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Estágio Curricular Obrigatório Anos Iniciais do Ensino Fundamental

Por:   •  31/8/2021  •  Relatório de pesquisa  •  1.601 Palavras (7 Páginas)  •  97 Visualizações

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Nutrição e
Alimentação:

Cultura ou hábito?


No Brasil, os hábitos alimentares formaram-se a partir da miscigenação das culinárias indígena, portuguesa e africana e, com o decorrer do tempo, foram adquirindo características e peculiaridades. Cada região do país desenvolveu uma cultura popular rica e diversificada onde figura uma culinária própria,
devido à influência das correntes migratórias e adaptações ao clima e disponibilidade de alimento. Parte da cultura indígena foi apropriada pelos brancos, para que pudesse se adaptar e sobreviver em um local tão distante de sua terra natal. Os portugueses tiveram que aderir à dieta alimentar indígena que lhes era bastante estranha.

[pic 1]


 A caça, a pesca, e a coleta de frutos e raízes eram a base da alimentação dos povos indígenas, sobretudo das raças Tupi e Guarani as que tiveram maior contato com o europeu. Coletavam jabuticabas, Maracujás, cajus, e outras frutas silvestres típicas da flora brasileira. Caçavam capivaras e porcos do mato, pescavam diversos tipos de peixe e assavam as carnes em espetos ou folhas de bananeiras. Algumas tribos cultivavam o milho e dele fazia a pamonha, mas a mandioca foi um dos alimentos mais importantes da dieta indígena e portuguesa no Brasil. Descascavam suas raízes e as preparavam com carnes e legumes. Faziam farinha e bebidas alcoólicas, com a fermentação adquirida dos líquidos extraídos dos vegetais. O consumo da mandioca que crescia abundantemente, chamou atenção dos colonizadores, os quais tiveram que se adaptar e passaram a
cultivar o tubérculo nativo na falta do trigo.

[pic 2]

Aos ingredientes indígenas, os portugueses adicionaram o sal, o azeite, e o açúcar, temperos ainda desconhecidos dos Índios. Os portugueses trouxeram para cá o vinho, o azeite, a cebola, o bacalhau, o queijo, o trigo, que foi substituído pelo uso da farinha da mandioca, e de milho além das especiarias citadas a cima. O sal, o açúcar, a pimenta e outros condimentos contudo, só
chegavam até as mesas dos colonos mais abastados. Na Casa Grande dos Engenhos coloniais comia-se carnes de animais criados na fazenda, tais como galinhas, carneiros e perus. Peixes salgados, pescados no mar ou
nos rios, legumes, hortaliças e frutas em abundância, cultivados em hortas e pomares. Os talheres - faca, garfo eram raros e tornaram-se mais comuns entre a elite colonial do séc. 19, após a chegada da Corte
Portuguesa no Brasil que trouxe para cá diversos costumes europeus. Bebiam além do vinho e da cerveja, que eram produtos importados da Europa, a garapa (caldo de cana), cachaça e água com açúcar e limão.

[pic 3]



 A rapadura produzida nos engenhos adoçavam muitas receitas à base de frutas tropicais, originando os deliciosos bolos, geleias e sucos. Os doces comuns eram a goiabada, o pé de moleque, paçoca, rapadura e a
cocada. Os doces e frutas eram vendidos pelos escravos ou negros libertos nas ruas cidades coloniais. As mulheres escravas os fabricavam e vendiam. Elas eram chamadas de servas de ganho ou negras do tabuleiro.
Ao final do dia, as escravas entregando o dinheiro das vendas à sua Senhora. A maioria da população colonial, composta de escravos africanos, Índios e pessoas pobres não tomam uma alimentação tão farta e
diversificada. A feijoada, um dos pratos mais característicos do Brasil, provém das senzalas coloniais quando os escravos misturavam as partes do porco que eram descartadas pelos senhores (pés, orelhas, rabo) ao feijão.
[pic 4]

 A culinária brasileira é bastante diversa, ela foi constituída a partir da contribuição cultural de diversos povos, os índios, os portugueses e os africanos. A quantidade e a qualidade dos alimentos variavam de acordo com
a posição social das pessoas na sociedade. De todo o modo, a alimentação balanceada e nutritiva influi diretamente na saúde e na qualidade de vida das pessoas, portanto, aqueles indivíduos que não tinham boas
condições sociais ficavam vulneráveis à doenças por falta de nutrientes em seu organismo.

