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FORMAÇÃO DAS MONARQUIAS EUROPÉIAS

Por:   •  3/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  10.041 Palavras (41 Páginas)  •  276 Visualizações

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PROFESSOR: NORBERTO SALOMÃO

A IDADE MODERNA – Parte 01 - TEXTO - 07

FORMAÇÃO DAS MONARQUIAS EUROPÉIAS

        

        PORTUGAL

        

        A península ibérica foi originalmente habitada por Celtas, Íberos e Lígures.

  • Do século I ao V houve o domínio dos romanos sobre a região.
  • Do século V ao VIII estabeleceram-se os Reinos Cristãos Visigodos.
  • A partir do século VIII ocorreu o início das invasões dos Mouros. (islâmicos que penetraram ao sul da península ibérica a partir do norte da África – região da Mauritânia). O primeiro a penetrar foi Gibral Tarik, que deu nome ao estreito de Gibraltar.
  • Do século VIII ao século XV, os conflitos entre cristãos ibéricos versus mouros marcaram as GUERRAS DE RECONQUISTA.
  • Desde 718, refugiando-se da súbita invasão muçulmana na Península Ibérica, um grupo de cristãos visigodos resistiu acantonado ao norte, na região montanhosa das Astúrias. Aí, liderados por Pelágio, fundaram o Reino das Astúrias e iniciaram a reconquista de territórios. Este processo gradual originou o nascimento de pequenos reinos, que iam sendo alargados à medida que as conquistas eram bem sucedidas. Assim nasceram o Reino de Leão, Reino de Navarra, Reino de Aragão e Reino de Castela.
  • Com a crise do sistema feudal e a escassez de terras, nobres da Europa centro-ocidental, destacadamente da frança, resolvem prestar serviços militares aos reis ibéricos, na esperança de conseguirem alguma concessão na península Ibérica.
  • A partir do século XI o rei de Leão e Castela, Dom Afonso VI, recebeu o auxílio militar dos nobres franceses, Raimundo de Borgonha e seu primo Henrique de Borgonha.
  • Em 1096 o rei Afonso VI de Leão e Castela, recompensou Raimundo de Borgonha casando-o com sua filha legítima, Dona Urraca, concedendo-lhe o Condado da Galiza. Henrique de Borgonha recebeu a mão da filha bastarda do rei, Dona Tereza, e o Condado Portucalense, entre os rios Minho e Douro.
  • Depois da morte de D.Henrique, Dona Teresa tentou alargar os seus domínios e obter a autonomia aliada à alta nobreza galega contra a sua meia-irmã Urraca de Leão e Castela. Mas em 1121 teve de recuar e negociar um tratado, mantendo-se o condado um vassalo do reino de Leão e Castela.
  • Dona Teresa exerceu a regência durante a menoridade do seu filho, D. Afonso Henriques de Borgonha. Mas em 1122 os interesses de ambos chocaram, quando este se opôs a uma união galego-portuguesa. A posição de favoritismo de Dona Teresa em relação aos nobres galegos e a indiferença para com os fidalgos e eclesiásticos portucalenses, originou a revolta liderado por seu filho. D. Afonso Henriques armou-se cavaleiro e passou a viver em Coimbra. Em 1128 venceu a batalha de São Mamede contra as forças de sua mãe e Fernão Peres de Trava. Assumiu então o governo do condado e concentrou esforços em negociações junto da Santa Sé para alcançar a autonomia. Simultaneamente procurou alargar os seus domínios, conquistando território aos muçulmanos, enquanto lutava contra as forças de seu primo Afonso VII de Leão e Castela.
  • Em 1139, depois de uma importante vitória contra um contingente mouro na batalha de Ourique, D. Afonso Henriques proclamou-se rei de Portugal, com o apoio das suas tropas. Nascia assim o Reino de Portugal, com capital em Coimbra e iniciava-se a primeira dinastia DINASTIA DE BORGONHA – 1139 até 1385.
  • A independência portuguesa foi reconhecida por Leão e Castela em 1143 pelo tratado de Zamora. Em 1147, com o apoio de cruzados norte europeus, D. Afonso Henrique conquistou Lisboa. Com a pacificação interna, prosseguiu as conquistas aos mouros, empurrando as fronteiras para sul, desde Leiria ao Alentejo.
  • Em 1249 o Al-Gharb (Algarve) mourisco foi incluído no reino cristão de Portugal, concluindo a reconquista portuguesa. Isso aconteceu no reinado de D. Afonso III, que acrescentou à sua intitulação "Rei de Portugal e do Algarve".
  • Durante a Dinastia de Borgonha (séc. XII ao XIV), Portugal foi uma Monarquia Feudal. Porém o feudalismo português tem duas peculiaridades básicas:

a) o feudo era vitalício, mas NÃO era hereditário;

b) o poder do rei era relativamente centralizado.

