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Economia politica

Por:   •  20/1/2016  •  Relatório de pesquisa  •  1.719 Palavras (7 Páginas)  •  376 Visualizações

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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

[pic 2]UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

Departamento de Fundamentos Pedagógicos

REGIME ESPECIAL DE ENSINO

DISCIPLINA: ECONOMIA POLÍTICA E EDUCAÇÃO - ATIVIDADE I

ALUNA: POLIANE DOS SANTOS GLÓRIA DE FREITAS - MAT: 30910095

Prazo de entrega: 30/01/2013

1) No texto Brincando de casinha: fragmentos de economia, cultura e educação a autora trata da economia e de sua relação com o trabalho, a cultura e educação, evidenciando sua vinculação com todas as dimensões da vida em sociedade. Elabore uma resenha do texto.

TIRIBA, Lia - Brincando de casinha: fragmentos da economia, cultura e educação, Artigo publicado em Frigotto, G e Ciavatta, M. : A experiência do trabalho e a educação básica. Rio de Janeiro: DP&A, 2002: 69-86.

No texto “Brincando de casinha: fragmentos da economia, cultura e educação”, a autora Lia Tiriba, intenciona apresentar a economia como algo que não está distante da nossa vivência cotidiana, tampouco é assunto exclusivo para discussões dos “cientistas” econômicos, não, como ela mesma apresenta, através de cinco fragmentos, a economia faz parte de nosso cotidiano desde a tenra idade, quando brincamos de casinha até as nossas relações sociais mais formais. A autora ainda revela como a sociedade capitalista influencia e transforma o nosso cotidiano e estabelece novos princípios e valores na nossa maneira de viver e de se relacionar.

O primeiro fragmento consiste no que autora chama de economia-do-rabo-de-lagartixa, economia doméstica e oikosnomia, ou seja, a maneira como reproduzimos em nossas “brincadeiras” e o no interior de nosso lar os aspectos da economia capitalista vigente em nossa sociedade.

Os significados e formas da administração do lar já foram temas e/ou disciplinas específicas dentro das escolas, que buscavam orientar as crianças a desempenhar bem seu papel futuro dentro lar, no entanto a autora destaca é que dentro das brincadeiras infantis, a ideia de administração do lar já se faz presente e a distribuição dos papeis que cada um desempenha dentro dela também, isto significa dizer que a maneira como a sociedade se apresenta é reproduzida e vivenciada cotidiano sem que sequer percebamos, desmitificando a ideia de que economia é um assunto específico de econômicos. A autora ainda explicita no texto, que no ínterim das brincadeiras de casinha encontra-se à raiz da palavra economia - oikosnomia que significa: Oikos (casa) e Nemo (eu distribuo, eu administro). Oikosnomia significa, então, a “direção ou administração de uma casa”, sendo esta a primeira ideia de economia que aprendemos e praticamos.

 No segundo fragmento, TIRIBA nos apresenta a intervenção que sofremos da sociedade capitalista nas nossas atitudes cotidianas. A maneira como brincamos e organizamos as nossas vidas, a falsa ideia de necessidade que nos é colocada, levando-nos dentro de uma perspectiva (neo) liberal a "migração” da categoria de cidadãos à categoria de consumidores.

A maneira como a sociedade se organiza e se apresenta hoje, nos direciona ao consumismo como forma de chegar ao “êxito humano”, um ideário de ter para ser, e para alcançar este objetivo conta com muitos aliados, entre eles a mídia, principalmente a televisiva.

Este seria o terceiro fragmento que segundo a autora interioriza a ideia de economia no nosso cotidiano, numa perspectiva capitalista. De que maneira (s)?

Segundo Tiriba, isso acontece imperceptivelmente, pois à medida que a TV foi ganhando espaço na sala de jantar das famílias, seus diversos programas e propagandas, passaram a informar apenas o conveniente para o capitalista, levando-nos a acreditar em padrões de vida, em necessidades “desnecessárias” e perspectivas e objetivos de vida que todos podem ter, dependendo apenas do esforço de cada um. Uma UTOPIA neoliberal, pois a ideia de que o êxito social é uma perspectiva totalmente liberal, mas devemos nos perguntar: se depende do esforço de cada um o sucesso de sua vida, há oportunidades iguais para todos que levam a este sucesso? Para os liberais sim, mas a realidade é bem diferente.

Para alcançar esse padrão de vida “maravilhoso” apresentado pela mídia, o retrato familiar e economia doméstica mudaram, pois agora as mulheres saem de casa para trabalhar, ou tornam seu lar seu local de trabalho, numa busca incessante de um padrão de vida estabelecido pela sociedade, e neste aspecto, Tiriba apresenta que a afetividade entra em estado de sitio, encontrando-se sufocada pelas tênues fronteiras do lar e da empresa, impostas pelo novo padrão de acumulação capitalista, que homens e mulheres precisam enfrentar dia a dia. Sendo assim, a mulher que, ao cuidar da casa, canalizava e potencializava as afetividades daqueles que voltavam da rua, do trabalho e da escola, agora sai para o mercado de trabalho (e do subtrabalho), e a subjetividade entra em “estado de sítio”. Logo o que “igualou” homens e mulheres “designificou” o que antes era lar, irracionalizando as pessoas, levando-as a “secundarizar” tudo que antes era primário, e priorizando apenas o acúmulo de bens e riquezas.

No quarto fragmento, intitulado: Gênero, subjetividade e cultura do trabalho, Tiriba afirma que o homem está a todo o momento estabelecendo relações econômicas, relações estas advindas de suas outras relações. A relação dos homens entre si e com a natureza. A maneira como ele age sobre a natureza, transformando- a e adequando-a a sua vida, o que podemos chamar de trabalho. E essa adequação, é o que Tiriba, citando Codo, chama de subjetividade, ou seja, caracterizar o trabalho a si - dá-lhe a nossa face. Porém o que a autora deseja ressaltar, é o caráter dessas relações e de que maneira os processos de formação humana contribuem para fortalecer a preponderância do trabalho sobre o capital, já que existe uma diversidade de atividades e estilos de trabalho, o que leva uma diversidade de culturas do trabalho, que apresentam a maneira como o homem se faz homem no espaço tempo em seu percurso histórico e dentro deste percurso, os diversos elementos conformadores que interferem na formação e constituição humana e na sua maneira de fazer e pensar a economia.

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