 No período neolítico aconteceram grandes transformações como o desenvolvimento da agricultura e a criação de animais. A caça já era de animais menores, característicos da fauna atual; javalis, lebres, pássaros, além
da criação de bovinos, ovinos, caprinos e suínos. No final desse período, chamado de idade dos metais, a ação do homem sobre a natureza tornou-se mais intenso e as colheitas mais abundantes favoreceram o
aumento da população. É nessa época que se inicia a base de nossa alimentação tradicional, que é a cultura de cereais, e principalmente de trigo e centeio usados na fabricação de pães.

 Com o homem contemporâneo já é bem diferente. Nem todos os animais e vegetais presentes na região fazem parte da sua cozinha. Muitos preceitos religiosos e culturais determinaram os costumes existentes nos dias
de hoje.

 A religião dos israelitas permitia o consumo de gafanhotos e estes ainda são saboreados em toda a África do Norte, especialmente Marrocos e no Saara.

 Os budistas não matam o peixe pescado; deixam-no morrer na praia para ser comido depois.

 Os hindus não contém carne de gado porque acreditam que ela é sagrada. Muitos deles morrem de fome, mas respeitam esses animais que pastam e dormem no meio das ruas.

 Na África Central, a maioria dos rebanhos não é aproveitada pelos negros. Constituem riqueza, elemento de venda, ostentação de prosperidade. Para muitos africanos, a galinha e o galo são para o sacrifício, oferendas dos deuses e não para alimentação regular. Essas atribuições já podiam ser observadas no século xv, com intenções sempre religiosas, e estão presentes atualmente de forma semelhante, no candomblé, macumba, xangôs etc.

 A carne também é raramente consumida na Ásia e pouco apreciada na Oceania.

 Para o europeu e seus descendentes na América, esse tipo de carne é indispensável na mesa.

 A carne de porco foi proibida por muitos líderes religiosos e era abominada no Egito.

 O africano adorava o porco assado como refeição tanto quanto o romano, que o indicava para fortalecer os atletas. Com relação aos bois não se permitia abatê-los quando fossem do trabalho total, assim como ocorre na África, Índia, China e Ásia menor.

 No tempo do imperador Calígula, a proibição era formal. Matar um desses animais era considerado um crime tão grande quanto tirar a vida de um homem.

 Na Roma antiga, o leite de vaca era incluído nos sacrifícios fúnebres e nas oferendas dos deuses. Era um alimento proibido aos budistas e considerado um produto do paraíso para os muçulmanos. Gregos e romanos
incluíam tal bebida as histórias de suas figuras mitológicas. O leite das burras animava crianças doentes e os tuberculosos. Crença mantida nos sertões de nosso país. O sertanejo vivia no meio das vacas, mas não lhe
bebiam o leite a não ser, o da cabra.

 O comportamento à mesa também representa certas particularidades. Os orientais não admitem a possibilidade de comer na mesma sala com um inimigo e servem-se em silêncio. O mesmo acontecia com os indígenas.
Hoje, o indígena conversa enquanto come por influência do homem branco. Nos antigos banquetes ingleses tinha o costume de conversarem depois do brinde ao rei. Nas refeições, ao velho do sertão brasileiro rezava
-se antes de comer. A nossa cultura, nossas crenças, tabus, religião, entre outros fatores influencia diretamente a escolha dos nossos alimentos diários. Desse modo, a alimentação humana parece estar muito mais
vinculada a fatores espirituais e exigências tradicionais do e às próprias necessidades fisiológicas.

 No Japão come-se menos carne vermelha e mais mastigação. Os japoneses têm uma altas expectativas de vida do mundo. Lá na Ásia, o costume é distribuir a refeição em pequenas porções.

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