Educação estética

INTRODUÇÃO

É fato, as imagens midiáticas estão muito mais presentes no cotidiano de jovens e crianças do que aquelas consideradas artísticas pelo cânone de críticos e galerias (JAGODZINSKY, 2005), embora muito das vezes as imagens consideradas “eruditas” e/ou clássicas nos servem de maneira muito própria para se refletir acerca da visão .

Se, a maneira como as imagens são captadas por nossos olhos afetam ou refletem aspectos do nosso entorno, da sociedade e do modo como vivemos (MARTINS, 2010), então a arte é um terreno fértil para se levantar e compreender questões acerca da representação, do modo de ver e ser visto e ainda sobrea ambivalência daquilo que se comunica e do que é comunicado.

DESENVOLVIMENTO

Observa-se que a educação estética por meio da arte é relevante na formação do professor, pois, à medida que ele passa a ter contato com a arte como “fruidor”, torna-se um profissional que percebe o seu entorno de forma diferente. Essa relação entre “fruidor” e objeto artístico pode auxiliá-lo na mediação que efetua no processo de ensino-aprendizagem, ampliando a visão de um professor que, por meio da apropriação de uma sensibilidade estética, consegue entrever outras possibilidades de ensino e aprendizagem, centradas no dinamismo, na criatividade, na pesquisa. A arte tem função básica na formação do homem e não é apenas por meio de atividades de natureza lógica e objetiva que ele desenvolve as competências necessárias para atuar no meio profissional, pois “a arte no processo criativo-fruitivo constitui fonte de humanização e educação do homem” (PEIXOTO, 2003, p. 94) repensando os valores que o cercam, pois o sensível, o cognitivo e o ético são esferas essenciais para a formação do homem.

Desta forma, para Ponty (2004), fica claro que a vida não explica a obra, porém certo é também que se comunicam. “Aqui não há mais causas ou efeitos, unem-se na simultaneidade de um Cézanne eterno que é a fórmula ao mesmo tempo do que quis ser e do que quis fazer.” (PONTY, 2004, p.123).

E só assim, na capacidade de permanência, única à obra de arte, é que o sentido se comunica ao mundo, sendo a obra um verdadeiro conjunto de ideias e experiências poéticas. Ela, de fato, permanecerá e ligará o homem a tanta coisa além do real/possível que se possa abarcar. Ligará o espectador a seu passado, às emoções individuais e coletivas, ligará ao pensamento e a tantas outras possibilidades, chegando a habitar vários espíritos em todo, presumivelmente, espírito possível.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Promover o movimento da mudança

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