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Avaliação? Da Excelência à Regulação das Aprendizagens Entre Duas Lógicas

Por:   •  26/5/2019  •  Ensaio  •  1.039 Palavras (5 Páginas)  •  202 Visualizações

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Resumo do texto: PERRENOUD (1999). Avaliação? Da excelência à regulação das aprendizagens. Entre duas lógias.

A obra trás inicialmente uma discussão a respeito da avaliação a partir de uma lógica sociológica, considerando a lógica seletiva e a formativa. Nessa perspectiva, busca-se compreender o fracasso escolar através das normas de hierarquia de excelência escolar. Partindo disso, o autor aponta que o êxito e o fracasso na escola são aspectos construídos pela sociedade. Isso implica dizer, que ao longo da trajetória escolar, são estabelecidos valores ao sujeito, utilizando diversos procedimentos e critérios avaliativos, realizados por meio das exigências do docente ou da instituição, que são guiadas pelos documentos que formalizam o sistema educacional. Tais normas em conjunto com as práticas avaliativas estabelecem as desigualdades nos domínios dos saberes e das competências. Esse fato constitui uma função relevante para a transformação, classificação e julgamento do êxito ou fracasso. Contudo, se não houver as normas de excelência, não existirá a avaliação. Assim, sem a avaliação, não existirá hierarquias de excelência, nem tão pouco o êxito ou fracasso declarados e, portanto, não haverá seleção, desigualdades de acesso às habilitações almejadas do secundário ou até mesmo os diplomas. Entretanto, o fracasso escolar não pode ser visto simplesmente como a razão de desigualdades tão reais quanto naturais. Não se pode apenas compará-lo a uma ausência de cultura, conhecimentos ou competências. Mas de fato, tal ausência tem como referência a classificação, já que esta interage diretamente com normas e formas de excelência escolar, bem como, com os programas, níveis de exigência e procedimentos avaliativos. Dessa maneira, as diversidades biológicas, psicológicas, econômicas, sociais e culturais, existentes além dos muros da escola não se transformam em desigualdades de aprendizagem e de êxito escolar, a não ser que a instituição não saiba lhes dar com as diferenças. Mesmo depois de mais de 20 anos de debates sobre a diferenciação possível e desejável do ensino, ainda existem conclusões errôneas a respeito do desempenho escolar. Dessa forma, quando se fala das divergências que não correspondem ao avanço ou o atraso no desenvolvimento escolar do sujeito, a escola possui algumas alternativas para tais situações, usadas apenas quando as dificuldades são reconhecidas, como é o caso da reprovação, o apoio pedagógico, o atendimento médico-pedagógico ou até mesmo psiquiátrico. Para o autor, a escola não possui uma visão em relação às diferenças e busca resolver as implicações existentes através de meios rudimentares. Na instituição escolar, a avaliação ocorre sobre a conduta ou sobre o produto. Isso quer dizer que se o desempenho observado ou até mesmo as atividades realizadas não forem consideradas, levará em conta apenas as competências ocultas, em especial o domínio dos saberes e competências desenvolvidas pela escola. Entretanto, nem tudo que constitui o currículo escolar é ensinado, e assim, nem sempre o que é ensinado é avaliado. Quando se fala de orientação escolar, pode-se destacar que esta não existe sem a avaliação. Dessa maneira, a orientação escolar é vista nessa obra a partir do ângulo da sociologia, das formas de organização e transformações sociais. Nesse contexto, existem sistemas que tratam a orientação como algo automático em relação aos resultados escolares, enquanto outros deixam a critério dos agentes envolvidos. No mais, torna-se evidente que o processo de orientação ocorre sempre antes da avaliação, assim, as negociações prévias, segundo o autor são mais significativas do que a sua denuncia. A característica marcante de todas as práticas de avaliação é submeter o educando a provas que evidenciam seu desempenho e qualificação entre bom ou mau aluno. Assim, essa avaliação pode ser considerada como avaliação normativa, pois cria uma distribuição normal, ou curva de graus. Além disso, é comparativa, ou seja, o desempenho da turma

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