As Fontes Sonoras

As fontes sonoras

O trabalho com a musica deve reunir toda e qualquer fonte sonora: brinquedos, objetos do cotidiano e instrumentos musicais de boa qualidade.

É importante a adequação dos diversos instrumentos á faixa etária de zero a seis anos. O trabalho musical a ser desenvolvido nas instituições de educação infantil pode ampliar meio e recursos pela inclusão de materiais simples com relação aos brinquedos, deve-se valorizar os populares, como a matraca, o “rói-rói” do Nordeste, além dos tradicionais chocalhos de bebes, alguns dos quais portadores de timbres bastante especiais.

Pios de pássaros, sinos de diferentes tamanhos, folhas de acetato, brinquedos que imitam sons de animais, entre outros são materiais interessantes que podem ser usados na realização das atividades musicais. Com o mesmo objetivo podem ser utilizados conjuntos de tampas plásticas, potes, caixinhas, etc.

Nesta fase é importante misturar instrumentos de madeira, metal ou outros materiais a fim de explorar as diferenças dos timbres entre eles.

Os xilos e metalofones podem ser utilizados por meio de gestos motores responsáveis pela produção de diferentes sons: um som de cada vez, sons simultâneos, em movimentos do grave para o agudo.

Os tambores podem ser utilizados no trabalho musical. São instrumentos muito primitivos e continuam exercendo grande fascínio e atração para as crianças. É possível construir com as crianças tambores de vários tamanhos, que utilizam, além de pele de animal, acetato, náilon, bexigas, papeis, tecidos, etc.

Os aerofones são instrumentos nos quais o som é produzido por via aérea, são utilizados com menor intensidade com essa faixa etária. Os cordofones, ou instrumentos de cordas, em seus diversos grupos, são apresentados e trabalhos por meio de construção simples, como, por exemplo, esticando elásticos sobre caixas ou latas. Ao experimentar tocar instrumentos como violão, cavaquinho, violino, etc. as crianças poderão explorar o aspecto motor, experimento diferentes gestos.

É aconselhável que se possa contar com um aparelho de som para ouvir musica e também, para gravar e reproduzir a produção musical das crianças.

O registro musical

O registro musical, que transpõe para outra dimensão um evento ou grupo de eventos sonoros, utilizando-se de outras formas de notação que não sejam a escrita musical convencional.

Ao ouvir um impulso sonoro curto a criança que realiza um movimento corporal esta transpondo o som percebido para outra linguagem.

Esses gestos sonoros poderão ser transformados, também em desenho. Pode-se propor, para as crianças a partir de quatro anos, que relacionem som e registro gráfico, criando códigos que podem ser lidos e decodificados pelo grupo: sons curtos ou longos, graves ou agudos, fortes ou suaves, etc.

Nessa faixa etária, a criança não deve ser treinada para a leitura escrita musical na instituição infantil.

Observação, registo e avaliação formativa

A avaliação na área da música deve ser continua, levando em consideração os processos vivenciados pelas crianças, resultado de um trabalho intencional do professor, onde ele poderá documentar os aspectos referentes ao desenvolvimento vocal (se cantando e como), o desenvolvimento rítmico e motor; a capacidade de imitação; de criação musical.

Deve-se levar em conta que, por um lado, há uma diversidade de respostas possíveis a serem apresentadas que podem sofrer alterações.