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Atividade Interdisciplinar 1 - Pedagogia UNOPAR

Por:   •  14/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.560 Palavras (7 Páginas)  •  1.511 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

A presente atividade pretende relatar de maneira crítica a estrutura organizacional de sistemas educativos e expor as principais concepções de ensino geradoras de sistemas, políticas e planos curriculares, bem como o contexto situacional (de tempo e espaço) a que tais concepções se vinculam – mais precisamente, os períodos do Brasil colônia, império e república.

A escola, enquanto espaço físico, molda a estruturação do saber, a relação de estudo e objeto estudado, e, sobretudo, os papéis sociais. A ausência desse espaço implica, necessariamente, em alterações nos elementos que disputam turno – como professor e aluno, por exemplo, ou modo de exposição dos saberes. Ao abordarmos o sistema escolar no Brasil focando desde a época colonial, excluímos o que havia antes; entretanto, cabe uma nota nessa introdução sobre a educação indígena antes do encontro europeu; sabemos que as primeiras civilizações reproduziam seus saberes pela tradição oral, não restrita à um espaço. O mesmo se dava na civilização grega. A tradição oral pode ser a principal diferença para uma educação na pós-modernidade, na qual o espaço físico é por vezes substituído pela tecnologia.

Já antecipo, assim, um ponto em comum nesse sistema brasileiro, dentro do período proposto: o espaço próprio do saber. Os espaços escolares apresentam-se como um cômodo em meio a outros espaços jesuítas, ou uma sala própria e comum a todos os alunos no império, até chegarmos nos prédios com locais determinados para os diversos agentes do cotidiano escolar – além de professor e aluno. Por fim, como proposto para esta Atividade, ao falarmos de escolas buscaremos trazer na conclusão os avanços de âmbito educacional.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 AS PRIMEIRAS ESCOLAS

O estado da Bahia, pioneiro na difusão do som da guitarra elétrica com tambores, sediou a primeira escola brasileira. Todas as imagens e relatos que hoje temos referentes à catequese jesuíta nos leva a entender que não só pregavam ao ar livre, mas também em um prédio organizado com sala para “ensinagem” e estudo, além dos demais ambientes comuns. Pouco tempo depois, o modelo de escola vai para São Vicente e, finalmente, onde viria a ser a cidade de São Paulo (Colégio da Vila de Piratininga).

No contexto de colônia, a educação deveria reforçar a ideia de condição subordinada da nova terra; se pelo viés religioso a proposta jesuíta não era isenta de dogmatismo, na política, economia e sociedade, a instrução diferencia-se pela distinção feita ao público. “Estudantes” nativos e colonos aprendiam língua portuguesa e demais habilidades relacionadas ao trabalho – aprendizado profissional e agrícola. Catequese, gramática normativa e matemática eram componentes curriculares obrigatório, e o ensino de canto opcional. Para a elite europeia que se encontrava na colônia, o currículo acima previa um viés menos pragmático e mais intelectual sem, contudo, que se forme pensadores livres (ou seja, fora do padrão religioso).

A influência da ordem jesuíta na formação da colônia mereceu atenção de Portugal, que tomou ações para reformar o modelo educacional: altera-se o foco de formar uma elite intelectualizada e nobre, para prósperos comerciantes, negociadores – o futuro de Portugal, fragilizado economicamente, estava na formação de uma elite capitalista. De maneira geral, podemos especular que esse tipo de sistema educacional é a base na qual organiza-se o ensino moderno, principalmente a partir do período das grandes navegações e expansionismo europeu: novos comércios e interações necessitavam de um currículo formativo em áreas diversas do conhecimento, com enfoque na linguagem e na matemática, elementos importantes para competência de negociar.

Voltando ao contexto nacional, a vinda da família real é tida como fator de novas modificações na educação.

2.2 NA ESCOLA DO IMPÉRIO

A demanda nacional para formações específicas foi intensificada com a chegada de D.João VI. Com o poder descentralizado de Portugal, as instituições tidas hoje como de ensino superior tiveram iniciativas locais.

Na escola do império, por sua vez, novas ideias surgem à medida que o contexto político aponta para uma separação (ou independência): os saberes científicos ganham mais espaço, assim como há maior miscigenação de alunos (todos do sexo masculino, entretanto). Em relação ao corpo docente, o magistério deixa de ser exclusividade dos jesuítas e ganha status de funcionalismo público.

Com D. Pedro I, o sistema educacional busca estruturar-se de maneira nacional e expansiva, levando as escolas para todas as províncias. O currículo, assim como demais aspectos da organização do sistema amparam-se na Lei de 15 de outubro de 1827 (cujo artigo 6º está escrito abaixo) que, apesar de muito criticada a posteriori pela superficialidade com que trata a educação, inaugurou o rol de políticas públicas para o setor no país.

Art. 6º Os professores ensinarão a ler, escrever, as quatro operações de aritmética, prática de quebrados, decimais e proporções, as noções mais gerais de geometria prática, a gramática de língua nacional, e os princípios de moral cristã e da doutrina da religião católica e apostólica romana, proporcionados à compreensão dos meninos; preferindo para as leituras a Constituição do Império e a História do Brasil.

Contudo, a ideia de turmas seriadas, promoção e divisão nivelada dos programas de ensino só aparecem como consequência de um modelo que previa uniformidade no nível dos alunos, duração dos estudos e programas, em 1868. O império ainda tinha outra pretensão: expandir o acesso ao ensino técnico e superior e eventual criação de um Ministério exclusivo. Efetivamente isso só ocorreu junto com outras modificações profundas nas escolas da república.

2.3 OS PRÉDIOS DA REPÚBLICA

Na escola da república, a organização espacial previa lugares determinados para outros atores do sistema, além do aluno e professor. Com isso, o modelo de ensino do império, no qual o professor passava seus ensinamentos para um grupo de alunos e, esses por sua vez,

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