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Ferramentas de Linguagens

Por:   •  12/3/2018  •  Seminário  •  1.209 Palavras (5 Páginas)  •  256 Visualizações

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A cada dia novas ferramentas tecnológicas são criadas para benefício da sociedade. Na educação ela ganha força na intenção de facilitar o processo de ensino e aprendizagem, mas também pode tornar-se um vilão entre os docentes, quando não estimulados a conhecerem, entenderem e usufruírem dos seus benefícios. Professores da licenciatura são os principais alvos do uso dessas novas ferramentas. Na década de 1970, uma nova transformação conceitual mudou as práticas escolares. A linguagem deixou de ser entendida apenas como a expressão do pensamento para ser vista também como um instrumento de comunicação, envolvendo um interlocutor e uma mensagem que precisa ser compreendida. Todos os gêneros passaram a ser vistos como importantes instrumentos de transmissão de mensagens: o aluno precisaria aprender as características de cada um deles para reproduzi-los na escrita e também para identificá-los nos textos lidos. Ainda era essencial seguir um padrão preestabelecido, e qualquer anormalidade seria um ruído. Para contemplar a perspectiva, o acervo de obras estudadas acabou ampliado, já que o formato dos textos clássicos não servia de subsídio para a escrita de cartas, por exemplo. Em pouco tempo, no entanto, as correntes acadêmicas avançaram mais. Mikhail Bakhtin (1895-1975) apresentou uma nova concepção de linguagem, a enunciativodiscursiva, que considera o discurso uma prática social e uma forma de interação - tese que vigora até hoje. A relação interpessoal, o contexto de produção dos textos, as diferentes situações de comunicação, os gêneros, a interpretação e a intenção de quem o produz passaram a ser peças-chave. A expressão não era mais vista como uma representação da realidade, mas o resultado das intenções de quem a produziu e o impacto que terá no receptor. O aluno passou a ser visto como sujeito ativo, e não um reprodutor de modelos, e atuante - em vez de ser passivo no momento de ler e escutar. É inevitável pensar o quanto a tecnologia favorece o processo educacional em todos os seus níveis de aprendizagem, desde a educação básica até a formação acadêmica. O acesso a ela permite que educador e educando ampliem seus conceitos e estreitem sua relação física e virtual. O que se aprende em sala de aula, com especificidades de determinado assunto, pode facilmente ser estudado num âmbito maior, nas quais se fazem notar outros aspectos ou variáveis desse mesmo assunto. Isso quer dizer que a tecnologia passa a ser uma extensão da sala de aula na busca por mais conhecimento, já que podem ser propostos novos modos de aprender e ensinar. Podemos tentar a síntese dos dois modos de comunicação: o presencial e o virtual, valorizando o melhor de cada um deles. Estar junto fisicamente é importante em determinados momentos fortes: conhecer-nos, criar elos de confiança, afeto. Conectados, podemos realizar trocas mais rápidas, cômodas e práticas. (...) A comunicação virtual permite interações espaçotemporais mais livres, a adaptação a ritmos diferentes dos alunos, novos contatos com pessoas semelhantes, fisicamente distantes, maior liberdade de expressão a distância. (Moran, 2010, p.57-58). Tajra (2002, p. 43), entende isso como um imperativo tecnológico e o define como “um estado no qual a sociedade se submete humildemente a cada nova exigência da tecnologia e utiliza sem questionar todo novo produto, seja portador ou não de uma melhora real”. A tecnologia educacional está ligada a teoria e evolução da comunicação e nos avanços tecnológicos da informática, dos audiovisuais, dos impressos e das mídias digitais. O livro também é considerado uma tecnologia. No entanto pode ser descrita como uma tecnologia ultrapassada. O método de ensino-aprendizagem quando aplicado com base apenas em livros faz da aula uma mera transposição didática na qual o

professor, na utilização do movimento reflexivo, transmite o conteúdo e ele é simplesmente absorvido pelo aluno, sem haver muita interatividade. É praticamente a metodologia da escola bancária de Paulo Freire, cujo professor deposita seu conhecimento diariamente no aluno como uma poupança e depois o recolhe através de uma avaliação. O sucessor do livro (jamais substituto) é a Internet. Através dela mudam-se alguns hábitos e posturas na maneira de ensinar. Behrens (2010, p.71) alerta: O aluno precisa ultrapassar o papel passivo, de escutar, ler, decorar e de repetidor fiel dos ensinamentos do professor e tornar-se criativo, crítico, pesquisador e atuante, para produzir conhecimento. Em parceria, professores e alunos precisam buscar um processo de auto-organização para acessar a informação, analisar, refletir e elaborar com autonomia o conhecimento.

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