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EDUCACAO COMO PRATICA DA LIBERDADE

Por:   •  25/1/2016  •  Resenha  •  2.481 Palavras (10 Páginas)  •  1.645 Visualizações

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Karen Gonçalves Britis                                                          RGM: 15571653[pic 1]

Prof. Dr. Elenilton Godoy                        Disciplina: Fundamentos do Currículo

Descrição do trabalho: Resenha crítica final da disciplina Fundamentos do Currículo.

Na disciplina de Fundamentos de Currículo ministrada pelo professor Elenilton na turma de Mestrado de Ensino em Ciências e Matemática do Programa de Pós-Graduação da Universidade Cruzeiro do Sul foram oferecidos diversos textos que trabalharam a história e a epistemologia do Currículo, como também, a caracterização dos mesmos de acordo com as teorias tradicionais, críticas e pós-críticas.  Para avaliação final, cada educando poderia escolher um livro para a leitura e adiante, cada aluno deveria produzir uma resenha crítica. O presente texto tem finalidade de apresentar um resumo informativo com uma análise interpretativa da obra “Educação como prática de Liberdade” de Paulo Freire do ano de 1967. O texto a seguir, mostrará, primeiramente, a justificativa de escolha do livro pela autora do texto (aluna do curso supracitado), imediatamente será apresentado a resenha crítica e finalmente, suas conclusões.

Em meados do século 20, a finalidade da educação escolarizada eram formar cidadãos em trabalhadores terceirizado. A partir da obra de Bobbit, “The Curriculum”, questionamentos foram feitos em torno das questões cruciais sobre as finalidades e as relevâncias da escolarização de massas. Afinal, o intuito era formar trabalhadores específicos, terceirizados, incumbidos de sua formação profissional ou era proporcionar uma educação geral e acadêmica à população? Contra esse sistema que obriga uma escola mecanicista, em meados dos anos 60, surgem alguns movimentos de reivindicações. Neste período também surgiram pensamentos, obras e ensaios que contestavam os modelos implantados tradicionais, fazendo com que houvesse uma nova releitura das propostas curriculares. As novas propostas foram analisadas dentro de um contexto cultural local, enaltecendo as peculiaridades de cada sociedade e visando a adaptação do viés dos pensadores de cada nação. Assim, é neste aspecto que Paulo Freire tem um papel relevante no Brasil.

O trabalho de Paulo Freire surge no Brasil com mais vivacidade entre 1958 a 1964. Momento em que o país está passando por uma efervescência política. Ele desenvolveu uma obra que tem implicações importantes para as teorizações sobre o currículo. No âmbito educacional o método Paulo Freire, o qual alfabetiza em curto espaço de tempo, além de trabalhar a criticidade e a consciência de seus educandos foi a prática educativa de maior repercussão no país.

Como principais obras do autor, podemos citar a “Educação como prática da Liberdade” de 1967, que está ligado ao pensamento da chamada ideologia do desenvolvimento e a “Pedagogia do Oprimido” de 1970, cuja a palavra que o mais identifica é a revolução, e também, pode ser analisado com uma relação entre servo e servidor. Nesta primeira obra existe uma análise histórica e sociológica e na segunda sua análise que se deve muito mais a Filosofia do que Sociologia ou a Economia Política. Notamos então, que a teorização de Freire é claramente pedagógica, à medida que ela não se limita a analisar como são a educação e a pedagogia existente mas apresentam uma teoria elaborada de como deve ser. Na perspectiva de Freire é própria experiência dos educandos que se torna fonte primária de busca dos temas geradores que vão constituir o conteúdo programático do currículo dos programas de Educação para adultos. Paulo Freire, sempre acreditou que é possível formar “consciências” nas camadas populares, de leva-los do senso comum para construção mais elaborada e crítica do mundo e da sociedade.

Com base no exposto, a autora da resenha crítica teve a preferência desta obra com o intuito de se aproximar e se relacionar com a educação das camadas populares, visto que sua prática docente se configurou, durante quase uma década, diante de um cenário de educandos que participam ou participavam das classes dominantes. Percebendo a decadência notória da educação das escolas públicas, a necessidade de profissionais habilitados no quadro docente e desvalorização do profissional da Educação, a autora compreende a necessidade de aproximação de sua prática para a população adulta menos favorecida e para classes populares, tendo como princípios e valores a prática da libertadora de Paulo Freire.

Apresentação do Livro

A introdução começa destacando por Weffort algumas experiências ocorridas com 300 trabalhadores, na cidade de Angicos, no Rio Grande do Norte, onde Freire, através de seu método os alfabetizou, em curto espaço de tempo, 45 dias. Neste mesmo período, próximo a ditatura militar do Brasil, estava ocorrendo uma mobilização popular para quase dois milhões de analfabetos. No governo de João Goulart, Paulo Freire estava produzindo a obra “Educação como prática para Liberdade” e ainda promovendo um método de alfabetização de resultados positivos e significantes, mas o sucesso na Educação não agradava a elite brasileira da época ditatorial, então Paulo foi exilado por 70 dias e em sua exclusão concluiu a obra supracitada.

O ensaio é composto por algumas partes escritas por Weffort, são elas:  

  • Educação e Política;
  • Canção para os Fonemas da Alegria;
  • Educação como Prática da Liberdade;
  • Agradecimento;
  • Esclarecimento;

Nesta resenha será tratado os apenas quatro capítulos escritos por Freire, que são:

01. A Sociedade Brasileira em Transição;

02. Sociedade Fechada e Inexperiência Democrática;

03. Educação versus Massificação;

04. Educação e Conscientização e por fim, um apêndice.

1. A Sociedade Brasileira em Transição

Neste capítulo, o autor discute, primeiramente, o homem com um ser racional, enraizado na sua cultura e na história, assim como, a necessidade de conhecimento dos acontecimentos que ocorre em seu meio. Freire, discute uma filosofia existencialista onde a ação de existir é individual, mas ela só se realiza em relação com outro “existires”, assim comunicar, participar, discernir e transcender são características ímpares do existir. Deste modo, propõe-se ao indivíduo um domínio que lhe é exclusivo: o da História que se construiu pela sua participação direta e indireta e o da Cultura que ele está inserido e que ajudou a formar. Percebe-se a mesma ideia citação abaixo:

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