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ESCREVER É PRECISO: O PRINCÍPIO DA PESQUISA

Por:   •  23/11/2016  •  Resenha  •  1.456 Palavras (6 Páginas)  •  3.290 Visualizações

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               ESCREVER É PRECISO: O PRINCÍPIO DA PESQUISA

MARQUES, Mário Osório. ESCREVER É PRECISO: O PRINCÍPIO DA PESQUISA.- 5ª ed. rev. -Ijuí: Ed, Unijuí,2006, 154p.- (Coleção Mário Osório Marques; v.1).

        No livro ESCREVER É PRECISO, o autor Mário Osório mostra sua preocupação com relação à escrita. Surge a necessidade de escrever como uma forma de vida consciente, reflexiva, aberta sempre a novas aprendizagens.  Escrever é o principio da pesquisa,  e ao escrever um texto o autor deve em primeiro lugar tentar quebrar o gelo, escrever pensando outra forma de conversar, necessita se reeducar para escrever, pois a criatividade surge quando menos se espera. Para um texto bem fundamentado é necessário buscar apoio bibliográfico e lembrar que mudam as tecnologias, os ritmos e os apelos ao escrever, as formas de inspiração.

        O principio da escrita é incerto e precário, ele precisa ser exercido de forma harmoniosa, surpreendendo-nos com algo inusitado. O autor deve lembrar que por traz do livro está um leitor ávido e perspicaz, julgador e desafiador. A escrita não possui uma história, mas sim historicidade que é a capacidade de produzir seu próprio campo simbólico, social e cultural. Escrever faz a escrita significante e produtora de sentidos, é enfrentar o desconhecido, é necessário para encontrar-se. É preciso que a escrita nos divirta, e para nos divertir torna-se necessário que a narração ao leitor, nos desvende os sentidos ocultos, que nos chegam através da nossa história, permitindo que o leitor se aproprie. O leitor é como um analista, de nossa imaginação e criação. O imaginário do escritor é visto como, um reservatório de experiências do viver, onde a qualquer momento podem aparecer convocadas pelo ato de escrever, cabe ao autor dar conteúdo e forma legível, e cabe ao leitor assimilar a mensagem escrita, integrando sua leitura na programação de seus interesses.

          Quando o texto chega ao leitor, este fará sua reconstrução interpretativa, buscando o sentido do texto em mãos. Vemos no texto de Mário Osório, que o ler precede o escrever. Crianças enquanto não codificam a escrita, o fazem através de desenhos e são capazes de ler aos adultos seus escritos, como era no Paleolítico, uma explosão de formas gráficas.  As palavras e o pensamento são tidos como objeto de conhecimento abrindo caminho para a gramática e a lógica. Agora cada indivíduo pode opinar e formular questões filosóficas. A escrita dá uma existência objetiva e autônoma às unidades da língua, voltada ao aprendizado das letras e dos conjuntos de letras no texto, (categoriais gramaticais). Lembrando que um bom texto deve dar asas à imaginação do leitor, deve fazê-lo mergulhar para dentro da história, se sentir um personagem da leitura. Algumas culturas orientais utilizam mais a oralidade e não devoram os livros como outras culturas o fazem, por acreditar que ao ler, tornam-se incapazes de pensar, ter ideias naturais. Rousseau pensava que a propagação da escrita era uma indústria escravista, mas ele não condena à escrita e busca sua salvação.      

Contribuíram positivamente: Wittgenstein, com a vinculação entre linguagem e práxis, Lacan na significância em que se relacionam sujeitos em interlocução; Habermas na esteira de Austin e Searle com o desempenho dos atos linguísticos no desenvolver de sua competência comunicativa. Os próprios linguistas só podem fazer ciência com o apelo ao uso da escrita.  Lacan suscita a marca do sujeito, até mesmo na fala, de maneira que o registro do seu estilo só é possível mediante gravação em algo. Assim o que solidifica a “existência do rastro” é o signo escrito. O ato de escrever deve estabelecer uma camaradagem com o leitor. O escrevente deve ter em mente que o leitor está presente no ato. Essa presença faz com que por vezes, expresse ideias ou sentimentos que não expressaria se não estivesse escrevendo. O leitor vai decodificar e atualizar o que está escrito, dar vida. A folha de papel torna-se um campo aberto para a imaginação, criatividade e criação do escrever e ler, e se tornam assim provocadores. A escrita deve ter uma ordem, uma postura, e determinadas atitudes do leitor dão sentidos as próprias leituras, ao contrário da língua falada, o ler e escrever requer uma aprendizagem proposital.

        Escrever é iniciar uma aventura sem saber aonde ela vai nos levar, por isso é importante estabelecer um tema de pesquisa, para conhecer desejos e esforços a ser explorados. Pesquisar é buscar uma concentração, um estímulo a prosseguir, e só iniciamos a pesquisa quando começamos a escrever a partir de um determinado tema, assunto, hipótese ou título. Enunciar uma hipótese é ter uma proposta de encaminhamento do tema, deve o título comtemplar tanto o tema ou problema, uma perspectiva dos procedimentos adequados, e é assumir o compromisso de conduzir e considerar argumentos que confirmem ou enfraqueçam a proposição enunciada. Na pesquisa assim como no escrever, a questão é iniciar. As exigências num projeto de pesquisa: 1º. Requisitos mínimos do próprio pesquisar  que são: a tradução do tema hipótese, a decomposição do tema em subtemas e a indicação de cada capítulo ou condições estabelecidas por instituições. 2ºcondições estabelecidas por instituições.

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