Análise Critica do filme Uma mente brilhante

Análise Critica do filme Uma mente brilhante

        Baseado em fatos reais, a trama conta a história de vida de John Nash a partir da década de 40, quando ingressa por meio de bolsa na famosa Universidade de Princenton.

John era brilhante porém nada sociável, costumava dizer que as pessoas não gostam dele. Foi alvo de bullyng durante o curso e frequentava pouco as aulas pois as considerava perda de tempo assim como a interação. Queria fazer algo novo, algo grande, revolucionário e de grande peso para a ciência e era nisso que gastava todo seu tempo. Após muitas noites mal dormidas e dias difíceis ele chega a seu objetivo e ganha a atenção da universidade sendo convidado a trabalhar no MIT (Massachussets Institute of Technology) ao final do seu curso, escolhe dois companheiros para o seu projeto e segue em frente com seu desejo de mais conquistas.

Apesar de não ser grande fã das aulas  se vê obrigado a lecionar e na sala de aula que conhece Alicia, mulher de pulso firme com quem se casa no futuro. John também participará de programas do governo no período da Guerra Fria com objetivo de decifrar código e chega a ir duas vezes ao pentágono para tal. Foi um influente matemático do século XX  e ganhou um dos mais cobiçados prêmios do mundo, o Prêmio Nobel.

Teria sido uma vida comum de um acadêmico brilhante pois tais pessoas tendem a optar pela solidão e soaria totalmente normal, mas não era o caso de John, ele era esquizofrênico e sua vida era cercada de conflitos. Ele vivia realidades paralelas desde o inicio de seu curso na universidade a começar pelo seu colega de quarto que nunca existiu, chegando a uma garota que seria sobrinha do mesmo e, após a universidade se agregou a isso também o suposto homem para quem John acreditava fazer o trabalho de decodificação de códigos em revistas. Após seu casamento as alucinações pioraram e sem saber o que fazer Alicia decidiu internar John.

No hospital psiquiátrico ele passou pelo tratamento desumano de choques e saiu com medicações para controlar a doença. Ele já tinha noção de que nada daquilo era real e que precisava de tratamento mas os remédios alteraram sua rotina, não conseguia pensar, resolver problemas, nem ao menos satisfazer sua esposa Alicia, que também já estava exausta. Depois de idas e vindas do hospital ele decide não usar mais o medicamento e aprende aos poucos a se controlar, a não alimentar suas alucinações e passa grande parte do resto de sua vida na Universidade de Princenton onde, por incrível que pareça se descobre e se revela um grande professor.

É um filme intrigante e por contar uma história real, bastante tocante. Traz a tona a superação e mostra que a adversidade não influi na capacidade. É interessante observar que as alucinações de John faziam parte dele e ele aprendeu a lidar com esse problema e seguir em frente. Ao final, ele dedica seu prêmio a Alicia, que o amou e o apoiou mostrando que ter alguém ao nosso lado muda tudo e que não conseguiria sem ela. Assim deve ser a ação de um professor, parceria e apoio.

 Trazendo para a área pedagógica devemos considerar a educação especial, as dificuldades de nossos alunos não devem influenciar no seu processo de aprendizagem e é preciso lidar com isso de maneira correta. Além das necessidades especiais físicas ou facilmente diagnosticadas temos que lidar também com as de progresso lento e quase invisível e por isso é preciso conhecer os alunos e ter um olhar sensível. Ser professor é ser facilitador da aprendizagem e do conhecimento de mundo, é exercer influência sobre a vida de alguém que está formando seu caráter e personalidade. O professor tem o poder de impulsionar ou frear o desejo do aluno e é preciso ter cuidado para não limitar a capacidade dele com pequenos gestos e palavras, ou com metodologias que o excluam.