil.

Objetivo Geral

O estudo visa como objetivo analisar a estruturação da Educação Pública Brasileira proporcionada por Anísio Teixeira, no âmbito das tendências pedagógicas estudadas na disciplina de didática geral.

Tendências Pedagógicas

Influenciado pela filosofia de John Dewey considera a educação uma constante reconstrução da experiência. Assim, tende à pedagogia Liberal Renovada Pragmatista, na qual o mundo em transformação requer um novo tipo de homem consciente e bem preparado para resolver seus próprios problemas, nessa perspectiva, a educação deverá estar em permanente mudança. Utilizando-se do termo “educação progressiva” para indicar a função da educação nesta civilização em transformação, decorrente do desenvolvimento científico.


O pragmatismo Deweyano forneceu-lhe um guia teórico que combateu a improvisação e o autodidatismo, permitiu-lhe operacionalizar uma política e criar a pesquisa educacional no país (NUNES, 2010, p.19).

Concepção sobre o papel da Escola e o processo de Ensino

Anísio Teixeira por meio de suas ideias e movimentos voltados para a educação concretizou a formação de um modelo de escola pública gratuita de qualidade, integral, laica, obrigatória, municipalizada e gratuita para atender a população brasileira.

Acreditava, assim, que esta seria a via para a superação do subdesenvolvimento em que se encontrava o Brasil, atenuado por uma sociedade marcada por privilégios.

Esse novo modelo de educação transformou o estudo, antes, característico para poucos em uma tendência agora universal e um direito de todos, sendo um dever do Estado provir essa educação à população.  

O modelo de escola nova proposto atribuía novas responsabilidades ao educador, com a renovação na perspectiva de educar e não mais apenas instruir. Desse modo, a escola passou a ter como plano de fundo o papel de educar para transformar, pois o conhecimento modifica o homem e sua sociedade.

A escola passou a ser em tempo integral, sendo o dia completamente dividido entre as atividades curriculares básicas e extracurriculares, além de alimentação, higiene pessoal, médico e dentista.

[...] já no final da década de 1940: a conhecida escola-parque que, ao lado das classes comuns de ensino, no bairro operário da Liberdade, em Salvador, constituiu uma experiência pioneira no país e internacionalmente reconhecida de educação integral (NUNES, 2010, p. 30).

Para Anísio, o ensino público de qualidade deveria ser articulado, de modo que o conhecimento do aluno estivesse apto a se estender até uma Universidade. Sendo assim, o conhecimento adquirido estaria em constante complementação, a fim de garantir o aprendizado em uma escala crescente do que já fora assimilado.

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