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Fichamento Textual - A Escrita Nas Práticas Do Letramento Acadêmico

Por:   •  26/3/2023  •  Resenha  •  1.047 Palavras (5 Páginas)  •  59 Visualizações

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A autora organiza seu pensamento em cinco capítulos específicos para explicar e discutir processos: a experiência como determinante do gênero no discurso de aprendizagem; as tensões com as escolas acadêmicas nas universidades; as escolas acadêmicas na prática de formação de professores; Perspectivas etnográficas na pesquisa escolar de letramento e a Produção de Avaliações de Atividades de Alfabetização Escolar.

Dessa forma, o texto se inicia relatando a respeito do processo de institucionalização dentro das universidades brasileiras e como formas específicas de letramento geralmente utilizadas na academia são transmitidas aos alunos. Ao se tratar da prática da escrita e de todos os conceitos e normas pautados no campo acadêmico, a escrita normativa se faz necessária em ambiente universitário, temos consciência do rigor com que se fundamentam em normas científicas.

Entretanto, é destacado um problema nas universidades brasileiras. Seja em universidades públicas ou privadas, o capítulo relata a respeito do fator determinante do aprendizado de um gênero discursivo, que conforme Kavakama (2001) destaca que “as universidades brasileiras tiveram grande influência do modelo americano de universidade, mas não herdaram desse modelo a prática de pesquisa e ensino da escrita que lhes garante a produção e a circulação do conhecimento.

As discussões sobre a criação de disciplinas específicas envolvendo o letramento acadêmico e tratando da produção e discussão adequadas na gestão universitária são muito amplas, até porque existem várias formas de se fazer ciência no ambiente universitário. Obviamente, um curso de filosofia não vai ser igual a engenharia e as taxas de letramento acadêmico e discussão são cobradas de acordo com o curso.

É importante ressaltar aqui que, embora as universidades brasileiras à época de seu princípio tenham sido construídas nos moldes das melhores universidades do sistema de ensino superior e replicado esses mesmos padrões, isso em nada reflete a história, na sociedade e no processo político.

Então mesmo seguindo um modelo hoje considerado melhor ou superior, será em grande parte ineficaz se não o adaptarmos à realidade socialmente brasileira. Visto que “é possível ter um bom domínio da língua, mas ser inexperiente na atividade de moldar os gêneros, de administrar a interação, a tomada de turnos, etc. A experiência é algo constitutivo da prática nas comunidades que fazem uso de determinados gêneros, tornando-se, assim, condição indispensável para uma interação verbal bem-sucedida.”

Assim, chegamos a conclusão de que mesmo se tratando de um mesmo ambiente, como a universidade, a autora nos diz que ainda teremos a pluralidade que traspassa as relações no geral e se agarram na individualidade e conhecimento do campo do saber e de indivíduos.

Então Marinho destaca uma aluna que “declarou ter chorado intensamente por decepção quando recebeu de um professor a sua resenha com correções, sugestões e com uma nota equivalente a setenta por cento dos pontos destinados a essa tarefa”. Fica aqui muito claro que há uma quebra do que é o saber quando se é inserido no meio acadêmico, visto que conforme afirma o autora “em primeiro lugar, destaca-se a lista de autores e textos que lhes são apresentados aos quais poderíamos juntar tantos outros, Marx, Bakhtin, Vigotsky, Geertz.”

Ressalte-se que o problema da falta de interação dos alunos do ensino superior com textos e formas de escrita acadêmica, resenhas, resumos, documentos, artigos etc. Segundo o autora, tais temas deveriam ser oferecidos no estudo inicial e esmagadoramente não são repassados aos alunos, visto que o modelo de ensino médio é baseado em uma pesada transferência de conteúdo para que os alunos ingressem no ensino superior. Vale a pena argumentar que a educação nas séries iniciais também é muito diferente quando se trata de educação privada e pública, e essa mesma grave disparidade pode se refletir

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