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Contribuição de Pierre Bourdieu para sociologia

Por:   •  6/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  4.261 Palavras (18 Páginas)  •  594 Visualizações

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A grande contribuição de Bourdieu para a compreensão sociologia da escola foi a de ter revelado que essa instituição não é imparcial.

Formalmente a escola trataria a todos os educandos de modo igual, já que todos assistiriam às mesmas aulas,seriam submetidos às mesmas maneiras de avaliação, obedeceriam às mesmas regras e,portanto, teriam as mesmas oportunidades.

Bourdieu mostra que, na verdade as chances são diferentes, alguns estariam numa condição mais propícia do que outras para responderem às mesmas imposições,implícitas, da escola.

A escola é um espaço de reprodução de estruturas sociais e de transferência de capitais de uma geração para outra.è nela que o patrimônio econômico da família transforma-se em capital cultural.

Os alunos tendem a ser julgados pela quantidade e qualidade de conhecimentos que já trazem de casa, além de várias”heranças”, como a postura corporal e a habilidade de falar em público.

Os próprios estudantes mais pobres acabam encarando a trajetória dos bem-sucedidos, como resultado de um esforço recompensado.

Bourdieu discrimina frequentemente três conjuntos de disposições e de estratégias de investimento escolar que seriam patrocinado tendencialmente pelas classes populares, classes médias e pelas elites.

O primeiro desses grupos, pobre em capital econômico e cultural tenderia a investir de modo moderado no sustento do ensino.\pois o investimento no mercado escolar tenderia a oferecer um retorno baixo, e incerto a longo prazo.Esse grupo social penderia a adotar o que Bourdieu chama de “liberalismo” em relação à educação dos filhos.A vida escolar dos filhos não seria acompanhada de modo muito comedido e nem haveria uma cobrança intensiva em relação ao sucesso escolar dos filhos.

As classes médias ou pequena burguesia, penderia a investir alto e sistematicamente na escolarização dos filhos.Pois as famílias desse grupo social já teriam um volume considerável de capitais que lhes consentiria apostar no mercado escolar sem correr tantos riscos, as oportunidades dos filhos das classes médias alcançarem sucesso escolar são excedentes,pois resultam de uma série de ações(compra de livros premiados,frequência a eventos culturais,viagens,etc.) com vistas à aquisição de capital cultural.

Finalmente as elites econômicas e culturais, esses grupos investiriam pesadamente na escola, porém, de uma forma bem mais espontânea,pois sucesso escolar no caso desse grupo de elite é tido como algo natural.As elites estariam livres da batalha pela elevação social já que ocupam as posições dominantes da sociedade, não precisando,portanto, do sucesso escolar dos filhos para subir socialmente.

O discurso de igualdade que a escola afirma, não funciona na prática.Pois a escola não cobra do educando apenas o que foi ensinado, cobra também outras habilidades que são fáceis para uns e estranhas para outros.A escola marginaliza os alunos das classes populares enquanto beneficia os alunos mais dotados de capital cultural.

Assim a escola evidencia as diferenças, os alunos que cresceram em culturas diferentes ou que não tem um bom capital da cultura dominante se enganam e pensam que a dificuldade em aprender é falta de inteligência.

No Brasil a desigualdade educacional se confirma ao voltarmos nosso olhar para as escolas rurais e urbanas e até as escolas da periferia.Pois no campo é priorizado o ensino apenas até o 5º ano do ensino fundamental.O estudante para seguir com seus estudos deverá procurar outras cidades, e as poucas escolas ainda são pouco estruturadas em comparação às da zona urbana a maioria tem classes multiseriadas, não possuem biblioteca,laboratório de informática, algumas ainda não possuem nem energia elétrica e esgoto sanitário..Enquanto na zona urbana a criança entra na educação infantil e tem várias oportunidades de concluir o ensino superior, a zona rural ainda não faz parte dessa realidade.

Na zona urbana também existe muita desigualdade, visto que os avanços tecnológicos das escolas particulares ainda estão longe de chegar ao ensino público, enquanto os alunos da rede pública fazem cubos de cartolina para as aulas de geometria os das escolas particulares só o fazem após de terem descoberto como se fazem através da ajuda dos computadores.

CONCLUSÕES FINAIS

Bourdieu conclui que as instituições de ensino são, de fato, conservadoras que reeditam os valores e a cultura das classes dominantes, beneficiando os que já a possuem, fora da escola.Porém, ele acredita que a transformação social seja possível se for fruto de ações coletivas, reflexivas estando ciente das estruturas escolares.Essa mudança tende a ser uma árdua luta contra os dirigentes conservadores, que empregarão possivelmente de todo o seu capital simbólico para manter aquilo que os favoreça.

A grande contribuição de Bourdieu para a compreensão sociologia da escola foi a de ter revelado que essa instituição não é imparcial.

Formalmente a escola trataria a todos os educandos de modo igual, já que todos assistiriam às mesmas aulas,seriam submetidos às mesmas maneiras de avaliação, obedeceriam às mesmas regras e,portanto, teriam as mesmas oportunidades.

Bourdieu mostra que, na verdade as chances são diferentes, alguns estariam numa condição mais propícia do que outras para responderem às mesmas imposições,implícitas, da escola.

A escola é um espaço de reprodução de estruturas sociais e de transferência de capitais de uma geração para outra.è nela que o patrimônio econômico da família transforma-se em capital cultural.

Os alunos tendem a ser julgados pela quantidade e qualidade de conhecimentos que já trazem de casa, além de várias”heranças”, como a postura corporal e a habilidade de falar em público.

Os próprios estudantes mais pobres acabam encarando a trajetória dos bem-sucedidos, como resultado de um esforço recompensado.

Bourdieu discrimina frequentemente três conjuntos de disposições e de estratégias de investimento escolar que seriam patrocinado tendencialmente pelas classes populares, classes médias e pelas elites.

O primeiro desses grupos, pobre em capital econômico e cultural tenderia a investir de modo moderado no sustento do ensino.\pois o investimento no mercado escolar tenderia a oferecer um retorno baixo, e incerto a longo prazo.Esse grupo social penderia a adotar o que Bourdieu chama de “liberalismo” em relação à educação dos filhos.A vida escolar dos filhos não seria acompanhada de modo muito comedido e nem haveria uma cobrança intensiva em

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