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Comparação da Educação de Jovens e adultos no Brasil e em Portugal

Por:   •  24/3/2017  •  Seminário  •  4.201 Palavras (17 Páginas)  •  246 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

CURSO DE PEDAGOGIA

COMPARAÇÃO DA EDUCACÃO DE JOVENS E ADULTOS NO BRASIL E EM PORTUGAL

RIO DE JANEIRO

2015.1

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

CURSO DE PEDAGOGIA

COMPARAÇÃO DA EDUCACÃO DE JOVENS E ADULTOS NO BRASIL E EM PORTUGAL

                                                              Trabalho de aproveitamento solicitado

                                                                               pela disciplina Educação Comparada,

                                                                              sob a orientação da professora Ana Lucia

                                                                             Cunha Fernandes para obtenção de nota

                                                                            Parcial na Universidade Federal do Rio de

                                                                           Janeiro.

  ALUNAS

   Ivanildes Alves Parrião -  DRE: 111038009

   Lorraine Cristina dos Santos Azevedo - DRE: 113168012                                   

  Marilane Leonidio- DRE: 110139852

RIO DE JANEIRO

2015.1                   

Introdução

No âmbito da educação de jovens e adultos, podemos identificar, ao longo do século XX, convergências que não qualificam positivamente as políticas empreendidas nos dois países. Na realidade, a falta de um estatuto social, político e pedagógico para essa modalidade de ensino, a baixa taxa de escolarização da população jovem e adulta e os elevados índices de analfabetismo constituem características comuns ao Brasil e a Portugal ao longo do século XX e ainda se fazem presentes na atualidade. Outro ponto comum a destacar consiste na eficácia reduzida das medidas de combate ao analfabetismo, ao longo de quase todo o século passado, derivada tanto dos modelos tópicos, emergenciais e descontínuos de campanhas e programas adotados, quanto da ausência de um ambiente sociocultural estimulante e compatível com a real valorização dos saberes escolares, o que constitui fator indispensável à efetiva elevação dos níveis de letramento nas diferentes áreas do conhecimento. A ressaltar ainda, a relação linear entre o baixo grau de desenvolvimento dos dois países e a pouca ou nenhuma escolaridade, por ele supostamente responsável. Procurar-se-á também evidenciar que a questão da escolaridade da população brasileira e portuguesa deve ser compreendida como expressão de um complexo conjunto de características socioculturais, políticas e econômicas que, de formas diferenciadas, colocam ambos os países em posições diversas, mas de subalternidade no quadro hegemônico internacional, o que repercute em suas políticas educacionais.

Trajetória da escolarização de Jovens e Adultos no Brasil: Breve Histórico da EJA

      No Brasil a educação básica para adultos passou por grandes transformações e começou delimitar seu lugar na história a partir da década de 30. A sociedade passava por crescimento populacional nos grandes centros e aumento da industrialização. O ensino elementar foi estimulado pelo governo que traçava diretrizes e normas para estados e municípios.

     A educação elementar ganhava destaque: com o fim da ditadura Vargas em 1945, com fim da 2ª guerra, a Organização da Nações Unidas (ONU) alertava para a urgência de integrar os povos visando a paz e a democracia, todos esses eventos históricos contribuíram para que a educação dos adultos ganhasse destaque quanto a educação elementar. Também o governo tinha urgência de aumentar as bases eleitorais, integrar as massas e incrementar a produção.

Os anos de 1958 a 1964 foram marcados por ações em que a “educação de adultos era entendida a partir de uma visão das causas do  analfabetismo,como uma educação de base, articulada com as reformas de base.

Com o Congresso Nacional de Educação de Adultos, nasce a idéia de um programa permanente de educação de adultos. Em decorrência desse congresso surge o Plano Nacional de Alfabetização de Adultos (PNAA), dirigido por Paulo Freire,  e extinto em 1964, pelo Golpe de Estado. Ainda nesse período nasce o Movimento de Educação de Base (MEB). Em 1965 em oposição as  idéias de Paulo Freire surgiu em Recife a Cruzada Ação Básica Cristã (ABC), de caráter conservadora e semi oficial (Haddad; Di Pierro,2000)

Em 1967 surge o Movimento Brasileiro de Alfabetização MOBRAL que junto com a Cruzada ABC constituíram – se em movimentos com fim básico de controle político da população,através da centralização das ações e orientações,supervisão pedagógica e produção de materiais didáticos (DI PIERRO;Joia; Ribeiro 2001).

Em 1971 a Lei nº 5.692,(BRASIL,1971) regulamenta o Ensino Supletivo (esse grau visa contemplar os adultos) como proposta de reposição de escolaridade  e a aprendizagem e qualificação sinalizando para a profissionalização.Portanto o ensino supletivo se propunha a recuperar o atraso, reciclar o presente, formando mão de obra que contribuísse no esforço para o desenvolvimento nacional, através de um novo modelo de escola.

A partir de 1985 com a redemocratização do país, o MOBRAL foi extinto e ocupou seu lugar a Fundação Educar, com as mesmas características do MOBRAL. Em 1990 é extinta a Fundação Educar e ocorre a descentralização política da EJA,transferindo a responsabilidade pública dos programas de alfabetização para os municípios.

O governo de Fernando Collor lança o Programa Nacional de Alfabetização e Cidadania (PNAC), com o objetivo de reduzir 70% do nº de analfabetos que chegava a 17.762.629 em 1990. Em 1997, a Declaração de Hamburgo, sobre educação de adultos resultado da V Conferencia Internacional para a Educação de Adultos (CONFITEA) enfatiza que:” A educação de adultos  torna-se mais que um direito:é a chave para o século XXI; (...)”(UNESCO,1997,p.1).

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