  • Até o século XIII a economia portuguesa foi tipicamente agrária e pesqueira. A partir do século XIII Portugal tornou-se entreposto comercial das mercadorias de Gênova e Veneza. Tal fato favoreceu a formação da burguesia lusitana.
  • Nesse novo contexto econômico, destacou-se o rei D. Dinis, que em 1290 criou a Universidade de Coimbra e adotou como língua oficial do reino de Portugal, em vez do latim e do castelano, a "língua vulgar" (galego-português), a que chamou língua portuguesa.
  • Em 1297 D. Dinis selou a paz com os reinos de Leão e de Castela e fixou os limites fronteiriços pelo Tratado de Alcanizes.
  • Desde 1369, no início do seu reinado, D. Fernando I travou as guerras  contra forças de Castela, ao reclamar-se herdeiro do trono de Castela. Contudo pouco antes de morrer viu a sua esposa Leonor Teles de Menezes (que era muito impopular) negociar o casamento da filha Beatriz de Portugal com Juan I do Reino de Castela, planejando entregar-lhe o trono de Portugal, após a morte do marido.
  • Após a morte de D. Fernando I sem herdeiros masculinos, a regência de Leonor Teles lançou o reino num período de guerra civil e anarquia, com uma parte significativa da população revoltada face à possibilidade da perda de independência para Castela.
  • Entre 1383-1385 ocorreu a REVOLUÇÃO DE AVIS. Com o pretexto de dominar caos e tendo a autorização de D. Leonor Teles, as forças de Juan I de Castela cercaram Lisboa. Em 1385 avançaram para tomar o trono de Portugal.
  • Convocaram-se então as cortes de Coimbra de 1385. Aí, opondo-se ao Partido Legitimista leal a D. Leonor, um grupo de nobres e mercadores que incluía Nuno Álvares Pereira procurou garantir a independência do reino, nomeando então como rei de Portugal o meio-irmão de D. Fernando, D. João, Mestre de Avis, filho ilegítimo de Pedro I.
  • D. João liderou a vitória determinante na batalha de Aljubarrota (1385), que aniquilou definitivamente o exército castelhano e assegurou a independência do reino. Com a vitória dos revoltosos de Avis terminava a dinastia de Borgonha e iniciava-se uma segunda dinastia portuguesa, a DINASTIA DE AVIS (1385 até 1580).
  • A vitória da Revolução de Avis representou o início da Monarquia Nacional Absolutista em Portugal (foi a primeira monarquia absolutista da Europa). A Dinastia de Avis foi responsável pelo pioneirismo português nas grandes navegações, as grandes descobertas e a montagem do sistema colonial.
  • 1578 – Morte do jovem rei D. Sebastião. O Sebastianismo foi um movimento místico-secular que ocorreu em Portugal na segunda metade do século XVI como consequência da morte do rei D. Sebastião na Batalha de Alcácer-Quibir, em 1578. Por falta de herdeiros, o trono português foi assumido Cardeal Dom Henrique até 1580. D. Henrique foi o último rei da dinastia de Avis, com sua morte o trono terminou nas mãos do rei Filipe II rei espanhol da casa de Habsburgo.
  • De 1580 até 1640 – Período da UNIÃO DAS COROAS IBÉRICAS.
  • 1640 – O duque de Bragança lidera o “Movimento da Restauração” e rompe com o domínio Espanhol.
  • De 1640 até 1910 – Última dinastia, DINASTIA DE BRAGANÇA.
  • 1820 – Revolução Liberal do Porto – Fim do absolutismo português.
  • 1910 – Proclamação da República em Portugal.

        FRANÇA

Os Últimos Carolíngios e os Normandos

Ao morrer, em 814, Carlos Magno deixou o poder imperial para seu filho Luís I, o Piedoso. No reinado de Luís I, o Império Carolíngio ainda conseguiu manter sua unidade política, mas após sua morte, em 840, o império foi disputado por seus filhos, numa desgastante guerra civil.

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